da década de 70, no que se refere ao quantitativo de funcionários pú-
blicos, muito diminuto, a princípio, mas a aumentar lentamente, à medi-
da que ia engrossando o esforço de guerra .
Em paralelo, com o crescente abandono do país, em busca de melhores
condições de vida e a fuga a uma guerra impopular, o número de qua-
dros médios e superiores, foi sofrendo alterações importantes .
Os incipientes progressos verificados no nosso parque industrial, excep-
ção dos têxteis e calçado, apesar da forte implantação da indústria quí-
mica pesada, faziam o país marcar passo tecnològicamente.
As universidades iam insuflando licenciados qualificados, que iriam apo-
drecer na tropa, vários anos, e só tardiamente se integrariam no merca-
do de trabalho .
O grosso dos funcionários públicos preenchiam os quadros dos minis-
térios da educação, da saúde, e da agricultura e obras públicas .
Também muita gente das finanças , e depois, havia um grade deserto .
A maior parte deste pessoal era recrutado, em regra, casuisticamente, e,
por norma, arregimentado pelos dignatários do poder, embora, em cer-
tos casos já houvesse concursos documentais e até com prestações de
provas .
Acontecia que já nessa altura, a maioria dos bons empregos, designada
mente os de carácter mais técnico, eram disputados pelo sector privado,
mais bem pago e com mais regalias sociais .
Com o 25 de Abril, esse panorama iria sofrer um grande revolução .
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