Ninguém pode governar um país,
e muito menos, um continente,
se não conhecer um mínimo da
História .
Tantas vezes que andei por aí a viajar, de país para país, mas devo
reconhecer que nunca estive na Europa, pois ela não existe, sempre
foi uma manta de retalhos toda esburacada .
Foi escolhida a Bélgica e Bruxelas como capital, mas isso constitui
também um grande embuste .
A Bélgica foi uma coisa inventada após o Congresso de Berlim, um
pedaço de terra de ninguém, a separar os dois principais beligerantes
continentais, França e Alemanha, para evitar mais guerras .
Riscaram o mapa, impuseram-lhe um rei e ofereceram-lhe terras em
barda para arrotear .
Tão bem o fizeram, que ràpidamente ficaram riquíssimos .
Grande ideia, a escravatura .
No entanto, duas guerras pavorosas mais adiante, esqueceram os
prometidos mil anos de paz .
Tudo mentira .
Como diz o fado .
Baralharam e voltaram a dar,
e aí estamos de novo às voltas com os fantasmas do passado,
os nacionalismos chauvinistas, fancês e outros,
o pan germanismo prussiano,
e os vingativos beefs,
os retalhos do império legado pela Raínha Vitória e seus parentes .
Uma vez derrubado o muro de Berlim, que sustinha a besta comunista,
e que agrilhoava toda a Europa, abriu-se a caixa de Pandora .
Bismark, Hitler, e outos lobisomens repousam à vontade, mas o vírus
da gangrena idiota do putativo domínio imperial alemão, que todos fo-
ram alimentando despudoradamente durante décadas, com o beneplá-
cito americano, veio à tona . .
E AGORA ?
.