segunda-feira, 24 de junho de 2013

FORMIGUEIRO .

Concedo que é difícil alterar os parâmetros sociais,
ou as leis da economia e da finança daqueles que detêm 
o poder, de uma maneira brusca, revolucionária .
Em regra avança-se por saltos qualitativos e alterações
quantitativas .

Sobretudo quando o essencial tem vindo a ser mantido
há mais de dois séculos, mormente os cataclismos de toda
a natureza que têm assolado o nosso planeta, de que refe-
riremos o nazismo, a escravatura, a bomba atómica e as
sucessivas revoluções tecnológicas .

Todavia o modelo geral da organização do mundo tem-se
alicerçado na existência de classes sociais que se comba-
tem sem tréguas, e  no nascimento, evolução e agonia dos
impérios, que se sucedem uns aos outros .

O aparecimento do socialismo/comunismo poderia ter intro-
duzido um novo paradigma de sociedade, mas o modelo não
conseguiu vingar .

E agora ?

Que mundo iremos herdar ?

A transformação é meteórica e globalizada .
Os mecanismos de defesa contra a mudança, qual vírus de
que não conhecemos a cura, nem a vacina, mas sòmente 
alguns cuidados paliativos, esbarra em meia dúzia de pre-
conceitos difíceis de ultrapassar, mas poucos ousam ques- 
tionar sèriamente, o que o futuro nos reserva 

E, eis-nos de novo, 
de regresso ao modelo do formigueiro , altamente organ-
izado, mas incapaz de aguentar um sismo à escala dos
simpáticos bichinhos .
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