O PANGERMANISMO
Sou um bafejado pela sorte .
Consigo ver e ouvir coisas que mais ninguém
consegue .
Vejo a Alemanha a engordar cada vez mais,
à custa de tudo e todos, com uma voracidade
insaciável, forçando uma viragem vertiginosa
ao interland russófono .
Como a memória dos homens e dos povos é
curta .
Os outros países taralhocos da Europa, fingem
que nada se passa e que tudo vai bem .
O lucro fácil e abjecto tudo paga, tudo corrompe,
em nome de uma falsa ilusão de democracia .
Como aconteceu com o padigmático caso do des-
membramento da Jugoslávia, quando em lisboa se
jurava que o país jamais seria esquartejado .
Foi com grande facilidade e muita cumplicidade
que a Alemanha abocalhou os pequenos países
entre o Reno e o Danúbio, dando àquele país uma
larga maioria de territórios, sob a égide do Panger-
manismo, em vias de restruturação .
Uma vez criado um vazio artificial, aparece a
extrema voracidade prussiana, e refaz, mais uma
vez, o mapa da velha nova Europa .
Os polacos, checos, húngaros e ucranianos nada
aprenderam sobre a História e a Geografia .
A União Europeia está moribunda .
Os seus peõs e valetes, uns estão coniventes com
estas manobras, outros continuam a entorpecidos
numa gaiola gelatinosa, como que anestesiados,
como de costume .
Talvez venham a acordar,
mas então já será tarde demais .
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