Sou, por norma, politicamente muito incorrecto .
Sou do contra, por intuição .
Sou ingénuo, mas não sou estúpido .
Tenho acompanhado com interesse e preocupação,
as infindáveis movimentações verbais, e não só, dos
líderes europeus, expressos muitas vezes em tom
demasiado exaltado.
Como de costume, tudo começa com um pio exerci-
cio de pretensa defesa de direitos humanos .
Passa às manifestações espontâneas pacíficas, depois
cada vez mais organizadas e musculadas, até que se
instala um clima de barricadas fortemente armadas .
Está preparado o caldo para a insurreição, com vista
ao derrube das instituições vigentes e em exercício
dito democrático .
A certa altura, é assinado um acordo, aceite por todos
os intervenientes no pleito .
As forças da ordem retiram, e nesse momento, os radi-
cais de extrema direita, começam a ocupar e a pren-
der os participantes de uma das partes conflituais .
Dizem os expertos que Putin se aproveitou da situação
para se impôr aos seus adversários internos, tendo sido
fortemente criticado por assumir uma posição de pouca
autoridade e firmeza .
Talvez .
Ou não será antes uma evidente demonstração de falta
de liderança dos medíocres dirigentes que conduzem os
destinos da União Europeia, que julgam viver ainda na
ilusão de que os cães de guarda americanos virão apoiar
o ursos russo, em defesa dos apetites e da voracidade
dos resto titubeantes dos pseudo impérios em vias de
extinção .
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