quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

OS ANOS 40 .

Portugal era à época, um país miserável,
em todas as vertentes.
Só tinha uma coisa boa
- a ignorância.

A maioria do povo português nada sabia da vida além fronteiras.
E os poucos que sabiam qualquer coisa eram rigorosa mente vigiados.
A Europa era uma miragem, que só começava para lá dos Pirinéus.

A Espanha acabava de sair de um dos maiores dramas da sua história
- A Guerra civil,
ganha pelos fascistas de Franco.
Foi o campo de experiências para o regime hitleriano, que provocou
o maior massacre, e que iria arruinar o mundo, durante 6 longos e
dramáticos anos.
Portugal escapou ao conflito mundial (valeu a habilida de e a ambiguidade
de Salazar, honra lhe seja feita), mas a que preço ? .

O volfrâmio ( mineral estratégico ), o fioco (fibra de viscose, que se desfazia
com a água), o turismo Real e dos ricaços exilados no Estoril e na Madeira,
 e ainda a espionagem dos dois contendores, ajudariam um pouco, a minorar
 as dificuldades de um país tantas vezes sangrado até ao osso.

As elites portuguesas julgaram que, uma vez terminada a guerra,
Salazar seria conduzido ao redil das democracias.

Pura ilusão.

Salazar estrebuchou, naufragou, mas voltou à tona de água .
Portugal tinha virado mais uma página da sua história . .