sábado, 20 de dezembro de 2014

O CAIR DA FOLHA .

A natureza renova-se constantemente, de acordo com
as estações do ano .
É um ciclo contínuo,  repetido interminavelmente,  ce-
lebrando e anunciando o desencadear da vida .

A Primavera começa a dança do tempo, traz consigo
todas as promessas e aspirações, oferecendo as mais
belas flores, num arraial de côres e perfumes .
Tudo parece ao nosso alcance .

O verão sacia-nos a sede e a fome de todos os sentimen-
tos, dá-se às paixões e aos amores, é o tempo das colheitas 
e da toalha da natureza estendida com todos os manjares 
do mundo . 
Até os pobres matam a fome do corpo e do espírito .

Os dias vão minguando cada vez mais .

Aproxima-se o Outono .
Com ele vem o nevoeiro, as primeiras chuvas e o calor
humano vai também anunciando o fim do ciclo da vida .
As folhas vão enferrujando, do amarelo até ao castanho
avermelhado, do verde ao vermelho sangue , até atingir
o negro ..

A terra cobre-se de luto .
É o cair da folha .

No Inverno, dir-se-ia que a terra hiberna .
A neve parece que faz tudo corre mais devagar .
É o tempo da lareira, de acender o fogo,
e do descanso do homem  e dos animais .
A Natureza pede tréguas, 
aguardando a boa nova que se aguarda para breve .

E a roda da vida 
gira sempre sem parar .
.