A natureza renova-se constantemente, de acordo com
as estações do ano .
É um ciclo contínuo, repetido interminavelmente, ce-
lebrando e anunciando o desencadear da vida .
A Primavera começa a dança do tempo, traz consigo
todas as promessas e aspirações, oferecendo as mais
belas flores, num arraial de côres e perfumes .
Tudo parece ao nosso alcance .
O verão sacia-nos a sede e a fome de todos os sentimen-
tos, dá-se às paixões e aos amores, é o tempo das colheitas
e da toalha da natureza estendida com todos os manjares
do mundo .
Até os pobres matam a fome do corpo e do espírito .
Os dias vão minguando cada vez mais .
Aproxima-se o Outono .
Com ele vem o nevoeiro, as primeiras chuvas e o calor
humano vai também anunciando o fim do ciclo da vida .
As folhas vão enferrujando, do amarelo até ao castanho
avermelhado, do verde ao vermelho sangue , até atingir
o negro ..
A terra cobre-se de luto .
É o cair da folha .
No Inverno, dir-se-ia que a terra hiberna .
A neve parece que faz tudo corre mais devagar .
É o tempo da lareira, de acender o fogo,
e do descanso do homem e dos animais .
A Natureza pede tréguas,
aguardando a boa nova que se aguarda para breve .
E a roda da vida
gira sempre sem parar .
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