Muitos animais, machos e fêmeas, quando se aproxima
o cio. iniciam um bailado frenético, com vista à cerimó-
nia do acasalamento, na procura dos espécimes mais ca-
pazes e mais audazes, que levem à continuação da espé-
cie .
É assim na natureza, e mal comparado, na vida políti-
ca .
A República, é como a Carochinha, que ficou viuvinha,
e agora não tem par com quem casar .
Começa então a marcha nupcial ( e presidencial), para
a escolha de par .
Avançam os pavôes, os galos de Barcelos, os grilos fa-
lantes, os escorpiões, os louva deus, pintos de aviário,
frangos de engorda, e muita outra bicharada .
Abre o baile, e toda a maralha valseia, faz vénias, ensaia
uns trinados, dá piruetas, e afivela a máscara mais
convincente .
E tudo rodopia ao som da propaganda eleitoral ..
Quem quer casar casar com a carochinha,
Que é bonita e formosinha .
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