terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ao longo a minha vida, tenho assistido a acontecimentos
horríveis, em África, na Ásia, um pouco por todos os can-
tos do mundo .
Mas, exceptuando as guerras da Jugoslávia , a Europa foi
uma região que parecia gozar de uma certa estabilidade .

Claro, convivíamos com  a Guerra Fria, com as guerras colo-
niais e de libertação dos diferentes países que hoje integram
o chamado 3º Mundo , e assistimos a alguns episódios horrí-
veis em diversos países, como na Irlanda, na Grécia, entre 
outros,
mas, 
de um modo geral, os horrores da guerra, tinha lugar lá 
longe, do Médio Oriente para lá . 

Eis que, de repente, os 4 Cavaleiros o Apocalipse, irrompem 
à velocidade da luz, e marcham para o paraíso terreal, como
um formigueiro imenso, não escolhem caminhos, avançam em
bandos imparáveis, movidos por uma força espantosa .

Famílias grandes, com os filhos ao colo, deixando muita gente
no caminho .

Vêm a pé e a nado, percorrem milhares de quilómetros e avan-
çao Europa adentro .
Erguem-lhes barreiras de arame farpado, fecham fronteiras, 
enganam-nos nos caminhos a seguir, inventam papéis, burocra-
cia, vistos de toda a natureza, 

e os europeus apanhados de surpresa, parecem, eles também, 
baratas tontas, a fugir da lama em que estão enterrados até ao 
pescoço .

Espectáculo macabro nunca visto .
Que Europa é esta, que se desfaz em lodo, ás primeiras con-
trariedades .

Já havia mergulhado numa grave crise financeira,
não sei se irá sobreviver a esta 
crise humanitária e civilizacio-
nal .