quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O ZÉ DOS SANTOS .

Liguei a RTP, e lá estava ele .
O Zé .
O Zé dos Santos .
Lá estava a esbracejar, a fazer a guerra do Iraque 
(ou seria da Síria, ou do Afeganistão, pouco importa) .
É a guerra do Zé dos Santos,
como em tempos havia a guerra do Solnado .

Como ele explica tão bem,
vê-se que sente a guerra por dentro .

Põe o chapéu e o cantil  e chega, logo de madrugada
Como fala tão escorreito o nosso Zé .
Tão afirmativo, tão explicado .
Vê-se que sabe a guerra de cor, como se fosse um
livro aberto .
Talibans para cima, curdos  para baixo .
Dá gosto ouvi-lo .

Deviam mandá-lo imediatamente para a CNN ou para
a NBC . 
Era uma mais valia .

Ele não vê a guerra .
Ele antevê a guerra .
Já sabe o que vai passar-se .
Chega antes dos acontecimentos .

E não há bala que o apanhe desprevenido ...
.