Digo sempre que a Exposição que faço, é a última .
Acabo por vir sempre a ceder à procura de protagonismo.
Claro que gosto que as pessoas admirem o meu trabalho,
porque isso pode ser um atalho para que gostem de mim .
Mas é um grande engano, que a ventura não deixa durar
muito ..
Uma Exposição é sempre uma exposição, física e psico-
lógica, grande fonte de stess, radiografia das minhas
fragilidades e inseguranças .
É sempre a dúvida sistemática que me acompanha e me
atrofia .
Dispo-me de corpo e alma e, muitas vezes, não gosto do
que vejo .
Não que tenha a pretensão de atingir a perfeição .
Também não sou nenhum sapateiro .
O problema é que há sempre o risco de, por tanto procu-
rar a beleza, vir a cair no reino do ridículo .
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