No princípio era a bola .
A forma geométrica mais perfeita .
O maior volume, no mínimo de superfície .
Um coisa que desliza, corre, salta, empurrada, agarrada,
chutada, travada, passada, carambolada, por uma chusma
de rapazes, correndo que nem loucos sem parar, atrás ela .
E quando ela penetrava naquele rectângulo mágico, rematada
por uns, que festejam, deixava muito tristes os do outro lado .
Começámos bem cedo, aos pontapés numa pequena bola de
trapos, um prodígio de imaginação, e o relvado era terra a
mais rija, que deixava marcas profundas nos joelhos e gran-
des rasgões nos calções da malta ..