Se o PS não vier a ganhar as próximas Eleições
Legislativas, por uma maioria confortável ( se é
posso utilizar o termo), arrisca-se a ir perdendo
progressivamente o peso político de outros tem-
pos, na sociedade portuguesa, aliás como tem vin-
do a suceder com quase todos os partidos socia-
listas e sociais democratas da Europa .
Tal facto ficaria a dever-se, em grande medida,
aos erros crassos que têm vindo a ser cometidos,
ao longo dos últimos anos de sucessivas direcções
socialistas .
Sócrates está no epicentro do furacão
que varreu Portugal, a partir de 2010 .
Seguro,
não soube ou não foi capaz de isolar o vírus so-
crático e começar a erguer uma barreira entre o
PS de Sócrates, e uma nova maneira de preparar
o País, para um novo ciclo de governação .
Sempre agarrado ao pecado original,
sabendo Seguro que lhe era concedida uma travessia
do deserto, curta e dolorosa, não arranjou as ener-
gias suficientes para descolar do ruinoso passado, e
com uma miríade de inimigos, dentro e fora do
Partido, desistiu .
Costa,
consumada a traição piedosa,
julgou ser o salvador da Pátria,
mas a perseguição indecente prosseguida pela direi-
ta tramontana, conta o ex-Primeiro Ministro, pren-
deu Costa numa camisa de forças, de que difilmente
se voltará a desprender .
Eis-nos, pois, no labirinto do empate técnico,
num nó gódrio, que faz com que, quanto mais o
S. Geral do o PS se agite, mais o nó se lhe aperte na
Garganta .
Entretanto, ninguém ajuda Costa a aliviar a pressão
nas carótidas .