Que bom, andar por aí .
Por aí não, por alem .
Não ter horas certas para acordar, nem deitar .
Vir à rua quando me apetecer .
Não ter horários, nem encontros marcados .
Falar com quem me apetece,
calar o que convém .
Andar ao acaso, ao sabor do instinto,
olhar o cèu, o sol, as flores,
os pássaros, as árvores,
Fazer exercício físico,
recolher os meus tesouros,
variar o rumo e o tempo de andamento .
Cumprimentar as pessoas,
responder a quem ma acena,
sorrir quem me fala,
sem relógio, nem telemóvel,
sem nada .
Sem marcação.
Sem destino .
Flanar despreocupadamente .
Dormir quando tiver sono .
Comer quando tiver fome .
Faça chuva, sol ou vento .
Ir por aqui, vir por ali .
Por todo o lado,
a caminho do nada .
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