Dentro de 3 legislaturas, 13 anos para ser mais preciso, iremos chegar a um ano interessante, uma milestone como dizem os anglófonos. Nesse ano vindouro, depois de apenas 3 governos, e talvez de no máximo 2 partidos se sucederem nele, terá Portugal vivido tanto em democracia no pós 25 de Abril 1974, como viveu nos 48 anos de ditadura que o antecederam.
Nessa altura ficam de vez enterrados os lamentos sobre a pesada herança que de facto nos foi deixada. Aí, como País, teremos de responder pelo que conseguirmos. E pelo que não alcançarmos. Sem desculpas. Os culpados dos insucessos, e dos sucessos (que os há e muitos), seremos apenas nós, as gerações que construíram e governaram na democracia.
Aí iremos ver a percentagem de Portugueses que vivem na pobreza, na exclusão, na dependência, na caridade pública ou privada. Aí iremos ver qual o lugar que ocupamos nos rankings do desenvolvimento europeu.
Aí vamos tirar as dúvidas sobre como temos sido e vamos ser governados.
Seria trágico que, nessa data, deixássemos também nós uma herança pesada de atraso face aos nossos parceiros.
Será que ainda vamos a tempo de fechar bem o ciclo?
Ou fazemos aquilo que nunca fizemos, cortando a direito, ou receio bem que não.
Também no blog Manteiga Rançosa que convido a visitar um dia destes