sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A MULHER DE CÉSAR .

"À mulher de César, 
não basta ser séria. 
tem que parecê-lo"  .


Tenho-me perguntado muitas vezes, para que serve
um Presidente da República, especialmente quando
se trata do actual Primeiro Magistrado da Nação ,
e não consigo obter qualquer resposta .
Grande parte dos portugueses, certamente que pensa-
rá o mesmo . 

Como é possível,  Cavaco Silva ter atravessado os 
quase 10 anos do seu cargo, sem nunca ter levantado
a voz em defesa dos mais fracos e desprotegidos,
sobretudo se tivermos em consideração, a enorme
tormenta que destruiu, milhão por milhão, a quase to-
talidade da banca portuguesa, e sendo economista de
profissão  .

Cavaco Silva, afivela aquela máscara seráfica e o seu
ar carrancudo, e vai-se desculpando manhosamente ,
como um escuteiro espertalhão, que parece que não
parte um prato, quer esteja escondido em Belém, ou
vagueie em turismo pelo estrangeiro, onde não gosta
de falar dos assuntos nacionais, 

.

CONTO DE CRIANÇA OU CONTO O VIGÁRIO ?.

"Baixar os impostos, aumentar rendimentos e
ainda assim, não ter nenhum problema com isso
É um conto de crianças .
Isso não existe ".
Passos Coelho
26.1 2015

" Se formos Governo, posso garantir que não será
necessário despedir pessoas, nem cortar mais salá-
rios, para sanear o sistema português ".
Passos Coelho
26.5.2011

.



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

REAL POLITIK .

Quem tem medo do Syrisa ?. ?

Ainda há bem pouco tempo a Fathah era considerado
um partido palestino revolucionário e inimigo de Israel .
Foi recuperado nos anos 80 .

Agora, em Gaza, o tribunal internacional de Haia, tirou
o partido Hammas , da lista dos movimentos terroristas . 

Recordemos que, durante a guerra de independência dos
judeus, contra a Inglaterra, quase todos os líderes judai-
cos foram considerados terroristas .

Bin Laden foi o herói na guerra de libertação do Afeganis-
tão, e veja-se o que veio a acontecer depois . .

O inimigo agora é o auto-proclamado  Estado Islâmico,
mas os dirigentes da Síria e do Irão estão já, a combatê 
ao lado dos americanos .

Que grande cambalhota no trapézio da política interna-
cional .

E tantos e tantos outros vilões, que viraram heróis e vice-
versa .

Veja-se o General Noriega, e o Marechal Pétain ...

Até Fiel Castro foi, até certa altura, considerado a good
man ...

 Vá-se lá entender o busílis 
da Real Politik ...
.

O HOLOCAUSTO .

Como disse o filósofo inglês Bertrand Russel :

" Como pode haver um Deus
   que deixou existir o Holocausto,
   o Apartheid e a Ku Klux Klan  ?."
   
(o Biafra, o Cambodja, o Uganda ?.

E eu pergunto :

Como foi possível criar uma gigantesca fábrica,
em que a matéria prima era o género humano,
e os produtos finais eram as cinzas dos campos 
de concentração nazis, para esfaltar estradas,
pele humana, para fazer candeeiros, 
e as próteses dentarias eram sumariamente ar-
rancadas, para fabricar barras de ouro ?.

E isto foi hà cinquenta anos, no país mais desenvolvido da Europa ...
.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O ELO MAIS FORTE .

Não se pense que a Grécia é o elo mais fraco da UE .

Há um ditado que diz :

" ninguém dá pontapés num cão morto".

A Grécia foi o isco das experiências para a implemen-
tação de de uma nova ordem para a Europa, agora 
sem a utilização dos Panzers alemães .

"Quem não tem cão, caça com um gato ".

Utilizaram a artilharia pesada  da asfixia económica, 
mais uma vez .

Só que a Grécia ainda não está bem 
morta.
Antes pelo contrário, está viva, 
e bem viva .

Quem ousou tentar destruir os gregos, deixando-os
morrer à míngua ? .

Podem ser derrotados no campo 
de batalha . 
Mas todos ou outros europeus vão 
para o fundo, fazer companhia aos 
peixinhos .

O BOM ALUNO .

Portugal não é a Grécia .
Portugal não é a Grécia .
A Grécia não é Portugal .
Claro que não é .

A frase, repetida até à exaustão, fica na nossa
memória, como um chavão que marca a total
falta de solidariedade saloia dos países euro-
peus, cada um a sacudir a água do respectivo
capote .

Portugal não é a Grécia .
Portugal não é a Grécia .

Antes fosse .

Teria sabido comportar-se com mais dignidade,
e não como um mau aluno, um cábula cobarde
que levanta o dedo para acusar os colegas .

Portugal não é a Grécia .

Antes fosse .
Para nosso conforto .
Para ajudar a reconstruir a Europa, antes que 
seja tarde demais .

A partir e ontem,
seremos todos GREGOS .
.



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O CAGAÇO .

Como as coisas são ...

O papão já não é a Sr. Merkel, nem a Troika,
nem sequer os mercados .

Foi a velha senhora quem, em última análise
perdeu as eleições gregas .
Não lhe auguro um futuro risonho .
Um destes dias vai à vida, como têm marchado
governos, atrás de governos .

Afinal, que tem medo da Grécia ?

Vão continuar a deixá-la a pão e água ? 
Cortam-lhe a electricidade e o gás '
Vão tirar-lhe as casas? .

A ver vamos...

Obrigado gregos .
Obrigado Syriza .
Obrigado Tsipras .
.

domingo, 25 de janeiro de 2015

UMA PEDRADA NO CHARCO .

Finalmente um raio de sol  sobre o céu da Grécia 
O primeiro dia, dos dias que se seguem na bafienta 
Europa .
Nada ficará como dantes .

Malgré toda a espécie de chantagens sobre os gre-
gos, sobre o seu  povo, sobre as suas instituições,
alguém ousou levantar a voz e a cabeça, desafiando 
frontalmente os burocratas e os plutocratas alemães,
e todo os outros cobardes, que se acoitam debaixo
das saias a senhora Merkel 

.

NOTAS SOLTAS .

A democracia contem em si mesma
os germes da sua própria destruição .

A Democracia é um mau sistema de governo,
mas ainda é o melhor que se pode arranjar .

O lento e sistemático assalto ao poder, por parte
da direita reaccionária, foi sempre escudado e 
ajudado pelas contradições e erros da esquerda .

A democracia é como um bolo de anos .
Há sempre a gula de cortar sempre a fatia mais 
à esquerda .

Quem parte e reparte, fica sempre com a melhor 
parte .

Foi esta lógica que conduziu ao predomínio dos
apóstolos do bloco central, o grande centão os in-
teresses e dos negócios .

Não fora o suicídio político de Melo Antunes, ao
incluir o PCP no arco a governação ,
e teríamos regressado, muito mais rapidamente, a 
um pudim cripto-salazarista, tão a gosto do abjecto 
Cavaco Silva .

O eleitorado é como uma pastilha elástica, nas mãos 
de uma criança; estica e encolhe, em função dos im-
pulsos das bochechas .

Vejamos qual a verdade que nos trarão  hoje, os
resultados das eleições legistaivas na Grécia .

A esperança é a última a morrer .

.




sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O PALEIO DA NAÇÃO :

Obama afirmou, no seu Discurso da Nação :

"...Que tudo iria fazer para ir criando todas as 
condições, para o gradual desmantelamento da
Base de Guantanamo, com vista ao seu seu pos-
terior abandono, por parte dos Estados Unidos." 

Onde e quando é que eu já ouvi esta conversa ?...
.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O PECADO ORIGINAL .

Jonh Steinbeck, no romance A um Deus Desconhecido,
retrata o principal personagem, um Pastor religioso, bas-
tante desiludido, caminhando pelo campo, absorvido pelos
seus pensamentosto, e com alguma  nostalgia .

A certa altura do caminho, cruza-se com alguém que lhe
parecia familiar, recordando nele, um rapaz que em tempo
o tinha baptizado .

Começou a conversar com ele, e , a certa altura- perguntou-
-lhe :

Gostava de saber se foi prejudicado durante a sua via, pelo
facto de eu o ter baptizado? .  
Sabe, é que isso mexe um pouco comigo .

Eu até já nem me lembrava disso, responde o mais novo .

Fez-se uma pausa em silêncio, e o Pastor retorquiu :

Ainda bem
Assim, já posso dormir mais descansado ...
.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

UMA QUESTÃO DE FÉ .

Já me considerei praticamente ateu , sem disso ter plena 
consciência . Já achei que era candidato a ateu praticante,
Era uma certa compensação para o que eu entendia se-
rem os exageros de um catolicismo exacerbado e provin-
ciano .
Fui--me formatando cada vez mais agnóstico, com uma cos-
tela claramente panteísta . talvez por amar demasiado a natu-
reza .

Sempre respeitei as diversas religiões, sem jamais hostilizar
os seus ritos e manifestações . Quando nelas participava so-
cialmente, evitava contestar ou contrariar os normais precei-
tos religiosos  neles envolvidos.

Entendo ser um comportamento bacoco e infantil, a crítica
cega e desproporcionada, seja ao que for  .

Uma boa  caricatura  ou um comentário fundamentado, ainda 
que utilizem uma linguagem fortemente mordaz e satírica, 
sempre ajudaram a ver mais longe, e a chamar a atenção para
os erros e os disparates dos outros .

Já me parece um pouco desproporcionada a ofensa, pela ofen-
sa, a bacorada, pela bacorada, a estupidez, pela estupidez,

Uma caricatura, por mais violentas que pareça, deve preencher
três pressupostos essenciais :
  
    -Ter um alvo bem definido;

    -Ter piada, mesmo: 

    -Ser transmitida com inteligência .

Duvido que tais objectivos tivessem sido convenientemente res-
peitados, no trágico episódio do jornal satírico francês .






GRANDE CAMARÃO .

"Acho que numa sociedade livre
  existe o direito de ser ofensivo
com a religião dos outros ".

David Cameron

Comentando a afirmação do Papa Francisco,
acerca das caricaturas de Maomé .

A verdade sai a boca das criancinhas...
e dos idiotas ...
.
.


.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

PRESIDENTE À LA CARTE .

Ó vil cobiça
Ó vã glória de mandar .

Começou a dança das cadeiras presidenciais.

Ainda Cavaco estrebucha com a ladaínha do compromisso
e outras miudezas institucionais, já os putativos chalengers
cozinham as estratégias e as ementas para se encavanalitarem
no poleiro do poder presidencial, como se se tratasse de uma
simples corridinha de galos de Barcelos .

O que poderá arrastar a Belém, gente que talvez constitua 
apenas uma 2ªou 3ª escolha, para o lugar a mais alta magis-
tratura do País , 

Fama, dinheiro, pedigree, reforma choruda, um salto de
trampolim, ou simplesmente tentar contribuir para o bem es-
tar do Povo e do País ?.

Como expelir a lama suja que vai saltando em cima de nós,
sem dó, nem piedade ?. sempre à espera de um milagre imp-
ropravel, desde Alcácer Quibir ?.

Movimentam-se já os bicharocos de águas profundas,
e outros virão ao cheiro do sangue e da carniça ...
.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

PORTUGAL, PAÍS PARDACENTO .

Foi em 1972, que rumei pela 1ª vez para França, no âmbito
de um estágio professional, onde visitei Paris e outras cidades,
fábricas, organismos estatais, laboratórios e centros de inves-
tigação .

Apanhei uma enorme lufada de ar fresco, um banho  de civili-
zação .

Vinha de um País cinzento, onde tudo o que não era obrigató-,
rio, era proíbido .
Salazar, a Pide, a Legião, a Censura, a Guerra Colonial, onde
estive adormecido cerca de 5 anos, os longos xailes pretos que
tapavam o corpo das mulheres, muitas crianças ainda com os 
pés descalços, sem Assistência Médica e Social, com a maior 
taxa de mortalidade infantil Europa da, onde as mulheres rara-
mente saíam à rua, a não ser para frequentar a Igreja, e os ho-
mens das cidades, tinha lugares marcados na Missa e nos cafés .

Um mundo parado, à espera que chegasse a Tropa, à espera que
a guerra acabasse, à espera de arranjar um emprego, gente que
fugia para o estrangeiro, para não ir combater em África, ou
para ter uma vida melhor, longe da terra onde nasceu .
Muitos tentavam aguentar a tormenta, dentro do Sistema, como
os camaleões,  outros abraçavam a Clandestinidade e a Luta Ar-
mada .

Portugal permanecia parado, à espera de um pequeno empur-
rão que desatasse o imenso nó cego, que nos amarrava ao pas-
sado e à mediocridade .

As grandes potências, especialmente as que se diziam nossas
amigas e aliadas, sempre jogaram com um pau de dois bicos,
vendendo armas para o esforço de guerra nacional, enquanto
as davam aos Movimerntos de Libertação .

Foi com grande esperança e espectativa que voei para França, 
para tentar conhecer o outro lado do Mundo .
.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O ECLIPSE DA FRANÇA .

Fui criado na vivência os ideais republicanos que 
resultaram da Revolução Francesa :

 Liberdade  
 Igualdade
 Fraternidade .

Desde muito novo que me tornei mais ou menos 
amigo da francofonia,
De tal modo que fiz do Francês a minha 2ª língua, e 
por isso, ia ficando a par do que se passava no País 
das Luzes .

Contudo, à medida que ia melhorando o meu conhe-
cimento da pátria de Voltaire e e Romain Rolland,  
descobriria coisas que me iriam chocar muito .

O Affaire Dreyfus e o célebre Manifesto J`Accuse,
de Emile Zola,  foi talvez o primeiro episódio em que
o meu amor pela França vacilou .
Uma história repugnante, que acusava, com total ligei-
reza, um importante militar francês  de traição, por ser 
de ascendência judaica .
Estava-se no inicio o Séc. XX, e a França ficou irreme-
diávelmente  aturdida e dividida .

De miúdo que lia o Cavaleiro Andante, revista para jo-
vens, e aquelas aventuras eram vividas e absorvidas com
sofreguidão .
Uma delas era o Beau Geste, uma saga dos soldados da 
Legião Estrangeira no Saara, com capítulos arrepiantes,
de heróis que patrulhavam as dunas do deserto, em de-
fesa da França .

Quando cresci mais um pouco, confrontei-me com episó-
dios sangrentos, em que se revivia, com cores carregadas,
o tardio e cruel colonialismo francês .

Assisti de longe, já universitário, aos horrores da Guerra
da Argélia, que opunha os revolucionários argelinos, lide-
rados por Ben Bella, de um lado, e do outro, os torcionários
da OAS, defensores intransigentes de uma Argélia France
sa .
Foi uma guerra cruenta, autêntica guerra civil, que rapida-
mente se estendeu a todo o território francês .

Foi De Gaulle que conseguiu acabar com o conflito, com
o castigo exemplar dos generais revoltosos, tendo-se pro-
duzido uma grande migração de franceses, que foram, em
grande medida, alojados no território da Córsega, com a 
crião de graves problemas de integração . 

Pouco antes, tinha acabado a guerra que os franceses ti-
nham imposto aos povos da Indochina, que se viria a sal-
dar por uma derrota total, e a retirada do exército francês .

Foi nesse vazio, que surgiram os USA, utilizando uma
argumentação falaciosa e de cordel, e que viriam a ocu-
par aqueles territórios indefinidamente .

(Continua )


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A AVENTURA PRODIGIOSA DO PRO. EGAS MONIZ .

Nasceu em Avanca, em 1874 e faleceu em 1955, em Lisboa .
Frequentou o  curso preparatório de Medicina, doutorou-se
em Coimbra, em 1902, sendo nomeado Professor Catedrá-
tico, no ano seguinte, tendo leccionado as cadeiras de Ana-
tomia, Fisiologia e Patologia Geral .

Contudo a sua grande paixão foi dedicada à Neurologia, 
tendo sempre estudado esta disciplina, que não era contem-
plada  nos programas da faculdade de Coimbra, o  que viria 
a repetir-se, anos mais tarde, na Faculdade de Medicina de 
Lisboa .

Em 1911, foi  então transferido para a capital, como respon-
sável pela cadeira de Neurologia, então criada pelo advento da 
República em Portugal .

Tinha finalmente encontrado o seu próprio caminho, mas só
agora iriam começar as suas desventuras, sómente temperadas
pelo se génio, pela sua inteligência, pela sua capacidade de tra-
balho e pela sua determinação .

Frontal, resoluto, implacável, com uma personalidade muito 
forte, ia percorrendo o caminho que o iria levar ao Prémio 
Nobel .

É difícil historiar, ainda que suscintamente, a floresta de obs-
tásculos que lhe foram colocados, ao longo de toda a sua carreira,
dentro e fora da faculdade, junto dos seus pares, dos colegas de
profissão, e também aos seus opositores políticos, que nunca
lhe perdoaram  a sua opção ideológica .

Valeu-lhe a sua competência, o seu bom feitio, a sua tolerância e
a enorme capacidade de fazer amizades em todos os quadrantes 
políticos .

Foi pela primeira vez proposto para o Nobel, em 1928, e poste-
riormente, em 1933, 1937 e 1944, com a apresentação de trabalhos
cientificos, na área  da Angiografia Cerebral .

Só mais tarde com os estudos sofre Leucotomia Pré-Frontal, veio
a ganhar o Prémio Nobel da Medicina .

Todos os estudos e experiências desenvolvidas nas matérias que
lhe viriam a ser contabilizadas no seu curriculo, foram realizadas
em segredo, fora das horas de trabalho normal, com a cumplicida-
de de doentes, enfermeiros e amigos. e pagos, em grande parte, do 
seu bolso .

As várias propostas ao Nobel eram quase todas feitas, ou por ami-
gos, ou pelos seus pares que tralhavam espalhados por todo o mun-
do .
.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ANESTESIA GERAL .

Qualquer tema serve para provocar a embriagues do povo
e fazer esquecer a dura e crua realidade com quer nos con-
frontamos no dia a dia .

Tudo o que vier à rede é peixe .

Ele é a prisão de Sócrates, que provocou um coma alcoó-
lico, que durou algumas semanas .

Seguiu-se a crise da família Salgado, numa peregrinação
diária, com beija mão judicial, numa salganhada de ban-
queiros, espertalhões, juízes, doutores advogados, larápios 
de colarinho branco, e outra tralha avulsa .

Agora tivemos o enterramento da França  e da Europa, com
milhões de gente, fazendo prova de vida, sobre um continente
em vias de extinção .

Curiosamente ou não, Obama e Putin fizeram vista grossa
ao acontecimento, o que não prenuncia nada de bom para o
velho continente .

Para terminar em apoteose, Ronaldo ganhou a 3ª Bola de
Ouro, que consagra o melhor jogador de futebol do mundo .

Do mal, o menos .
.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O SILÊNCIO DOS INOCENTES .

Somos todos, mas todos :

Argelinos

Arménios

Cambojanos

Ciganos

Bascos

Biafrenses

Etíopes

Índios

Indianos

Irlandeses

Judeus

Nabimianos

Negros

Palestinos

Ruandeses

Tibetanos

Ucranianos

Vietenamitas

Zulus

.



sábado, 10 de janeiro de 2015

CONTRACORRENTE .

Violento é o rio que corre,

mais violentas são as margens 

que o comprimem .

Bertold Brecht
.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

ESCREVER PARA QUÊ ? .

Estou em frente ao teclado do computador,
e confesso que não me apetece escrever nada .
Nada de nada .

Dizer mal o Cavaco ?.
Enxovalhar o Passos ? .
Malhar no Governo ?.
Criticar a Justiça ?.
Espevitar a oposição ?.

Já nada me anima, nem me espanta .
Que posso eu fazer ? .

Quando era mais novo,
sonhava todas as revoluções do mundo,
entrava em todas as sublevações,
vivia todas as revoltas.
mas nunca me aconteceria nada de grandioso,

até que veio o 25 de Abril .

Foi o nosso grito do Ipiranga .
O nosso Maio e 68 .
A nossa Comuna de Paris .
A nossa revolução cultural .

Tudo isso passou, morreu .
Ainda cheira a incenso .
É do foro arqueológico .

O mundo que eu conhecia tornou-se estranho .
Foi um filme que correu depressa demais,
já não o consigo apanhar .

É um problema de relatividade,
como naquela famosa experiência formulada 
por Einstein, em que dois comboios partem, 
em sentidos inversos, ambos à velocidade da luz .

Ou como a explicação científica  do Big Bang .

Ou da existência de Deus .

Onde eu já vou .
Deve ser da fraqueza ...
.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A DANÇA NUPCIAL .

Muitos animais, machos e fêmeas, quando se aproxima
o cio. iniciam um bailado frenético, com vista à cerimó-
nia do acasalamento, na procura dos espécimes mais ca-
pazes e mais audazes, que levem à continuação da espé-
cie .
É assim na natureza, e mal comparado, na vida políti-
ca .

A República, é como a Carochinha, que ficou viuvinha,
e agora não tem par com quem casar .

Começa então a  marcha nupcial ( e presidencial), para
a escolha de  par .

Avançam os pavôes, os galos de Barcelos, os grilos fa-
lantes, os escorpiões, os louva deus,  pintos de aviário, 
frangos de engorda, e muita outra bicharada .

Abre o baile, e toda a maralha valseia, faz vénias, ensaia
uns trinados, dá piruetas, e afivela a máscara mais
convincente .

E tudo rodopia ao som da propaganda eleitoral ..

Quem quer casar casar com a carochinha,
Que é bonita e formosinha .
.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O PECADO ORIGINAL .

Por que razão não vão a julgamento, não são acusados,
nem sequer indiciados, os militantes, dirigentes e mesmo
simpatizantes e funcionários do Partido Comunista Por-
tuguês, nem sequer são referenciados  na imprensa e nos 
media em geral ?.

Dado que são muitas centenas de milhares de pessoas 
que integram ou votam PC, não haverá por aí gente que 
já tenha tido problemas com a justiça?.

Será que o Comunismo é imune à corrupção ?.

Afinal, Portugal está no bom caminho .

Eis, pois, o advento do Homem Novo,
e a proverbial superioridade moral 
dos comunistas ...
.


domingo, 4 de janeiro de 2015

A CRIAÇÃO DO MUNDO .

Estava Deus entretido a distribuir os povos pelos países 
segundo no seu critério divino, tendo em conta a geogra-
fia, os recursos, os perigos e as calamidades .
Já uma grande parte do trabalho tinha sido feita,
e muitos países havia que não tinham ficado nada satis-
feitos com o que lhes tinha calhado em sorte .

Muitos se queixavam de Portugal, jardim à beira mar
plantado, com um clima formidável e umas praias de 
fazer inveja .

Deus, que tudo sabe, ouvia na sua infinita paciência, e ,
a certa altura, lá foi dizendo, como que a justificar-se :

- Não fiquem assim tão zangados com a sorte de Por-
  tugal ; 
  Tem coisas boas, claro .  
  Mas esperem um pouco, até verem desgraça de gente  
 que lá vou pôr .
.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A DERRAMA DO SOL .

2015, Ano Feliz .

Mais um ano que se escoa, 
e o Sol continua a brilhar para todos nós,
sem cobrança de imposto ou de taxa verde .

Dou-vos esta notícia em primeira mão, 
mas não espalhem muito, que pode alguém
aproveitar-se a ideia .

Com a Europa (e o Mundo) a gelar e a tinir 
e frio, afinal nem tudo é assim tão mal, como
o pintam.
Até podíamos ir à praia tomar banho e fazer
nudismo de graça .
Em topless ou em nú integral .

Boas entradas e melhores saídas .
.