domingo, 31 de maio de 2015

O IMENSO ENTREPOSTO DE TRAFICANTES .

Um velho de esquerda, às direitas .

Quando a esquerda era esquerda,
e a direita era direita .

Hoje o que mais se encontra, são travestis e encapotados,
camaleões e mascarados .

A Europa transformou-se num imenso entreposto de trafi-
cantes, ladrões, vigaristas, corruptos , vadios e outra gente
de mau porte .

O que foi, outrora, o berço de dezenas ou centenas, de gente
famosa e esforçada,  que cimentou, pedra sobre pedra, o mais
elaborado centro de cultura e de ciência .

Não nos deixemos enganar .

A esquerda é

É A VERDADE

A JUSTIÇA

E A  BELEZA,

temperadas com bastante

LIBERDADE

FRATERNIDADE

E IGUALDADE .

Tudo o resto é apanágio a direita .

Recordo apenas um homem que teve um papel importante na
emancipação a Itália - GIUSEPPE VERDI (Vittorio Emanuelle
Rei D` Itália),

que com Garibaldi ,

ajudaram a edificar um grande pais, berço do

RENASCIMENTO .
.

QUE VIVA ITÁLIA .

BOLONHA

FLORENÇA


RAVENA

FERRARA

MODENA
.

sábado, 30 de maio de 2015

A IMPRENSA DE REFERÊNCIA .

Quando o meu filho trouxe o seu primeiro gato bebé
para casa, tive a necessidade de comprar o Expresso,
pois era o que apresentava a melhor relação qualidade 
preço - tinha papel para o gato mijar 
a semana inteira .

Reconto a história do tipo que vinha de barco para o
emprego, comprava todos os dias o jornal, via a 1ª pá-
gina e depois deitava o papel fora .
Questionado sobre o facto, disse que estava à espera de
um certo óbito .
O vendedor de jornais informou que a necrologia vinha
sempre nas páginas de dentro .

E disse o outro :

De certeza que, quando o gajo morrer, 
vem logo na manchete, a letras gordas .

Vem isto, a propósito a boa e da má imprensa, da  dita im-
prensa de referência .

Uma treta indecente : só interessa aos media o que 
convem os grandes potentados económicos e às grandes cen-
trais de comunicação .

Para que serve então ler jornais e ver televisão :

Para seguir as novelas, reais ou imaginárias, 
para o caso, tanto faz .

E a maralha  engole este xarope, dezenas e vezes ao dia . .
.

É isto, a imprensa de referência .
.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

MIXORDEIROS .

AMOR COM AMOR SE PAGA .

Todos estamos recordados da prestação indecente
de Constâncio, como presidente do Banco de Por-
tugal .
Daí a sua promoção a Vice Governador do Banco Eu-
ropeu .

Temos agora o prémio entregue a Carlos Costa, pelos
assinaláveis serviços prestados ao BES e aos Salgados .

Na gamela onde come um,
comem dois ou três,
ou uma dúzia .
.

ODE AO COMUNISMO .

O comunismo foi uma ideia genial .
Conseguiu congelar a imensa bandalheira 
que grassava no nosso querido mundo 
ocidental .

Com o desaparecimento o malino,
quem sabe se  por milagre divino,
começaram a emergir os cogumelos venenosos
de um sistema tão saudado e badalado,
que se pensava durar até à eternidade .

Que nada ...

Afinal o pecado morava mesmo ao lado .

O mundo era tão mau ou pior 
daquele que então vigorava no universo soviético
e arredores .

Escondido nos armários do tempo,
lá estavam o mal que havia sido coado 
durante quase um século :

A corrupção global,
a todos os níveis, em todos os azimutes,
de pessoas, grupos, organizações, famílias, empresas,
entidades religiosas, desportivas, benfeitoras,

Ministros, juízes, parlamentares, doutores advogados,
jogadores da bola, meretrizes, pais e família, católicos temen.
tes a Deus, escroques, os melhores alunos, polícias e ladrões,

tudo e todos navegavam 
no lote dos corruptos e da corrupção ,
sem pecado, sem vergonha, 
dormindo o sono dos justos,
como se tudo isto fosse a coisa
mais natural  deste mundo .

VIVA, POIS, O COMUNISMO .
.
.



quinta-feira, 28 de maio de 2015

MARE NOSTRUM .

Oxalá  não tenhamos que assistir um dia à abordagem dos
africanos maltratados, esfarrapados, famintos, violados,
moribundos, mortos, 
avançando pelas praias europeias adentro,
com cintos de explosivos atados à cintura .

Pobres ingleses, holandeses, dinamarqueses, 
branquinhos, lavadinhos e devidamente cevados,
que roubaram, durante séculos, 
matérias primas, escravos, 
e a honra e dignidade de milhões de africanos .

O futuro a Deus a Alá a pertence
.

A VERGONHA AS NOITES DE TARIFA E LAMPEDUSA .

Quando me viste as lágrimas
nas praias de Tarifa,
eram também por Lampedusa,
e pelas outras praias os mares de Ulisses .

Perguntaste :

É a alma que te dói ?

E eu ainda não sei bem dizer-te,

- Doem-me a humanidade, 
  a compreensão,
  e tudo mais em que verdadeiramente assento .


Américo Brás Carlos
in "As flores brancas do Frangipani "

Publicado no Expresso, 2014 .
.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O VELHO DO RESTELO E O D. SEBASTIÂO .

Estamos permanentemente apanhados pelos nossos
2 grandes mitos nacionais :

O VELHO DO RESTELO

E D. SEBASTIÃO

Muito poucos querem arriscar qualquer coisinha, seja
em que matéria fôr, pois o Velho está sempre 
à espreita, castrando qualquer iniciativa, ou boa ideia .

Não fazemos, nem deixamos fazer.

Qual Bocage com o fato esfarrapado, sempre à espera a
última moda .

Mas pior, estamos todos nós, à espera de um milagre re-
dentor, como nos segredos de N. S. de Fátima .

As coisas hão-de resolver-se um dia .

Temos que ter paciência .

Roma e Pavia não se fizeram no mesmo dia .

Quem espera, sempre alcança .

Devagar, se vai ao longe . .

O que é preciso é ter calma e estupidez 
natural .
.

domingo, 24 de maio de 2015

O GUARDADOR DE CABRAS .

Quando vim viver para o bairro onde agora resido,
tudo em redor era uma imensa quinta, que foi reta-
lhada em bairros e arruamentos .

Mas nas suas entranhas continuavam enterrados mil-
hões de sementes, de toda a espécie .

Fazendo apelo ao meu passado de camponês, dei co-
migo a proteger instintivamente uma ou outra cabrin
ha vegetal .

A primeira de que me lembro bem, foi uma pequena
haste de oliveira, perdida no meio das ervas bravias .

Um dia, dei pela falta da oliveira ; fui espreitar e vi 
um carcamavno da CML, que eu havia invectivado :

Oliveira, sei lá o que isso é
Tenho instruções : num raio de 2 metros, e acima 
a cabeça, vai tudo à vida .

Vale que, as oliveiras podem persistir na terra, milhares
de anos .

Desbasto essa planta assassina, que dá pelo nome de
borracheira . Tudo destrói  à sua passagem .
Vou cortando aqui e ali, para facilitar a vida a um pin-
heiro manso meu amigo .
Hoje, já está um homenzinho .

Tenho ainda debaixo e olho um carvalho de bolotas,
Uma olaia anã e um grande dragoeiro .

Espalhadas pelos jardins, vivem diversas árvores garrafa 
e muitas outras espécies interessantes .

Não haverá por aqui, uma alma 
que queira começar um jardim 
botânico em Telheiras ?.
.

sábado, 23 de maio de 2015

ISTO É UM HOMEM .

Quando o silêncio é mais profundo,
é quando te oiço mais de perto .

Sinto-te a murmurar 
palavras de carinho,
de amor fraterno, 
amizade 
e fraternidade .

Nunca pronunciaste 
qualquer queixume, rancor,
raiva ou protesto .

E no entanto sofreste tudo isso
em dose reforçada .

Jamais saíu a tua boca
qualquer palavra mais amarga
ou mais azeda . .

Tudo aceitavas 
como um remédio muito amargo,
como aqueles que realmente
tinhas que tomar .

Por vezes, uma contrariedade,
uma indisposição,
muita dôr e grande sofrimento,
tudo enfrentavas .

E não poucas vezes,
fazias das fraquezas, forças,
e eras tu próprio
que nos inculcavas a energia
para nos consolar .


sexta-feira, 22 de maio de 2015

TORPOR ASSASSINO .

Para quem como eu, passou a vida a lutar pela Liberdade e 
pela Democracia, é revoltante assistir ao triste espectáculo 
que estamos a viver, neste Portugal esquálido e deprimente,
onde sen ão  vislumbrando um mínimo de capacidade para 
pôr fim a esta desgraça incomensurável .

A memória colectiva é má conselheira .
Não permite separar a realidade, da fantasia .
O trigo, do joio .
A acção, da imobilidade criminosa .

Que foi feito do meu País ?.

Por que razão, não se levanta do chão ?, 

Está anestesiado, hipnotizado por um génio do mal .

Porque não se ergue com as armas

dos heróis do mar, 

nobre Povo,

Nação valente e imortal .

Porque não levanta de novo,

o esplendor de Portugal ?.






quinta-feira, 21 de maio de 2015

CRISE DE AUTO ESTIMA OU CULTO DA PERSONALIDADE .

Navego muitas vezes à bolina,
entre as bóias que balizam a rota da vida :

Auto estima e

Exaltação da personalidade .

Acredito nas leis da dialéctica, definidas por Hegel,
mas é Camões quem melhor aborda esta temática, no 
no soneto que a seguir transcrevo :

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades .

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança,
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades .

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto :
Que não se muda já como soía .
.



quarta-feira, 20 de maio de 2015

O MUSEU DAS COISAS - 16 - O PAPEL .

O papel começou muito cedo a fazer parte da minha vida,
muito antes dos bancos da escola .
O papel vinha da papelaria/livraria A Havaneza, talvez por
ser o sítio onde antigamente se vendiam os charutos .

Fazia-me uma certa confusão ver, como uma misturada de
coisas, restos de papel velho, trapos, etc.,vinham a conver-
ter-se numa superfície plana, lisinha, onde se escrevia e de-
senhava .

Igual encanto conheci, quando estudei para técnico têxtil, e 
presenciei o processo de transformação de milhares de fibras 
de lã, num velo , em penteado e finalmente, em fio .

Mas voltando ao papel .

Era um material relativamente raro, sobretudo o papel fino
para escrever cartas de amôr e cartas comerciais.
Umas e outras exerciam um grande fascínio, porque uma eram
coloridas, com forros bonitos e marcas fora do vulgar .

Algumas das cartas amorosas, ainda tinham um certo aroma,
o que lhes d um certo mistérioava . 

Não que eu andasse a ler coisas nos desvões as casas antigas,
mas porque passava uma boa prestação do meu ócio, a catar
selos antigos e recentes, tal era o bichinho do coleccionador de
estampas filatélicas .

Depois havia outro filão, também muito importante, que eram
os papéis de embrulho que passavam pela loja do meu tio Al-
berto, cada côr, seu uso .

Amarelo e azul esverdeado para sabão e produtos 
químicos;
Avermelhado (com terra e palhas, à mistura)  para 
fruta e legumes; papel pardo, para acúcar e produtos secos 
e ainda para tremoços, azeitonas, etc .

Para produtos mais finos, havia o papel vegetal,  para o fiam-
bre e a manteiga ; 
papel e 2 faces, para bolos, pão, etc .

Papel de seda, para fazer embrulhos de prendas .

Muitos anos mais tarde, 2 gerações depois, 
desenvolvi intensa actividade no estudo e aplicação de papéis
diversos .

Ai, tomei o gosto pela cortagens e colagens, usando
o papel nas mais diversas maneiras, e ainda é hoje o meu ma-
terial preferido  nos meus trabalhos e bonecos .




terça-feira, 19 de maio de 2015

A BATALHA DO MEDITERRÂNEO .

Chegam aos milhares, quase sempre clandestinamente,
sem dinheiro, sem papéis, sem nada, espoliados do preço 
da travessia e vão morrendo pelo caminho, tratados como
gado para abate, na esperança de chegarem à Terra Prome-
tida, com o objectivo de juntar uns magros soldos, para en-
viar às famílias famintas .

Onde é que eu já vi este filme ...

Noutros mares, noutras terras,  outras gentescom o mesmo 
objectivo .

Sofrem tormentos incríveis, promessas enganadoras, partem
sem destino certo, à procura de uma oportunidade ilusória,
e nunca desistem .

Agora é a vez dos sub sahelianos, dos magrebinos, dos eritreus,
africanos de todas as raças e de todos os credos .  

Porque fogem ?!...
De que fogem?!...

Ninguém quer defrontar-se com a raíz do problema .

É mais simples, mais fácil, mais limpo,

utilizar o argumento da canhoeira,

para evitar maus exemplos às portas da Europa .

Mas eles passarão, 

e irão transformar o nosso desinfectado continente num 

imenso inferno .
.



O MUSEU DAS COISAS - 15 - OS SACOS DE PLÁSTICO .

Antigamente quando se ia ás compras, à mercearia, ao talho
ao lugar ou à praça, ou se levava um saco de pano ou serapil-
heira, para guardar os géneros, ou então eles eram embrulha-
dos em papel de qualidades rasca .

Era o tempo dos secos e molhados .

Com o advento os supermercados e a instauração da so-
ciedade de consumo, emergiram os sacos de plástico, quais
monstros sem cabeça .

Houve ao longo deste Sec. XX, várias revoluções industriais,
mas nenhuma tão abrangente e democrática, como a Revo-
lução de Plástico . 

Longe vai o tempo, em que os géneros comestíveis eram em-
brulhados numa folha de figueira .

Mas o que era maravilha, rapidamente se veio a transform.ar
num imenso pesadelo .
Os sacos multiplicaram-se aos milhões, não se podem queimar
devido aos gases nocivos que produzem, e dada a sua natureza
e resistência, são indestructíveis, e na sua maioria, não biodegra-
dáveis .

Eis então o planeta invadido, não por animais selvagens, mas por
verdadeiros monstros de plástico, que estão a reduzir o espaço 
outrora ocupado pelos oceanos .

São os Continentes de Plástico, um situado em pleno
Atlântico, e outro no Índico, onde se fazem já sentir os efeitos no-
civos sobre a navegação, e sobre a vida marinha .

O Homem produziu, em menos de meio século, 

Monstros inimagináveis .
.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O TRILEMA DO PS .

Um Partido é, ou deveria ser, uma mistura 
ponderada entre ideologia e paixão .

Acontece que, a maior parte das vezes, não é uma coisa, nem
outra .
Enquadra-se numa necessidade primária do preenchimento do
vazio .

É espantosa, a facilidade  com que, quase cerca de 1 milhão de
votos atravessa o espectro político, à velocidade da luz, como se
nada de importante se passasse ...

É aflitiva a chantagem que os partidos mais importantes exer-
cem sobre o eleitorado, na ânsia de ganhar um pouco mais de
espaço .

Tentam explicar uma ilusória demarcação, ou dramatização, 
num sistema político viciado e sem alternativas sérias .

Mas nada os salvará ... 
.

domingo, 17 de maio de 2015

O TRÔLHA A BOLA .

LOPETEGUI,
(será mesmo esse o seu nome ?...)

não teve t... para parabenizar o Benfica,
pela vitória no Campeonato,

afirmando na TV, que preferia dar os parabens
a todos aqueles que tinham contribuído para a vi-
toria do clube da Águia .

O estúpido não percebeu que foi ele um dos gran-
des ajudantes, na conquista do CãoPeonato pelo
arqui inimigo
.

BENFICA

                               O

                     BENFICA 

                             É

                  BI - CAMPEÃO

.

O ANAFADO GATARRÃO TEDESCO E O PEQUENO TARECO HELENO .

Já devem ter observado a cena, 

Um gato a caçar um rato .

Começa por lhe dar uma forte patada, atirando
a vítima para bem longe .
Depois pára sàdicamente, a ver o resultado .
Se o rato se mexer, o gato pisa-o e segura-o pelo 
rabo .
Depois dá-lhe uma unhada, para começar a sangrá-
lo .

Começa então uma estranha dança, alternando
pancadas, com paragens e unhadas

As unha contêm um veneno, que vai adormecendo
o pobre rato,  ficando cada vez mais exausto . 

Parece um filme do velho Oeste .

Mais umas pancadas, e o rato estará prestes a ser
empurrado para o forno quente assassino e ser final-
mente  sacrificado .

OS BONS QUASE NUNCA VENCEM .
,

sábado, 16 de maio de 2015

O MUSEU DAS COISAS - 14 - OS PLÁSTICOS .

O BIG BANG dos plásticos .

O pleneta espantoso dos plásticos explodiu no final da
IIª Guerra Mundial .
O Mundo tomou conhecimento desse facto através dos
GIs americanos, que espalharam as meias de Nylon por
todo o mundo .
Faziam esbugalhar  os olhos das moçoilas europeias, à
míngua de homens, durante 5 longos anos .

Antes disso, as mulheres mais atrevidas, pintavam um
risco castanho , de alto a baixo, na parte traseira das per-
nas, facilitando o namoro às escuras .

Foi, certamente, um os maiores 
incentivos para a explosão demográfica 
de toda a história .


A  abundância de petróleo conduziu ao aparecimento de 
inúmeros novos produtos e materiais, de que se destacam
os plásticos, cada um com imensas propriedades novas, 
que originavam os mais diversificados produtos .

Foi todo um mundo novo que se abriu, e que continua ainda
hoje dar-se a conhecer .
Não há nada que se não possa fabricar com poliamidas, estir-
enos, poliésteres, uma infinidade de compostos que mudaram
o mundo para melhor .

Qualquer dia, é o próprio homem que 
vai ser talhado em plástico .

Aliá, muitas as peças do corpo humano, são já produzidas
com esses novos materiais .

.





sexta-feira, 15 de maio de 2015

A GRANDE REFORMA DOS BURROS .

Finalmente uma reforma estrutural de uma importância
espantosamente mirabolante .

O Nobo Acorde Ortofrábico  
foi aprovado .

Ora pro nobis .
.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

O SORRISO .

Não  mais o sorriso largo e rasgado
de orelha a orelha,
por uma piada contada num grupo de amigos .

Não mais a gargalhada escancarada
daquelas que se propagam como labaredas,
à mesa do café .

Não mais aquele sorriso maroto, trocista,
que arrasta consigo,
pensamentos e desejos subentendidos .

Não mais o sorriso amarelo, fingido,
que corrói lentamente
e pode destruir os nossos sentimentos .

Talvez que possa resistir ainda
aquele sorriso cúmplice, solidário,
que nos protege e nos abraça .

Um sorriso, sim,
sereno, fraterno, amigo,
com os lábios entreabertos,
quase num soluço,

de quem já quase tudo passou na vida,
capaz de nos aquecer a alma
e carregar dentro e nós,
uma migalha  de PAZ .
.


terça-feira, 12 de maio de 2015

A GARRAIADA EUROPEIA .

A matança do porco,
(com licença do porco).

Tenho uma dúvida metafísica, pois fiquei baralhado
entre o porco alemão e o porco grego .

São conhecidas as potencialidades da pecuária alemã,
enquanto que porco grego tem vindo a minguar dras-
ticamente, face aos sucessivos sangramentos a que tem
vindo a ser submetido nos últimos anos . 

O grego, é porco manso certamente, sacrificado por
roubos, desfalques e outras patifarias, a cargo do por-
co rico, altivo, garganeiro e desonesto .

Constantemente trabalhado com ferros curtos, banda-

rilhas, sangrado vezes sem conta, até à exaustão final .

Dizem que as touradas são espectáculos atentatórios
dos animais .
Imaginem agora se tal tratamento é infligido a países
soberanos, aos seus habitantes, às suas crenças e à
sua História.

Que Europa é esta que permite tais enxovalhos, 
a Europa rica que nunca pagou as suas dívidas, que vem
ocupando povos escravizados, cujo maior pecado é terem
sempre um sorriso nos lábios .

Que Europa é esta que perdoou os crimes do nazismo, 
cresceu para derrubar o Muro de  Berlim e o Comunis-
mo, mas que o objectivo central era preecnher o vazio na
Europa Central .

Morto o touro, de todo o lado aparecem as chocas cas-
tradas e taralhoucas, para arrastar o bicho para bem 
longe .

Largam outro manso, para gáudio dos abutres e outra
passarada .
.



A CONSTRUÇÃO .

Vi-te a trabalhar companheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Construir as cidades para os outros
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Vi-te a trabalhar companheiro  

Que força é essa amigo
Que força é essa amigo
Que trazes contigo
Que te põe de bem com os outros
E de mal contigo
Que força é essa amigo
Que força é essa amigo

Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Vi-te a trabalhar companheiro 

Sérgio Godinho

.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

PARA QUE SERVE A ARTE ? .

Qual o verdadeiro papel da arte ?.
Provavelmente papel de embrulho .

A maior parte as pessoas que contactam com uma
pretensa obra de arte, tem uma reacção epidérmica,
e uma postura desinteressada e desinteressante 
acerca dos objectos mostrados .

Há sempre quem goste, quem se interesse, mas uma
parte numerosa das pessoas, olha a arte e os artistas,
com um certo desdém  e mesmo com uma ponta de 
inveja .

Apesar de tudo, há gente que arrisca em a mostrar-
se e submeter-se a um veredicto . 
Por vezes, até dói um pouco, o tipo de comentários
e críticas apresentadas .

Ossos do ofício .

Mas há um lado bom nesta aventura .
Há sempre pessoas que, honestamente, apreciam o nos-
so trabalho,  que nas dizem coisas agradáveis e simpá-
ticas, e esse é o alimento que o nosso Ego precisa para
seguir viagem .

 OBRIGADO .


.

sábado, 9 de maio de 2015

O MUSEU AS COISAS - 13 - O CHEIRO DOS ÓLEOS .

Havia um pintor de Coimbra, que costumava passar as férias
de Verão na minha terra .
Cavalete e caixa às costas, saía da pensão e ia por aí .
Percorria as ruas, os becos, as hortas, observava as casas vel-
has, as escadas gastas, os portões de ferro, as figuras serranas,
as paisagens rurais, e o céu derramando luz por todo o lado .

Como não tinha mais nada que fazer, agarrava-me ao pintor Jo-
sé Contente, de seu nome, como uma carraça, e seguia-o por to-
da a parte .
O homenzinho bem me enxotava , e tudo fazia para me pôr a de-
sandar .

Depressa percebeu que eu gostava mesmo de o ver trabalhar,e
começou a tratar-me como um cão de guarda .

Acabámos por nos habituar um ao outro .
A minha gente achava piada, e até me soltou a coleira do mau
comportamento que sempre me acompanhava .

Quando o Pintor pintava com aguarelas, eu estava no Céu, 
mas quando usava os óleos, começava a enjoar com o cheiro, e
acabei por desistir das minhas aulas de pintura .

E nunca mais me habituei a pintar a óleo .
.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

A ESTRATÉGIA DO PÊLO PÚBICO .

Por um pintelho se ganham eleições,
por um pintelho se perdem .
(citando o Ministro Catroga ) .

Está agora na moda tratar a política por avos, cagasésimos,
pintelhos, pêlos púbicos, em vez de se abordarem as grandes
questões políticas nacionais .

Tudo se discute à percentagem, real, comparada, homóloga,
etc., como se essas minudências tivessem qualquer importan-
cia, dada  a enorme aldrabice com que os números são mani-
pulados, de todas as maneiras possíveis e imaginárias .

O Governo faz o seu papel .
Engana tudo e todos .

Mas a oposição, que diabo, porque vai nessa marmelada ...
Sobretudo o PS ?.

Quanto vale realmente a dívida e o défice ?.
O PIB e o ordenado mínimo ?. 

Farão alguma ideia, essas cabecinhas bem penteadas e escanhoadas,
vomitando números à toa, das dificuldades e dramas que se apresen-
tam todos os dias, a milhões de portugueses, para porem alguma coisa
na mesa para rilhar ...

Cuspir números, de barriga cheia,
vou ali e já venho ...
.  


  


quinta-feira, 7 de maio de 2015

PAÍS DE CASTRADOS

Que se passa com a TAP ?.

O que quer o Governo ?.

E a Administração da Companhia ?.

Qual é o objectivo dos sindicatos dos pilotos ?.

De quais deles ?.

E os outros sindicatos ?.

E os outros trabalhadores ?.

E os Passageiros ?.

E o publico em geral ?.

E o País ?.

País e castrados .
País e palhaços .
País de idiotas .

Já sei que o PR faz de conta que é PR .
Faz de conta que faz .
Faz de conta
Faz.
JAZ .
.
.



quarta-feira, 6 de maio de 2015

ELEMENTAR, CARO ANÍBAL .

" Pela informação que me foi dada(...), 

   não vejo que haja qualquer coisa que eu,

   pessoalmente, possa acrescentar " . 


     Presidente Cavaco Silva .

A MORTE LENTA .

Custa-me assistir ao estertor de um partido que já foi grande
e decisivo nas batalhas pela Liberdade em Portugal .

Que conduziu as bandeiras da democracia e do desenvolvimento
durante tantos anos 

Hoje tudo está mudado, para pior . 

É um partido velho, anquilosado, raquítico, que em vez de levar
transfusões de sangue novo, é sangrado constantemente, cada vez
mais fundo, até mirrar por completo .

Não se trata de sadomasoquismo barato.
É a realidade pura e dura .

O tempo passa depressa, mas não se compadece com a falta das me-
didas que urge desencadear, para reconstruir o navio naufragado e 
abandonado, como se lixo se tratasse .

A erupção de António Costa foi a última 
miragem .

Instalado o reino da vaidade e da mediocridade, como vai o navio ser
desencalhado e reposto a navegar em águas seguras .
São necessárias grandes reparações para atingir a velocidade de cru-
zeiro, afinar as máquinas, põr combustível novo,

e zarpar, 

como diria o saudoso Zeca Afonso .
.

A exposição


segunda-feira, 4 de maio de 2015

A EXPOSIÇÃO .

Digo sempre que a Exposição que faço, é a última .
Acabo por vir sempre a ceder à procura de protagonismo.
Claro que gosto que as pessoas admirem o meu trabalho, 
porque isso pode ser um atalho para que gostem de mim .

Mas é um grande engano, que a ventura não deixa durar 
muito ..

Uma Exposição é sempre uma exposição, física e psico-
lógica, grande fonte de stess, radiografia das minhas 
fragilidades e inseguranças .

É sempre a dúvida sistemática que me acompanha e me
atrofia .
Dispo-me de corpo e alma e, muitas vezes, não gosto do
que vejo .
Não que tenha a pretensão de atingir a perfeição .
Também não sou nenhum sapateiro .

O problema é que há sempre o risco de, por tanto procu-
rar a beleza, vir a cair no reino do ridículo .
.

sábado, 2 de maio de 2015

INFOEXCLUÍDO .

A primeira vez que vi um computador, foi no Centro de 
Cálculo da Gulbenkian, num edifício na rua D. João V, às 
Amoreiras.
Ocupava uma sala inteira, e tinha acessórios noutros de-
partamentos desse Centro .

Fui visitar o bicharoco com o meu irmão economista, que
trabalhava como adjunto de Cavaco Silva, bolseiro da Fun-
dação .

Já no fim do meu curso, contactei com malta que começava
os primeiros passos de computação, num espaço no átrio do
Pavilhão Central, do IST .
Faziam-se então algumas experiêrncias, junto de alguns do-
centes e poucos alunos interessados nesta nova tecnologia .

Dado o imenso tempo perdido com o Serviço Militar, comecei 
posteriormente a trabalhar na Direcção Geral de Energia, sem-
pre muito afastado das questões informáticas .

Eu próprio me auto excluí, por razões diversas, 
Julgava que eu conseguiria resolver as questões que se me de-
paravam, pelos processos tradicionais, mas estava completa-
mente enganado .

Fiquei pois completamente info excluído , 
durante muitos anos .

Só com a utilização do Blog Tertúlia do Garcia, 
me adaptei ao uso as novas tecnologias de informação .


Junto uma pequena nota com alguma piada .
Quando o antigo Presidente Américo Thomaz , levou ao Porto
a Ex.ma esposa D. Gertrudes, a uma feira de material de com-
putação, aconteceu que ,

Baralhada, a pobre senhora perguntou inocentemente :

- E essa máquina fala ?.

Responde o técnico, divertido :

- Não, não fala, computa .
.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

a novíssima censura .

Então estes marracuecos que integram o arco da 
governação, queriam parir uma lei que iria condi-
cionar fortemente as liberdades, durante a campa-
nha eleitoral ?...

Estes carcamanos passaram-se .

Que te deu, Ó Costa do Castelo ?

Ó Antoninho, passa cá o vinho
Vai um golinho,
Ó Coelinho, vai um copinho,
bem cheínho .

Isto é que vai uma crise ...
.