segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A PAIXÃO DO BENFICA .

O PS foi o teu primeiro amor leal 
e verdadeiro,

mas o Benfica foi a tua 
grande e dolorosa paixão .

Desde que começaste a acertar com o pé na bola, que desataste 
a jogar futebol.

Coisas de família, coisas do ADN .

O Avô Plácido foi um jogador semi-profissional nos campeona-
tos regionais . Quando foi trabalhar para Lisboa, vinha a Seia 
às festas da Cidade, que incluíam sempre uma espécie de jogo
solteiros contra casados, ou melhor , os senenses locais, contra
os que viviam na capital .

Pela minha parte, o futebol era a disciplina mais importante da 
minha escola, com jogos diários organizados pelo nosso profes-
sor primário .

Não admira, pois, que tenhas corrido todos os escalões do jogo,
desde o Jardim das Amoreiras, Colégio Bensaúde, Escola Mar-
quesa de Alorna, Colégio Moderno e Faculdade de Economia,
mais o que jogavas em qualquer parte onde houvesse um bola e
pelo menos um adversário .

Foi quando viemos morar para Telheiras que começaste a levar 
as coisas mais à séria, com o equipamento integral do teu grande 
ídolo de sempre, 

o grande Nené, um jogador que se exibia tão 
limpinho, que nunca sujava os calções .
Bom de pés, bom de cabeça, Nené marcou 
uma época e influeniou várias gerações de 
benfiquistas .

Depois veio a selecção nacional, uma outra loucura, pois que era o
nome de Portugal que passou a estar também nas tuas ambições e,
além disso, incluía sempre grandes jogadores do Benfica, como 

Chalana, Diamantino, Rui Costa, Humberto 
Coelho, Bento, Luisão, Mantorras, Enke, Pro-
boski, Ricardo, e tantos e tantos outros, que 
defenderam as cores nacionais .

Mais tarde deixaste um pouco o jogo para, te afeiçoares perdidamen-
te pelos jogos no grandioso 
Estádio da Luz, a imensa Catedral, 
onde não falhavas uma partida, especialmente se se tratasse de noites 
dos Campeões Europeus .

Cada desafio era combinado ao pormenor com os teus amigos, nada
faltava na decisão, na vontade, no apoio, no equipamento ou nos ca-
checóis .

Tudo parava, não se podia perder pitada do espectáculo .

Quando o jogo era no estrangeiro, tocava a rebate para se organizar
a festa com toda a dignidade, vinha a malta do costume, compravam-
-as pizzas e as bebidas e era uma algazarra ruidosa, que durava várias
horas depois da partida .

Por vezes, tinha que servir-se o fel da derrota,
mas na maioria dos casos, jubilava-se com a vitória, que durava dias a
fio, sorvendo cada lance, cada golo, cada defesa .
.
.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

AS VACINAS .

O PS e o BENFICA .

Dizíamos às vezes, por brincadeira, que o Pedro tinha sido 
vacinado em pequenino, com as vacinas do PS e do Benfica . 
Não que alguma vez tivéssemos tentado influenciá-lo de qual-
quer maneira . 
Desde sempre que a família ia votar diferentemente uns dos 
outros e partilhávamos sempre juntos, todas as manifesta-
ções a que assistíamos .

Foi a Júlia, ao tempo, a nossa empregada e sobretudo o namo-
rado desta, o Rodrigues, que se encarregou de fazer uma mar
cacação cerrada à criança, e assim ficou para sempre com es-
tas imagens de marca .

O seu amor às duas camisolas chegava a raiar a loucura, o PS
de uma maneira mais racional, o Benfica de um modo quase
desvairado .

Cresceu com estas afinidades desde sedo, sempre de uma ma-
neira incondicional .

Digamos que o Pedro e o 25 de Abril são 
contemporâneos .

Começou por admirar Mário Soares e mais tarde participou em 
todos os órgãos e actividades do PS, nas eleições locais, regionais
e nacionais, de todo o  tipo e feitio .
Era respeitado por amigos e correligionários e temido pelos seus
adversários, sempre num combate puro e duro, mas sempre leal .

Chegou a candidatar-se contra António Costa e foi um apoiante
da primeira hora do seu grande amigo António José Seguro, com 
quem ajudou  a formar um grupo de opinião, com outros camara-
das . 

A degradação política do 2º governo Sócrates, e as traições labora-
das por Cavaco e seus mandantes, viriam a derrubar a sua pericli-
tante  acção, consubstanciada numa lenta e penosa travessia do de-
serto .
.





O 25 de Abril de 1974 .

O primeiro alerta foi-nos dados pelo nosso vizinho do lado, que
tinha o irmão a fazer serviço militar, mesmo junto ao Rádio Clu-
pe Português .
Não se sabiam pormenores, suspeitava-se de um golpe de Estado,
tinha havido movimentações militares por parte da extrema direita,
e as pessoas estavam desconfiadas .
O 16 de Março tinha abortado, com vários deportados para os Açô-
res, entre eles o meu amigo Vasco Lourenço .
Aguardávamos, pois, nervosamente .

Ligámos a RTP, que abriu com um comunicado aos portugueses, 
maso texto era pouco explícito, assinado por um tal tal Movimen-
to das Forças Armadas, seguido de música marcial .

A pouco e pouco, começaram a comunicar e a contar episódios, ain-
da sem confirmação, do que se estava a passar .
O que é certo é que as gentes foram para a rua, apesar de avisadas
do eventual perigo . Consciente ou inconscientemente, o Povo foi-se
juntando às colunas militares, respaldando e apoiando os Militares .

Só mais tarde, viríamos a ter conhecimento de alguns acontecimentos 
mais dramáticos, designadamente o confronto entre as forças da Polí-
cia Militar e as forças leais ao Movimento e do papel decisivo de Salg-
ueiro Maia e dos seus soldados

Foi o dia da libertação do Pedro, abandonado por nós, não teve outra
solução, senão comer a papa sòzinho .

As pessoas correram às lojas para se abastecerem de géneros alimen-
tares, pois não se podia saber o rumo dos acontecimentos .
Fomos ao Sr. Eduardo, as loja estava a esvaziar-se rapidamente,mas
nos abastecemos com o mínimo de coisas . 

Durante essas horas estive a desenhar, fazendo uma aguarela que me
pareceu adequada ao acontecimento .
.


O 7 de Outubro de 1971 .

Começaste a fazer corridas de táxi, na barriga da Mãe, 
na busca aflita de encontrar uma clínica para nasceres .

Tinhas muita pressa em vir ao mundo .

Passamos pela Maternidade Alfredo da Costa, que não 
estava de turno . 

Indicaram-nos a Maternidade Magalhães Coutinho, nem 
o condutor sabia onde é que isso ficava .

Acabámos no Hospital de D. Estefânia, onde havia um 
anexo provisório do Hospital de São José .

Como se pode medir a aflição de uma
mãe ...

Tudo muito à pressa, só houve tempo para juntar alguma 
roupa, preencher  o papel e correr para a sala de partos .

E ali ficámos à espera .

Foi rápido, passadas pouco mais de 3 horas, veio uma enfer-
meira à portaria, que nos nos disse :

É um menino,
é parecido com o Pai,
até tem a covinha no queixo .

Eram 5 e 40 da manhã .
.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Há dias assim .
Nem apetece a gente mexer-se . Nem sair para a rua .
Temos agora uma gata muito bonita e que até parece que obedece 
aos donos . Nunca tivemos um animal como este .
Devia dar-se bem contigo .

Lembras-te do teu primeiro gato, que veio atrás de ti, desde o Jardim
das Amoreiras, a Avó ralhou contigo, porque sabia que eu não queria 
animais em casa, mas foi entrando e ficando à consignação, pequeni-
no, se calhar abandonado .
E logo se tornou uma companhia indispensável, nas tuas brincadeiras
e nas malandrices do bicho .

E quando uma das tuas amigas trazia um gato emprestado para passar
o fim de semana em nossa casa, tudo estratagemas para o deixar em 
tua casa .
E lá ficou, que eu condescendi  .

Mais tarde, foi a Kita que te fez companhia durante anos a fio, gata es-
tranha e fugidia, mas que tinha uma grande empatia contigo .
Acompanhou-te até ao fim .

Quando ela morreu, e tinha já 19 anos de idade, não queríamos mais ga-
tos cá em casa, e fui eu, um pouco à revelia que trouxe a gata viver conos-
co . 
A Mãe estava nos Estados Unidos, o Zé e a Paula tinham uma ninhada 
no quintal, eu queria um gato, mas o que veio à rede, literalmente falando, 
foi uma fêmea, atrevida que depressa caiu na ratoeira do camaroeiro .

Tinha 2 ou 3 meses, e dormia ao meu pescoço .
É uma Red Point, era branca como a neve, e foi ganhando umas manchas 
nas extremidades, acastanhadas .

Tornou-se uma companhia inseparável .
Devias gostar muito dela .

Senta-se e deita-se na copiadora enquanto escrevo no computador, assiste 
curiosa à preparação da sopa, fica quieta ao meu lado quando estou a tra-
balhar, todos os dias quer é brincadeira, e só depois vai comer as bolachas .
Espera à porta, para ir passear no átrio, quando eu visto o casaco para ir
à rua. 

Só tem um contra, tem as unhas bem afiadas e usa-as sem qualquer respei-
to  e moderação .

A Mãe acha que tem que ser a gata a adaptar-se à dona, quando é sempre
o contrário . Então fazem birras e amuam, como 2 crianças .
.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Alucinação .

Por onde tens andado, 
que nunca mais te encontrei .

Corro tudo à tua procura, numa busca desvairada, mas
nada, nem sinal de ti, percorro os sítios habituais onde
seria normal ir ao teu encontro, mas nunca estás onde 
queria ver-te . 

Às vezes, sonho com a tua presença, parece mesmo que 
é verdade, mas depois acordo e  desapareces-me de re-
pente .

Outras vezes, quase em delírio, levanto-me e vou ao teu 
quarto, parece-me ouvir a tua voz, sentir-te virar na cama
ou a mexer em qualquer coisa que tenhas à mesinha de ca-
beceira .

Outras vezes ainda, ao deambular ao acaso pelas ruas da 
cidade, que tu amavas como ninguém. parece que te vejo 
numa esquina, à mesa de um café, num canto do jardim, 
onde corrias de lés a lés, atrás da bicharada, e o jardineiro 
corria atrás de ti, pedindo a todos os santinhos que eu te 
levasse brincar para outro sítio .

São mais fortes as recordações de infância, das Escolas, do 
Colégio Moderno, da Faculdade, do Partido Socialista, do
Benfica e das tuas viagens .

Passo a tua vida a pente fino, as férias grandes com a Avó 
Rosa, os passeios com os amigos, um pouco por todo o País, 
mas em especial, os passeios a caminho da Ilha de Faro, as
horas infindáveis dos banhos de mar, as tardes mornas pas-
sadas  no  Havana, os pôr de sol ao fim da tarde, até o ver-
melho do céu quase sangrar, e só então se arrumavas a trou-
xa para o regresso para o jantar .

E as sortidas ao Alentejo adentro, contando pés de girassol, 
arranjando o bilhete de identidade para os animais, as ovel-
has, as cabras, preparando o cadastro nacional, trabalho do
teu projecto IDEA, integrado nos trabalhos da União Euro-
peia .

E agora já não consigo escrever-te mais, porque as lágrimas 
não me deixam ver as letras, mas prometo-te que amanhã vou
continuar à tua espera  .

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O CIRCO AMERICANO .

Continua o Carnaval Circo de Trump,
o Rei Momo da América . 

Antigamente, aparecia nas feiras e romarias o circo de sal-
tibancos, em que as principais atracções era a mulher bar-
bada . os macacos enfezados, o urso com falta de pelo, as co-
bras arrepiantes, e as raparigas contorcionistas magricelas
e meio despidas, para dar um certo tom à palhaçada .

Por norma, o circo era uma empresa familiar, onde todos 
os membros do agregado participavam, de uma ou de outra
maneira, com os respectivos papéis distribuídos a preceito .

O Rei da Festa era o Palhaço,

com muitas parvoíces e palavreado bacoco, que chocava a 
assistência, mas que conseguia fazer rir a pequenada e os
mais tolos .

O Circo Americano continua em exibição com grande suces-
so, na Casa Branca, em Washinton, sempre com casa esgota
da,

Pode também ser visto, em qualquer televisão, perto de si .
.

O TARTUFO .

Sempre fui um péssimo actor .
Quando me expunha nos palcos de feira, qual macaquinho 
amestrado, que dá saltos e piruetas desengonçadas, só con-
seguia arrancar umas palmas ridículas e alguns sorrisos 
amarelos .

Quando tocava numa pantomima mais a sério, apelando ao 
sentimalismo doentio e à tragédia, era então que que as gentes 
se riam às bandeiras despregadas .

Um cómico falhado e um trágico fingido .

Se falava de coisa sérias, daquelas que eu pensava cativa-
rem as pessoas para a vida difícil e magoada , o auditório
olhava de lado, de passagem,  e pirava-se de repente, como 
se tivesse visto bicho .
Então quando o tema nos toca mais de perto, tudo desapa-
rece a seta pés, jamais se aproximando do espelho da vida .

Não pensem que me afastam assim tão facilmente .

Haja o que houver, não vou desistir .
.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A ESPIRAL RECESSIVA .

O CÃO QUE MORDE  
A  MÃO DO DONO .

E andamos nisto, vai para seis anos .

No princípio era a bancarrota 
e o défice excessivo .

Depois era a desorçamentação .

O desequilíbrio das contas públicas .
Gastar acima das nossas possibilidades, 
numa fabulosa 
espiral recessiva .

Eis quando, branca e leve, branca e pura,

chega até nos a Troika

de tão má memória .

Os tão amados FMI, o BCE e UE .


Entra em campo o famoso ajustamento .

Passados 4 anos, o Coelho ganho as eleições, 
mas perdeu o governo .

Mas a facharia não desarma .

Agora temos o menor défice da União Europeia ( ou,
mais correcto, da Zona Euro ) .

Berram agora por causa da dívida pública, que aumenta
na razão inversa do défice .

Vamos lá malta, 
A correr baixar a DÍVIDA ...

CARAGO .
.




sábado, 18 de fevereiro de 2017

O MORTO VIVO .

Consegue-se enganar uma pessoa
durante toda a vida .

Conseguem enganar-se todas as pessoas, 
pelo menos uma vez na vida .

Mas não será possível enganarem-se todas 
as pessoas, durante toda a vida .

 .

Passava um homem por um cemitério, quando a certa altura ouviu 
uma voz, saindo das profundezas de uma campa, que dizia :

Acudam, que ainda estou vivo . 
Acudam que ainda estou vivo .

Aproximou-se assustado, calcou a terra com força e respondeu :

Tu estás é mal morto .
Tu estás é mal morto .
.

A loucura espreita quanto menos se espera .

Há pessoas tidas por muito distintas e muito inteligentes, mas, por
vezes comportam-se como crianças pequenas, ou ainda menos, como 
bichos com reflexos pavlovianos, agindo de forma irracional,  instinti-
va e primária, não se apercebendo do ridículo e do disparate em que
se metem .

E há também outros que empurram os pobres de espíritos para situa-
ções embaraçosas, na ânsia de colher frutos fora de época, de um modo
mesquinho e traiçoeiro .

O que faz esta gente gananciosa e vingativa, que devia , pelo seu passa-
do, pelos cargos ocupados, e por um mínimo de decência, vir a terrei-
do, arrotar gratuitamente, lautas postas de pescada .
.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A MATILHA .

Ao toque das cornetas, a canzoada aparece de todos os lados,
esbaforida, ladrando, berrando , uivando, ganindo, montes de
canídeos lançados na caça a um magro osso carcomido, já sem 
carne e sem gordura, apenas com um leve odor a carniça .

Vêm de todos os lados, perderam o faro, chegam de longe, há
até alguns vindos de Bruxelas, que a fome é negra .

Incitados à força do chicote, desnorteados, correm à solta pelas
ruas da Cidade, acabando a lutar uns contra os outros, aboca-
nhando tudo à sua passagem, tentando ferrar o magro isco lan-
çado pelos cavernícolas senhores, furibundos e enraivecidos, na
ganância desabrida de uma busca às cegas .

A caçada deu em nada .

A montanha pariu um rato .

Há quem se roa de desespero .

Gandulos vadios, aprendizes de feiticeiros, políticos da treta .


Piranhas cruéis, lacraus suicidas, víboras traiçoeiras, abutres 
esfaimados, minhocas nojentas, hienas invejosas, e outra bicha-
rada avulsa, em busca de trincar ratazanas .

Vem-me à ideia um grupelho caricato, que andou a destruir e a
roubar Portugal, que ainda não pediu  perdão pelas descaradas 
ofensas ao Povo Português, barbaridades feitas por ordem dos
grandes criminosos de Bruxelas, Frankfurt, Bona e Washignton . 

O roubo feito por esta imensa quadrilha, vai quase em 25 milha-
res de milhões de euros , sacados a frio e sem anestesia, aos tra-
balhadores do nosso País .

Será que esta é a história do 
Ali PSD e dos 40 ladrões ...
.

O REGRESSO DO MORTO FALANTE .

A vingança deve ser servida fria, e não como sopa quente 
a saber a azedo .
Nada se aprende com este algarvio ressaibiado, que já de há 
muito, vai completamente nú e mal ataviado .

O cavaleiro da triste figura .

Foi à pressa correr à corte dos tolos e dos idiotas, quando de-
via respeitar um longo intervalo de nojo, para dar à língua, 
num triste espectáculo de autêntico morto vivo.

Que mal que fica no retrato com este indecoroso assomo de
vingança mal contida e até de algum sabor a traição mal 
disfarfaçada.

O mínimo que deveria exigi-lhe era algum decoro e bom senso, 
no modo como deveria evocar os negócios de Estado .

A vergonhosa farsa montada pelos seus prosélitos, desadequada
no tempo e no espaço, só vem acirrar o ódio que muitos de nós
lhe dispensámos, durante mais de três longas décadas de má me-
mória .

Oxalá não venha trincar a língua, tal personagem inenarrável, 
com com o seu próprio veneno ...

.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O CASO DA CAIXA JÁ CHEIRA MAL .

Aconteceu o primeiro choque frontal entre Marcelo 
e os partidos, a propósito do Comissão de Inquérito 
à CGD .

O mar chão da política começou a agitar-se um pouco,
avançando com ondas cruzadas em todas as direcções .

E agora, MARCELO ...

A partir de agora, tudo vai ser diferente .
Espanta- nos a agressividade dos partidos da direita, 
apostados em desancar o PS, pois tudo fizeram para que
a Caixa fosse privatizada,
mas também é de lamentar a inexperiência e o amadoris-
mo com que o tema foi abordado  pelo PS. 

Marcelo também não ficou bem na fotografia .

Julgo que, do lamentável episódio, deve tirar as devidas 
conclusões, tal a ligeireza e a falta de recato que demons-
trou .

A Magistratura de Influência, tem os 
seus segredos e as suas cautelas ...

Et pourtant ...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O PAÍS DOS AEROPORTOS .

Estive a ouvir o debate sobre as opções para a localização
do novo aeroporto nacional, para responder ao aumento do
movimento aeroportuário em Portugal .

Este tema já tinha sido sobejamente discutido aquando do
governo de Sócrates, juntamente com as questões das linhas
do TGV e a nova ponte sobre o Rio Tejo .
Uma barrigada de promessas idiotas, pouco antes da bancar-
rota que se aproximava a passos largos .

Não percebi muito bem como e porquê, o tema veio de novo 
à coação .

Achei piada ao debate da TSF,
pois foram avançadas as mais disparatadas hipóteses possíveis,
com cada ouvinte a defender as vantagens, em cada caso,
e perdi a conta ao número de alternativas apontadas :

Porto

Lisboa

Faro

Sintra

Alverca

Tires

Beja

Rio Frio

Alcochete

Montijo

Ota 

Entroncamento 

e Monte Real 

É fartar vilanagem .

Já agora, eu dou o meu nome para mais uma hipótese:
porque não,
o campo de aviação da cidade de Seia .

Só para fazer umas cócegas no meu ego .
.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O ASSALTO À CAIXA .

Os cães ladram,
mas a caravana passa .

Os negócios da banca portuguesa estão prenhes de vigarices,
aldrabices, inabilidades , erros crassos e episódios picarescos ,
em que vêm ao de cima, a cupidez criminosa dos traidores à
Pátria, que tudo fizeram nos últimos anos, para defenestrar
Portugal, utilizando todos os processos legais, ou ilegais, pa-
ra destruir a economia do País .

Os sórdidos valetes, ao serviço do capitalismo serôdio, tudo
aprontaram para que a Caixa fosse privatizada, e deixasse-
mos cair a última réstea de soberania do nosso País .

QUE VIVA ESPANHA ...
.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Onde param os refugiados .

Quem lançou o fogo à Síria 
e ao Iraque ?.

Quem desencadeou as guerras árabes, mobilizando toda 
a espécie de gente sem escrúpulos, que se vende por meia 
dúzia de dinheiros ?.

Quem aluga as barcaças miseráveis e ineficientes, que só 
aguentam, e mal, uma viagem sem retorno, em que têm 
embarcado centenas de milhares de desgraçados, na mira 
de alcançar o El Dourado europeu, numa viagem quase
irreal e mortífera ?.

Quem tem vindo a promover campanhas gigantescas de de-
sinformação enganosa, prometendo o céu e a terra, e depois
proíbem a passagem dos sobreviventes , até ao muro da mor-
te ?.

Quem empocha a massa enviada pelas instituições de preten-
sa solidariedade social, e que acaba por cair nas mãos de trafi-
cantes e vigaristas ?.

Quantos partem, quantos morrem, 
quantos chegam ao seu destino ?.

Quantos mourejam, à fome, à sede, ao 
frio, ao Deus dará, à mingua, homens, 
mulheres, crianças entregues ao seu des-
tino, ao Deus dará, abandonados, escor-
raçados, vilipendiados, num silêncio mor-
tal ?.

Que é feito deles, que deixei de os ver nas
televisões de todo o mundo ?.

Ou já estarão guardados como gado em no-
vos campos de concentração ?.
.

A AMÉRICA ENLOQUECEU .

Apesar das belezas da

Constituição Americana,

é também um país fundado 

em dois enormes crimes :

O genocídio dos indígenas

e a escravatura 

durante 350 anos .

É obsceno .

Paulo Aster

Do romance 4321
.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

As hienas e os chacais .

Como é que o Costa,
um tipo educado, instruído e experimentado nas manhas do
poder, se deixou apanhar nas teias do imbróglio da CGD,
quando já tinha acontecido o anticiclone da banca portugue-
sa, que quase tudo varreu à sua passagem  ?.

E tudo o vento levou ...

O Centeno, um bom contabilista, mas um péssimo aprendiz de
político, andava todo inchado com os resultados da sua obra, e al-
guém lhe atirou um isco envenenado, 
e caíu na trapaça .

Houve aqui alguém que se enganou ...

agora, temos nós, na praça pública,

um tema de caca,

que não vale um caracol, mas que todos pegam, espalhando a por-
caria em todas as direcções, com tanta coisa séria para resolver .

Não há por aí alguém que dê um murro 
nesta trampa ...
.

POBRE EUROPA .

Como pode uma das zonas mais populosas e ricas do mundo
depender dos exércitos que não possui ?.
Como pode legitimar a defesa das suas fronteiras e estar à mer-
cê de terceiros que a cercam, e que aguardam o estertor de um 
continente moribundo, que foi o berço das grandes sociedades 
ocidentais ?.

De Gaulle tinha razão,

muito antes da sua época, não querendo partilhar as tropas de
um país derrotado e de uma Europa destruída e arruinada .

Foi com enorme relutância que a França assumiu o seu total com-
promisso com a NATO .

E não fora a coragem e o sacrifício dos soviéticos, ainda hoje está-
vamos todos a falar alemão ...
E não teríamos assistir ao (res) surgimento da dita democracia
demo-liberal, que durante mais de meio século .

Mais uma vez, estão os velhos europeus a fazer o papel de pobres
idiotas úteis, entoando gritos de guerra, incitando os demónios da
batalha, pensando que o grande cão americano, virá mais uma 
vez defender o seu rebanho tresmalhado .

Ó vã cobiça, ou glória de mandar ...

Pobres carneiros do lado de cá do Atlântico, 
pois o pastor alemão não virá nunca mais guardar as ovelhas ton-
tas, que gostam de se apascentar no pasto europeu, mas não cuidam
de tratar do seu bem o seu amanho.

O erro de considerar que a Europa vai até aos Urais, 
e inclui (exclui) a Turquia e prossegue até a Israel, e mesmo até ao
Irão, querendo abocanhar o  mundo, vivendo séculos a fio, acima das 
suas possibilidades, vai acabar outra vez em tragédia, se os meus ami-
gos europeus continuarem a ter muitas minhocas na sua cabecinha .
.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A JIHAD CRISTÃ .

A História até parece que se repete,
ou, às vezes , são os povos que querem 
que ela se repita .

Vem isto a propósito do nó cego em que se encontra a Europa .

Com que moralidade vêm os nossos amigos europeus, falar dos
bárbaros crimes cometidos contra a Humanidade, por parte
dos extremistas islamitas, descendentes da Mafona, que foram
os mesmos que, durante séculos sofreram às mãos dos cristãos 
novos e velhos, barbaridades sem conta, sem fim e sem dó, nem 
piedade ..., em nome de quê e de quem .

E que dizer das guerras intermináveis entre duas estirpes de cris-
tãos, que se sacanearam entre si, em guerras de extrema ferocida-
de. só uma durou mais de cem anos, e em que queimaram um ra-
pariga de tenra idade, que chefiava um dos bandos contendores .

E que dizer da caça que durava o ano inteiro, para matar, quei-
mar, esfolar e desmembrar, até à morte, os pobres inimigos da fé,
só porque essa não era a fé deles, e que tinha lugar nas terras sa-
gradas  da nobre Europa .

E que dizer dos massacres dos africanos arrebanhados à força, só 
porque eram considerados animais, sem a bênção papal, mostra-
dos em feiras e praças, para gáudio dos iluminados dos séculos das
luzes, carregados e transportados para a terra prometida, como
gado de 2ª. classe .

Avistavam de relance, os que ainda chegavam vivos, a estátua da Li-
berdade, para depois serem escravizados, amarrado, açoitados, para
as imensas herdades de plantação de algodão e outros produtos, que
ajudavam a atulhar de dinheiro os capitalistas liberais, como ainda
hoje acontece, um pouco por todo o mundo .

Acontece que tudo isto permanece na memória e no ADN de milhares
de milhões de seres humanos .
.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

GUERRA E PAZ .

A Diplomacia
é a continuação da guerra por outros métodos .

A Paz é apenas a preparação da guerra para os
no caso dos vencidos;

é o aproveitamento da fraqueza daqueles, ti-
rando o máximo partido de derrota do adver-
sário, e usando ao máximo, exploração do suces-
so dos vencedores .

Sempre foi, sempre assim será .

Podem os arautos da paz prègar à vontade, 
que os contendores de todos os lados, estarão 
sempre à espera .

.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

OS NOMES FEIOS .

Chamam-nos Bolchevistas, 
Comunistas, Anarquistas,
Marxistas-Leninistas,
Fidelistas, Maoístas, 
Trotskistas
Bembelistas, Titistas, 
Esquerdistas, Revisionistas,
Frentistas, 

mas,
 com os impostos tão altos,

nós somos é 

Alpinistas ...
.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A ESCOLA DA VIDA .

Cedo, muito cedo, de calções e bibe, já eu corria a Vila toda, até
onde a minha curiosidade me arrastava .
Sempre fui um bom malandro, refilava por tudo e por nada, en-
trava nas brincadeiras mais parvas, espreitava as pessoas e con-
versava com toda a gente .

Sabia ouvir os outros e ficava espantado com as aldrabices que me
contavam, por vezes não sabendo muito bem, onde começava a aven-
tura, ou a pantominice pura e dura .

Os meus parentes nunca sabiam por onde andava, o que fazia, com
quem acompanhava, as minhas tias, coitadas, passavam o tempo à
minha procura, vou contar ao teu Pai, o teu Avô 
logo ajusta contas contigo ,

E eu ralado .

Foi assim a primeira escola da vida, onde aprendi os nomes feios que
usávamos uns com os outros, mas sem maldade .

Era um sinal de maturidade dizer palavrões, 
Quanto mais fortes, mais impressionava .

Esses, eu não pronunciava em casa, por decoro  e por medo .

Olha que levas pimenta na língua ...

Nas aulas em casa, tinham uma parte importante de ortografia, que
consistia em aprender e decorar os nomes que me chamavam por ter
feito isto ou aquilo .

Grande parte desses epítetos, eu nem sequer sabia o seu significado, 
mas comia com eles a toda a hora : 

Cigano
Judeu
Traste
Mandrião
Pantomineiro
Madrasso
Trouxa
Hereje
Lesma
Olho de vidro
Cara de pau
Sorna
Sonso
Malhadiço
Calhau com olhos
Lingrinhas
Asno
Porco
Toleirão 
Azelha
Patifório
Carraça
Calinas
Caracol
Pisco
Coruja

E tantos outros .

O meu léxico ia aumentando em progressão geométrica.
Quantas mais escolas eu frequentava, e foram bastantes, mais 
palavras aprendia, de tal modo que me tornei um perito em gra
mática e caligrafia .

domingo, 5 de fevereiro de 2017

AMADEU .

Fui assistir a uma visita guiada ao Museu de arte Contemporânea 
no Chiado, onde em tempos funcionou o Governo Civil de Lisboa,
sobre o grande pintor minhoto, Amadeu de Sousa Cardoso .

À distância de um Século, conseguimos mesmo assim, confrontar-
mo-nos com a grandeza criativa do nosso maior pintor português,
apesar da vida curta que teve .

O pai quis trocar-lhe a vida, mas ele muito cedo partiu para Paris,
onde as fervilhavam os diferentes clarões do Modernismo eu-
ropeu, que depressa foi absorvendo à sua maneira, apartando-se das
correntes tradicionais, e escolhendo um caminho sui generis, com
base nos temas nacionais portugueses, e daí partindo,  derivando e 
criando novas variações para a sua pintura, sempre inovando e acres-
centado novos passos, novas técnicas, novas janelas, separando cons-
cientemente as águas  em que muitos outros navegavam .

Como teria sido tão difícil, mas tão belo, desbravar os sinais e os re-
cados contidos em cada quadro, em cada tema, por uma trajectória
em que os mais experimentados teriam sossobrado .

Porque não é, ainda hoje, considerado Amadeu, um os principais pin-
tores europeus do Séc XX ?.

A sua morte precoce, a inveja (sempre a inveja ), e a ignorância, prin-
cipalmente dos seus contemporâneos, face à enormidade da sua obra,
foram todavia os grandes obstáculos, ao conhecimento e ao reconheci-
mento de Amadeu .?.



sábado, 4 de fevereiro de 2017

O SERVIÇO PÚBLICO .

Onde é que acaba o interesse pessoal e particular, de grupo
económico, familiar, de tribo, de partido e de família,
e começa o interesse do público e o interesse nacional ?.

Devia haver escolas onde se ensinasse a política, como acon-
tece com as outras profissões, onde se leccionassem as boas
maneiras e o civismo, e onde se preparassem as pessoas para
o exercício dos diversos cargos do poder, sujeitos  a um seve-
ro e adequado escrutínio, e com remunerações criteriosas .

A mais mais valias auferida por esses cidadãos deveria ser o
respeito e o agradecimento dos seus pares, bem como o agra-
decimento popular, pelos honrosos serviços prestados à comu-
nidade,
em vez da gula de pretensos favores e prebendas, como  uma
compensação a receber a troco de promessas e acertos pactu-
ados os grandes grupos económicos e financeiros,

Salvo raras excepções, o que acontece é uma apressada inscri-
ção nas catequeses partidárías, onde medram os cactos, as er-
vas daninhas e as mais flores resplandecentes, semeados ao
acaso da sorte e dos bons costumes, e dependendo do vaso es-
colhido .
.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O NEG ÓCIO .

Que bom que é ter um dever 
e não o cumprir .

Este Pessoa era um grande manganão .
Mas pelo menos era um tipo honesto .

Trabalhar é uma seca . 

Quem diz que o trabalho dá saúde, 
então os doentes que trabalhem .

Os melhores momentos da minha meninice e da minha
adolescência, foam aqueles que passei na malandragem, 
ou então encostado a uma parede, a curtir o sol, ou o ba-
rulho do vento a assobiar nas árvores, ou ficar à janela a
ouvir a chuva a bater nas vidraças, ou a espantar-me com 
a brancura da neve a escorrer do céu, tentando agarrar os
farrapinhos que se desfaziam na mão .

Mas  jogar à bola, sem intervalo, 
era o máximo.

Encontrar o momento exacto da finta e do drible, chutar para 
o sítio exacto, saborear o êxtase do golo, repartir os momentos
tos da vitória, chorar as derrotas, com baba e ranho, cortar um 
lance com destreza, e discutir a validade de cada lance, como se 
o tempo jamais se detivesse, com árbitros credenciados, de tal 
modo que, por vezes, acabava tudo à trolha ... .  

E era tudo de borla ...
.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A REVISÃO .

A geringonça precisa de ser oleada e limpa, de modo não a vir a gripar .
Tem que ir à revisão,
não que tenha tido muito uso, mas precisa de uma afinaçãozita .

Tem andado por estradas esburacadas, com muitas pedras soltas .

O condutor, a princípio, cauteloso, começou a acelerar,
e foi ganhando confiança, num trânsito caótico e engarrafado,
 e tem-se distraído com os obstáculos inevitáveis na estrada pe-
rigosa onde circula .

A geringonça é de um modelo recente, bastante experimental, com peças
de origem, mas a sua montagem foi um pouco descurada .

Há que ter cuidados recobrados .

Pode quebrar ...
.

SONHO DE UMA NOITE DE INVERNO .

O mistério da morte da árvore .

Talvez tenha sonhado ou talvez não .
Ouvia ao longe, um ruído forte e irritante como se alguém
andasse a fazer jardinagem .

Jardinar, à esta noite, se bem que fora anunciada uma gran-
tempestade, não me parecia verosímil, mas o barulho ia su-
bindo de tom .

A minha gata entrava no sonho, mas ela tão safa a saltar da 
cama, nem sequer se mexeu, Se calhar ficou assustada, ou en-
tão estaria a sonhar também .

E o ruído, cada vez  mais forte .

Então levantei-me, penso eu que me levantei .

E que vi :

Uma grande algazarra, mesmo em frente à minha casa, mais de
uma dúzia de bombeiros, com fatos amarelos e a piscar azul da
cabeça, e muitos outros a girar na rua, muito apressados .

A princípio, a dormir ou a sonhar, ainda não me tinha apercebi-
do do que acontecera .

Afinal, tinha caído uma árvore enorme, que esmagou um carro de
grande cilindrada, mesmo em cheio, e feriu mais dois ou três .

Os bombeiros estavam a resolver o acidente, pois o trânsito tinha fi-
cado interrompido na praça .

O espectáculo parecia surreal, só havia uma serra para cortar uma-
árvore tão descomunal, e a malta mandava bitaites sem parar .
Muitos outros tentavam tirar os carro, tinham os reboques à espera .

O espectáculo estava bem montado, mas a fome e o sono quebraram-
me , e fui deitar-me .

Estranhei a gata, sem largar o ninho .

De manhã, assim que acordei, corri à janela, e espreitei, lá estava a
árvore morta no chão, uma parte cortada às fatias e aos pedaços .

Afinal não tinha sonhado .


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A EDUCAÇÃO .

Todos os homens devem nascer iguais, em direitos, mas
também em deveres .
O direito a uma vida melhor, que permita a igualdade de 
oportunidades, para todos, e a todos os níveis .

Mas devem também cumprir o dever de agir com boa edu-
cação e lisura, no seu comportamento com os outros .

É da sabedoria popular que a educação se vê à 
mesa, no jogo e no trânsito .

É conhecido também o adágio que diz que 

quanto mais a pessoa mais se agacha,
mais se lhe vê o c...

Em que ficamos ?...umos ?..
.
.

PRIMAVERA .

Fevereiro é já o prenúncio de uma Primavera radiosa,
deixando para trás o Outono sombrio da vida .

Há força ainda para o retomar o ciclo do tempo , mas
o seu tónus vital vai esmorecendo, avisando que a jor-
nada que percorremos, vai minguando cada vez mais .

e, no, entanto,
o sol vai brilhando .
.