sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sempre a aprender...

Expresso
Crónica de João Carreira Bom
Cartoon de António.
Ler , clicando para aumentar.
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Estátua de mulher.


Henry Moore
Esteve exposta, por empréstimo, durante vários anos,
no Jardim da Gulbenkian, em Lisboa.
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Justiça à portuguesa.

Expresso
Revista Única
Set 2005

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estados de alma - SURPRESA.

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Fotos - XVIII - NEW YORK


O dia que mudou o Mundo.
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Retomando o passado - O DAY AFTER. Ponto final



Ponto Final.
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Há uma semana atrás, por esta hora, já Cavaco Silva sabia ser o próximo Presidente da República.
Ponto final nestas Presidenciais.
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publicada por Mario Garcia @ 11:04 PM 0 Comentários
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Retomando o passado - O DAY AFTER - V . .


Nota:
Tinha e continuo a ter as maiores reservas àcerca das sondagens.
Elas podem ser manipuladas , de diferentes maneiras.
Servem, em regra, objectivos menos transparentes, e podem
confundir os eleitores.
Já têm, por diversas vezes, condicionado os resultados do escru-
tínio. O caso mais falado, acontecau com a sondagem ilegal, porque
publicada a um sábado, véspera das eleições, aquando das autár-
quicas que deram a vitória se Santana, contra João Soares, por
uma vantagem de centenas de votos.
As questões então levantadas por Mário Garcia, continuam a ter
as maiores actualidade e acuidade.
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The Day After - Comunicação Social & Sondagens

No campo da comunicação social, estas eleições presidenciais ficam marcadas por duas novidades:
A ausência de debates durante a campanha eleitoral;
A publicação de um tracking-pool pelo Diário de Notícias.
A novela dos debates, numas eleições com Cavaco como protagonista, era inevitável.
O professor fez-nos o favor de comparecer aos debates que quis, quando quis, e como quis.
Desta forma, houve debates um mês antes das eleições, antes do Natal e do Ano Novo.
Este facto teve influência nos resultados eleitorais?
Sobre este aspecto, apenas se pode verificar que os dois vencedores do ciclo de debates, Louçã e Soares, atingiram nessa altura os melhores scores nas sondagens e acabaram com os resultados que se viu.
O tracking-pool do DN/TSF/Marktest foi também uma marcante novidade.
Este mecanismo estatístico foi publicado diariamente nestes orgãos de comunicação durante os 15 dias de campanha que antecederam as eleições.Na primeira semana da campanha eleitoral, o tracking-pool da marktest assentou numa amostra de 600 indivíduos, estratificados por quotas. Esta amostra foi sendo renovada diaramente com a realização de 150 novas entrevistas.
Na segunda semana a amostra passou para 1400 indivíduos.Um tracking-pool não é uma sondagem: serve para tentar observar uma tendência.
Contudo, o DN tratou o tracking pool como se duma sondagem se tratasse, com destaque de 1ª página e citações nos restantes orgãos de comunicação social. Até porque, durante estes 15 dias, nenhuma sondagem foi publicada.Ricardo Costa avisava que «o tracking poll é um grande método para quem faz uma campanha (partidos, direcções de campanha, centros de estudos eleitorais) mas não sei se o público percebe as nuances de tantas variações». Verificou-se que a própria comunicação social não percebeu estas nuances. Ou seja, as tendências que 150(!) novas entrevistas podiam revelar, foram lidas como alterações nas intenções de voto.
Graças à disponibilização das fichas técnicas do tracking-pool pela marktest, foi possível detectar fragilidades técnicas do processo de amostragem (aqui, por exemplo).
Até que ponto a publicação de espectaculares alterações diárias contribuiu para a definição de voto dos indecisos?
Pedro Magalhães advertiu no seu Margens de Erro que «poll-driven election coverage squeezes out content that would inform voter's judgment. Poll-driven stories also distort the public's perceptions of the candidates. (...) Candidates are strategists, of course. But the fact that they dramatize their appeals and tailor their messages is nothing new. Such maneuvers are as old as politics itself. What is new is the penetrating intensity with which candidates' activities are exposed, dissected, and criticized.»
A crescente dependência que os orgãos de comunicação (e os próprios candidatos) vão mostrando em relação às sondagens obriga a que, no futuro, haja um maior profissionalismo no tratamento destas questões.
(A marginalização de que Garcia Pereira foi vítima por parte dos media, em especial quanto à sua participação nos debates, não foi, infelizmente, uma novidade.)
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publicada por Mario Garcia @ 10:47 PM 5 Comentários
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quarta-feira, 29 de julho de 2009

O crime de Bamyan.

Em 2001, os Talibãs dinamitaram e destruiram 2 estátuas de Buda,
com mais 50 metros de altura.
Crime contra a Humanidade.

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Profissões - 14 - Vagabundo profissional.


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Retomando o passado- O DAY AFTER - IV .


Observação:
Nas eleições presidenciais de 2006, o PC recuperou
bem, e superou largamente o Bloco.
Mais tarde, em 2009, nas eleições Europeias, foi o
Bloco que ultrapassou os Comunistas, mas por uma
margem estreita.

The Day After - Jerónimo, Louçã e Pereira
A excelente prestação de Jerónimo de Sousa nesta campanha eleitoral permitiu-lhe alcançar um resultado eleitoral, e reclamar vitória sobre Francisco Louçã, na luta do eleitorado mais à esquerda, agora também ameaçado pelo albergue espanhol que se juntou à volta do
Movimento Cívico de Alegre.
Este resultado é o culminar de uma mudança de estratégia notável dos comunistas portugueses, que parecem ter feito finalmente a transição para a sociedade da comunicação (onde Jerónimo de Sousa 'resulta', mesmo quando não consegue falar).
Longe parecem já os tempos em que qualquer dirigente comunista que se prezasse, tinha que falar com aquele entoação das palavras à Cunhal, com os clichés da cassete da luta do proletariado contra o grande capital.Jerónimo de Sousa, no seu discurso, pôs o comunismo na gaveta, previlegiando os assuntos da agenda política diária, tal como os bloquistas o
já haviam feito.
Significará isto que as inevitáveis teses renovadoras estarão a ganhar espaço no PC?
Claro que não. Nunca a linha dura teve tanta força, e da qual Jerónimo de Sousa sempre foi, internamente, uma referência.
As questões ideológicas são cada vez menos mediáticas e ficam dentro das paredes de vidro.
O PC aprendeu com o Bloco de Esquerda: uma coisa é a ideologia, outra é o pragamatismo da caça ao voto.
Aliás, começa a ser difícil distinguir as posições do PC das do Bloco.É irónico que, após umas eleições onde a esquerda apareceu dividida, tão poucas diferenças se consiga encontrar entre os seus principais protagonistas.
Resta-nos Garcia Pereira, o Astérix do maoímo português que, nas horas vagas, quando não está a defender trabalhadores e patrões, vai dando um ar das suas graças...
publicada por Mario Garcia @ 8:07 PM 33 Comentários
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Os corvos.


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Estados de alma - 17 - FELICIDADE.


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Retomando o passado - O DAY AFTER -III.


Nota

Sobre Mário Soares, candidato presidencial
de 2006, Mário Garcia seleccionou dois textos,
um da autoria de Bettencourt Resendes, e
outro de Mega ferreira, que ajudam a expli-
car o porquê da enorme derrota, sofrida pelo
antigo Secretário Geral do PS.

Quinta-feira, Janeiro 26, 2006

The Day After - Mário Soares

Sobre Mário Soares, escrevi aqui o que penso.
Sobre a sua candidatura presidencial, campanha e resultado, tenho que concordar, praticamente na íntegra, com o artigo no DN de hoje de Mário Bettencourt Resendes,
«Afinal, sobrevive um "pequeno Portugal" ressentido, que não desperdiçaria a oportunidade de acertar contas antigas, como subsiste também um "Portugal cinzento e sisudo", que não lhe perdoa o optimismo determinado, o cosmopolitismo e o sentido lúdico da vida. E havia ainda - é preciso ter essa lucidez - a percepção de que uma fatia importante do eleitorado o considerava já uma figura com lugar garantido na História e não estava, portanto, disponível para um regresso ao passado.»
Com um considerando adicional: todo o processo de pré-candidatura e candidatura de Manuel Alegre condicionou a campanha de Soares.
Talvez se Soares tivesse estabelecido como objectivo 'apenas' o 2º lugar, a história fosse outra. publicada por Mario Garcia @ 7:44 PM 21 Comentários
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Quinta-feira, Janeiro 26, 2006

Uma Ideia da República
A ler o artigo de António Mega Ferreira na Visão, do qual eis um excerto:
«Derrotado claramente nas eleições presidenciais de domingo passado, Soares terá cometido o erro ao candidatar-se a um terceiro mandato? É fácil responder que sim, objectivamente; mas eu entendo que não, por profunda convicção pessoal. Bastaria ver a forma como confrontou Cavaco Silva, ao longo de três meses de uma extenuante campanha, para perceber que, para todos os que votaram nele, a sua candidatura não foi um erro; e que, se o que o PS pretendia era o que fosse melhor para Portugal, então também a escolha da direcção socialista não foi errada.
Se descontarmos os candidatos que foram a jogo apenas para delimitarem territórios partidários, o único que fez uma campanha na qual é possível reconhecer uma certa ideia da república foi Mário Soares. Foi o único que não prometeu o que não podia fazer - e por isso lhe chamaram o candidato do 'não', apenas porque resolveu falar a verdade aos portugueses sobre os poderes presidenciais; o único para o qual o texto constitucional não é letra morta ou relíquia inconveniente; o único que, nem directa nem indirectamente, se deixou embalar pelas sereias da demagogia antipartidária reinante à direita- e, pelos vistos, também entre certa esquerda; não renegou filiações, não escondeu apoios, não disfarçou posições incómodas. Foi igual a si próprio: jogou-se todo naquilo que acredita, como sempre fez. Sem ele, esta campanha teria sido um exercício de temor reverencial da esquerda perante Cavaco Silva; com ele, a vitória do candidato da direita ficou no limite do elegível. Soares sofreu uma derrota, mas não saiu derrotado.»
publicada por Mario Garcia @ 6:33 PM 6 Comentários
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terça-feira, 28 de julho de 2009

Máscaras - 16 .


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A minha paleta - 3 - Almada Negreiros.

Almada Negreiros (1893-1979)
O Retrato de Fernando Pessoa.
FKGulbenkian.

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O MARTINHO vai fechar?

Devido ao trânsito de veículos pesados, com o ruído, a poluição atmosférica
e a consequente diminuição de frequentadores do CAFÉ MARTINHO DA
ARCADA, a continuação da sua vida está em sério risco.
Seria um crime, acabar com um local com a importância intelectual, histó-
rica e afectiva do Martinho.
Daqui lanço um repto a António Costa, para que encontre uma solução
razoável para o assunto.
O respeito por figuras tão importantes da nossa vida pública assim o
exige.

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Retomando o passado- O DAY AFTER - II.


Intróito acerca do Prof. Cavaco:
Não gosto e nunca gostei de Cavaco Silva.
Causa-me coceira.
Personagem fria, calculista, oportunista, "que nunca erra
e raramente se engana", mas que engana os outros com
a sua pretensa " Postura de Estado". Acho que não possui
o carácter suficiente para interpretar a mais alta hierar-
quia do Estado.
Diz sempre que nada diz, mas acaba sempre a atacar invi-
esadamente os seus "inimigos" políticos.
O episódio Dias Loureiro/Conselho de Estado, é paradigmá-
tico da sua impreparação e ambiguidade, senão das suas
cumplicidades com as figuras mais gratas da banca social-
-democrata, que afinal só ficou com a má moeda, e nem
sinais da boa moeda descobriu.
Mas Cavaco bem avisou...
Mas o Mário Garcia conhecia bem a peça, e sobre ela se
debruçou atentamente.
Continuemos, então, com o Day After


O DAY AFTER II


Quarta-feira, Janeiro 25, 2006

The Day After - Cavaco Silva
Tal como vinha a ser anunciado aos portugueses há mais de um ano pelos jornais, rádios e televisões, Cavaco Silva foi eleito, no passado domingo,
Presidente da República.
Não foi o tal 'passeio pela avenida' pretendido, mas Cavaco Silva venceu logo à
primeira volta, com 50,6% dos votos.
É uma vitória suficientemente clara.
Em relação ao resto, já quase tudo foi escrito e dito.
Que Cavaco preparou durante 10 anos estas eleições.
Que bastou a Cavaco ir aguentando calmamente a campanha eleitoral (até
porque, a Cavaco, os anos já pesam).
Que muita gente (à esquerda e à direita) continua a dormir tão bem depois das eleições como já dormia antes.
Acrescento apenas uns números.
Em 1986 Cavaco Silva perdeu as eleições para Jorge Sampaio com 2 595 131 dos 5 762 978 votos válidos. Agora, vence com 2 745 551 dos 5 529 289.Ou seja, Cavaco obtém mais 150 420 do que há dez anos atrás (60mil dos quais garantiram-lhe a vitória na 1ª volta).
Por outro lado, votaram menos 233 689 pessoas (60mil das quais garantiram-lhe
a vitória na 1ª volta).
E, já agora, um pequeno comentário.
Nestes dez anos, para além de aprender a sorrir e a falar com os jornalistas, de escrever um ou dois artigos de opinião (essencialmente para marcar espaço na sua área política), Cavaco poderia ter trabalhado a sua faceta presidencial. Podia ter desempenhado funções
internacionais, ter exemplos de intervenção cívica, ter dado a conhecer as suas posições sobre os grandes problemas
do País e do mundo.
Podia ter compreendido que as críticas, as divergências, o contraditório, a própria retórica fazem parte do político que há em todos nós
(nem que seja para discutir futebol).
Cavaco, como bom tecnocrata, preparou o melhor modelo para a sua candidatura e optimizou a sua campanha.
Estudou o estilo de Eanes, Soares e Sampaio para refazer a sua pose.Sondou quais as palavras-chave consideradas 'presidenciáveis' pelos
portugueses.
Enfim, fez o seu trabalho de casa.
Resta-nos esperar que Cavaco Silva faça um mandato à semelhança da sua campanha eleitoral, ou seja, calado e sem exprimir qualquer opinião.
Assim, todos poderemos dormir descansados.

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publicada por Mário Garcia @ 8:34 PM 14 Comentários
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Viagens de uma vida -17 -Deserto do Sahara-


Raides de automóvel
Marrocos e Argélia
Já no Sec. XXI.
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Mais Transparência

(texto originalmente escrito para o Simplex, aqui)

Um dos maiores desafios que se deparam ao próximo governo será claramente o da transparência. Se repararmos, dos maiores ataques ao governo do Partido Socialista, muitos tiveram a ver com a transparência, ou a hipotética falta dela, na acção política do governo que agora chega ao seu fim.


Nos tempos que correm, a transparência é um bem essencial à política. Um bem essencial que continua a escapar em Portugal. É tempo de fazer alguma coisa para que o dinheiro do estado e seu uso seja mais facilmente perceptível pelos cidadãos deste país.

Assim, e não tendo a intenção de ser original, recorre-se ao recovery.gov para extrair uma proposta para o programa de governo.


Como sabem, o recovery.gov é o site da administração americana que permite ao cidadão seguir a utilização do dinheiro público que está a ser injectado na economia. A proposta que aqui se deixa alinhavada (e, claramente, necessitada de ser trabalhada) é a construção de um sítio onde possa ser consultado os gastos/investimentos financeiros da governação portuguesa, bem como as opções tomadas em concursos públicos.


Exemplo 1: Abriu-se um concurso público para construir um novo aeroporto. Concorreram três consórcios ao projecto. No sítio Transparência apareceria o concurso com a proposta vencedora e as duas derrotadas, ambas disponíveis para consulta, em linguagem que o cidadão comum consiga perceber.


Exemplo 2: Poder-se-ia fazer a história dos programas e-escola e e-escolinha. Quantos computadores já foram entregues, quanto se gastou nas melhorias escolares, em que escolas, etc.


Muitas outras apostas poderiam fazer parte da informação aqui presente (por exemplo, o número de pessoas nomeadas e o gasto com elas) e acredito que algumas destas já possam estar dispersas por vários sítios oficiais. Mas, a bem da transparência, deveriam estar todas num sítio único (mesmo que se mantenham nos seus sítios actuais) e a informação disponibilizada deveria ser a máxima possível, bem como a linguagem ser acessível.

domingo, 26 de julho de 2009

A minha paleta - 2 -TURNER.


Castelo Kidwelly
Joseph Turner(1775-1851)

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Alegre explicado às crianças.

NOTA

Com a crónica publicada no Diário de Notícias, da autoria de
João Manuel Tavares, e retomada por Mário Garcia, no blog
Descrédito, damos por encerrado o tema M. Alegre e o Day After.

Sexta-feira, Janeiro 27, 2006

Alegre Explicado às Crianças

Atendendo ao 'diálogo' que se vai fazendo por este blog, não resisto em citar na íntegra o artigo de João Manuel Tavares no DN de hoje, «Alegre Explicado às Crianças»: «Inebriados pela sua vitoriosa derrota, Manuel Alegre e respectiva corte correm o risco de se entusiasmar. Os 20 por cento que obtiveram no último domingo são um resultado surpreendente e, em múltiplos sentidos, admirável, mas convém ter os pés assentes no chão - eles não se devem a nenhum "movimento cívico"; não se devem a uma súbita irrupção de "cidadania"; não se devem às estátuas osculadas; não se devem às 857 declamações da Trova do Vento que Passa; não se devem à incontinência necrológica; eles não se devem, sequer, a qualquer suposta independência partidária, uma alucinação tendo em conta que Manuel Alegre sempre foi um homem do PS e um barão de Coimbra.
A que se devem, então? Devem-se ao facto de o poeta do Mondego se ter apresentado às eleições presidenciais na condição dupla de homem ofendido e de político inofensivo. Esta mistura fez maravilhas nas urnas. Por um lado, Alegre vestiu a pele do sacrificado, do amigo apunhalado por Soares, do homem traído pelo velho compagnon de route, o Júlio César cá do pedaço. Por outro, procurou fazer uma campanha "pela positiva", sem dizer mal de quem quer que fosse (incluindo do "traidor") - e o povo, já se sabe, comove-se sempre com mártires silenciosos e exemplos morais. O homem exibiu uma manifesta impreparação para o cargo durante os debates televisivos, mas como também nunca ninguém acreditou que ele iria ser eleito, votar em Alegre era tarefa fácil. Suponho que algo semelhante a beber uma cerveja sem álcool dá conforto à goela e não se sentem os efeitos.
Agora, ver neste epifenómeno um novo Portugal a nascer, ver em Manuel Alegre o bardo que irá indicar o verdadeiro caminho à nação, só pode ser da ordem do delírio. Nada no discurso de Alegre é novo. Nada remete para o futuro. Da mesma forma que Portas vestia em campanha a pele do Paulinho das feiras, Alegre disfarçou-se de Manelinho das estátuas, numa variação sobre temas patrióticos e generalidades políticas com um cheiro insuportável a naftalina. Uma lufada de ar fresco? Há mais ar fresco em hora de ponta junto ao asfalto da Segunda Circular.»

publicada por Mario Garcia @ 7:37 PM 12 Comentários
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Fogos - 2 .


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O combate político.

No combate político, todas as armas são indispensáveis e legítimas,
se forem usadas com lealdade e dentro das regras estabelecidas.
Não devem ter cabimento, a traição, a calúnia, ofensa pessoal e
a mentira.
Deveria ser o confronto de ideais, projectos, progamas, objectivos
e resultados obtidos, que deveriam fazer toda a diferença , e conduzir
à vitória ou à derrota dos contendores.
A argumentação foi sempre uma das armas que o Mário Garcia usou
com coragem, rectidão e frontalidade.
Doesse, a quem doesse.
É pos isso que lhe peço a sua ajuda e o seu apoio,para as duras ba-
talhas que se avizinham.
A sua Lucidez e Bom Senso, irão certamente, permanecer ao meu
lado.
Obrigado, MÁRIO.

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Estado de alma - 16 -JUVENTUDE.


Uma grande percentagem do habitantes da localidade
deVilcabamba, nas montanhas do Equador, têm mais
de 100 anos.
Fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito
café e consomem drogas.
Lêem sem óculos, conservam os dentes originais, traba-
lham normalmente e mantêm uma vida sexual activa.
Ninguém consegue explicar este fenómeno.
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Fotos - XVII - O dia seguinte.


Foto tirada a 26 de Abril, de 1974,
no ponto focal da Revolução, nas proximidades
do Largo do Carmo, Chiado, sede da PIDE.
Luís Ochoa
Expresso
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sábado, 25 de julho de 2009

Viagens de uma vida - 16 -BAIRRO ALTO:


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Retomar o passado. O "DAY" AFTER:


NOTA PRÉVIA

Agora que a poeira do tempo vai assentando,
que a Legistadura chegou ao fim,
e que se prespectivam as eleições legislativas e autárquicas,
tem todo o cabimento, a publicação de um texto, escrito no
Blog "Descrédito", por MÁRIO GARCIA.
O texto revela-nos a sua capacidade para analisar a política
portuguesa, nos tempos que antecederam a chegada de Cavaco
Silva à Presidência da República.
Trata-se de uma crítica severa e profunda, acerca das movimen-
tações dos principais concorrentes às referidas eleições, e aos
resultados que elas proporcionaram.
É um texto longo, que iremos publicar em diversas partes.



BLOG DESCRÉDITO

Terça-feira, Janeiro 24, 2006

The Day After
Estando finda esta maratona que foi a campanha eleitoral das eleições presidenciais, julgo adequado fazer-se neste blog uma calma reflexão sobre os resultados eleitorais ao longo dos próximos dias.

Da minha parte, vou procurar fazer esta reflexão pelos seguintes blocos:

Cavaco Silva;

Mário Soares;

Manuel Alegre;

Jerónimo, Francisco e Pereira;

Comunicação Social & Sondagens.

Para já, estando lançado o repto para sugestões, lanço uma questão inicial:

Em quem terão votado os anti-soaristas pavlovianos?Em Cavaco ou Alegre?


publicada por Mario Garcia @ 4:29 PM 15 Comentários


Sábado, Janeiro 28, 2006

The Day After - Manuel Alegre


Nestas eleições presidenciais, a candidatura 'independente' de Manuel Alegre conseguiu mais de um Milhão de votos dos portugueses.
Agora que a campanha eleitoral terminou, das muitas questões que a candidatura de Alegre me suscitaram, gostaria de deixar as seguintes:
1 - Quando Manuel Alegre começou a recolher apoios dentro do PS e a mobilizar o seu aparelho partidário (aquele com que se tinha candidatado a Secretário-Geral do partido) estava muito, pouco ou nada entusiasmado por ser candidato presidencial do PS?
2 - É verdade que Manuel Alegre, quando indirectamente sondado pela Direcção do PS sobre a sua eventual disponibilidade para ser o candidato do PS, se sentiu desconsiderado por ser uma 4ª escolha (após Guterres, Vitorino e Jaime Gama)? Razão pela qual se fez rogado e não deu qualquer resposta?
3 - Quando, em reunião dos orgãos nacionais do partido, de que fazem parte, por exemplo, Manuel Alegre e Helena Roseta, a Direcção do PS apresentou a aprovação do apoio a Mário Soares, por que razão não houve a apresentação de uma candidatura alternativa?
4 - Quem se lembrou de transformar a observação crítica à participação de Manuel Alegre em reuniões do PS onde fosse discutida a campanha presidencial de Mário Soares, num processo de intenção para a expulsão de Manuel Alegre? Helena Roseta, Inês Pedrosa, ou o próprio? Fazia já parte da estratégia de marketing eleitoral para a campanha de auto-vitimização?
5 - Quando Manuel Alegre, no seu discurso de Viseu, concluia que uma candidatura sua apenas iria dividir o PS e o eleitorado socialista (dando a entender que, por esse motivo, não se candidataria) tinha ou não razão? E, na altura, Ana Sara Brito andava já a recolher as assinaturas para a sua candidatura?
6 - Quando Manuel Alegre, no discurso que fez em Águeda de apoio ao candidato do PS à autarquia local, anunciou afinal que sempre iria ser candidato, o que o fez mudar de opinião? E porque razão o fez num acto oficial do PS? Ou seria aquele PS ligeiramente diferente de outros PS's?
7 - Se Manuel Alegre considerava que a sua presença em algumas votações na Assembleia da República não eram compatíveis com a sua condição de candidato presidencial, como foi o caso da votação do Orçamento de Estado, porque razão não suspendeu o seu mandato de Deputado?
8 - O princípio Republicano da renovação, tão caro a Manuel Alegre, é compatível com os seus 30 anos consecutivos enquanto Deputado do PS? O tão criticado aparelho socialista será, porventura, o mesmo que colocou Manuel Alegre em 2º na lista de Lisboa (e não Coimbra) nas últimas Legislativas? E o mesmo que o mantêm como Vice-Presidente da Assembleia da República, com direito a diversas 'republicanas' mordomias?
9 - Se Manuel Alegre, como diversas vezes afirmou, apenas se entusiasmou verdadeiramente com a sua candidatura presidencial quando esta tomou a forma do tal 'movimento cívico', significa que, inicialmente, estaria mesmo disponível para ser candidato pelo PS? Mesmo sem qualquer entusiamo? Apenas por especial favor ao aparelho do PS?
10 - Qual a estratégia de Manuel Alegre nos debates televisivos? Porque razão foi Manuel Alegre incapaz de beliscar Cavaco Silva mas, pelo contrário, não se coibiu de atacar Mário Soares, utilizando argumentos 'políticos' como o das 'sestas' de Soares ou deixando cair a piada dos 'dossiers'?
11 - Porque razão foi Manuel Alegre o único candidato presidencial sempre dependente de sondagens, utilizando as favoráveis como argumento político e procurando descredibilizar todas as outras? Como justificar o vil ataque pessoal que fez a Rui Oliveira e Costa? Porque não fez qualquer comentário à única sondagem verdadeira e manifestamente controversa, o tracking-pool da Marktest? Por lhe darem títulos de 1ª página com base em 150 entrevistas amostrais diárias?
12 - Last, but not the least, porque demorou Manuel Alegre 30 anos a perceber que a verdadeira cidadania, republicana, apenas se exerce fora dos partidos políticos? E se assim continua a pensar, o que ainda o liga ao PS (para além do lugar de Deputado, Vice-Presidente da Assembleia da República, e mordomias associadas)? E porque se fala, entre muitos destacados dirigentes da candidatura de cidadania anti-partidária de Manuel Alegre, na eventual formação de um novo partido político? Ou estarão vários dirigentes do PS com um pé no partido (e alguns na Assembleia) e com outro no tal movimento cívico anti-partidário?
Aceitam-se respostas e sugestões.

publicada por Mario Garcia @ 1:23 AM 26 Comentários
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MarAlgarve.


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Epitáfio político de Manuel Alegre.



Meu caro Manuel Alegre:

Apagaram-se as luzes da ribalta.
A música calou-se.
O pano de cena caíu.
Entraste em declínio político.
Ficaste prisioneiro no teu complicado labirinto.
Ficarei para sempre com as saudades do imenso Poeta que foste.
E para sempre serás.
Cantarei os teus versos, até ao meu fim.
Respeitar-te-hei sempre, como Homem, como Democrata, pela tua
Coragem e Frontalidade, que sempre manifestaste.
Orgulhar-me-hei e ensinarei aos outros, o Revolucionário romântico,
que levaste a Palavra aos camaradas, dentro e fora de Portugal.
Louvo a tua Honestidade, Grandeza de alma, Combatividade e Fronta-
lidade, para com Camaradas e Adversários.
Todavia, a tua vida política chegou ao fim.
O teu coração foi maior que a razão.
Não se pode amar a Deus e a César, ao mesmo tempo.
O que mais me dói, foi teres ajudado a destruir o teu Partido.
Não praticaste correctamente os princípios da Democracia, que tanto
apregoavas.
Sócrates ganhou as eleições, sem qualquer contestação; tem governado
com o programa sufragado pelo PS, e com as pessoas que ele, livremente
escolheu.
O teu Imenso EGO, acabou por não aguentar um embate dessa enverga
dura, sobretudo quando o partido havia bebido "tanto sangue Novo".
Poderás argumentar que o Programa e as Medidas políticas estavam
errados.Poderias fazer o teu combate no interior do Partido.
Tu não eras um qualquer; eras Vive-Presidente da Assembleia da Re-
pública. Tinhas grande influência e poderias jogá-la convenientemente.
Mas decidiste comodar-te e resignar.
Essa influência puseste-a ao serviço de interesses pessoais, ficando
refém de Stalinistas, Trotskistas e outros oportunistas.
Há um tempo histórico para tudo na vida.Que o digam Churchil, DeGaule,
Zenha, e tantos mais.
Agora, ficaste entalado entre o Partido Socialista e o Bloco.
Ambos te vão odiar e/ou esquecer.
O teu milhão de votos vai-se esfumar.
O teu sonho presidencialista desaparecerá para sempre.
Vou ter pena se tal acontecer, mas quem semeia ventos, colhe tempesta-
des

SAUDAÇÕES SOCIALISTAS.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Profissões - 12 - Servente de pedreiro.


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Capão Italiano.

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O jardim das traseiras


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Dá que pensar...

Definição:

VIDA,
doença sexualmente transmissível,
com taxa de incidência de 100 %,
que conduz irremediàvelmente à morte.

Frase conhecida,
de autor desconhaecido.

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Gravuras de Lisboa - 6 .


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Geografia humana - 22 .


O pão que sobra à riqueza...
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Devoção.


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Viagens de uma vida - 15 -Lisboa. LARGO DO RATO.


O epicentro do Mundo.
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O filho pródigo.


Volta António,
está tudo perdoado.
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Verdade esconde por medo ??

A propósito de "discussão" de quem apresenta propostas ou programa de governo remeteram-me para a página da Verdade onde, a exemplo do que ultimamente vem sendo hábito na comunicação social, é Aguiar Branco, o deputado ausente, a dar a cara.

Pergunto eu: porque esconde o PSD a sua presidente Manuela Ferreira Leite, ou quando a mostra é ao lado de quem lhe tira protagonismo, como acontecerá no próximo fim-de-semana no Chão da Lagoa ??

Será pelas gaffes do rasga e volta a coser, do sou contra e já não sou??...

Será por medo ??...
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A porca da política.

Porca da política

A porca da política é, tão sòmente, uma célebre estátua erigida no
centro de Murça, terra transmontana bem conhecida.
Durante o Sec.XIX, e aquando das lutas entre liberais e miguelistas,
a porca era pintada consoante a côr dos vencedores das eleições-
-Vermelho, se ganhávam os liberais, Azul, se ganhavam os miguelis
tas.
Mal comparado com a porca da política, tudo tem a ver com a
síndrome da Silly Season. Acresce que as eleições, foram estupida-
mente marcadas, logo a seguir às férias.
Deste modo, em vez de se discutirem propostas, projectos, progra-
mas, para além do estafante acerto das listas, poder-se -há, desde
logo, afinar a côr dos vencedores das eleições,para pintarem o parti-
da vossa afeição.
Escolham bem os pincéis e os tons.
O Acto Eleitoral, fica muito mais simplificado, além de sair muito
mais barato.
assim vai a política no meu país.

PORCA DA POLÍTICA.


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Benfica e Cavaco - o que há em comum

Ao ver o jogo de ontem, e vários erros técnicos do árbitro (da 1ª categoria portuguesa saliente-se) veio-me à ideia a comparação com o actual Presidente da República.

Da mesma forma como o árbitro apitava quando via um jogador "espanhol" a cair, sem atentar por vezes às causas da queda, também Cavaco interveio por diversas vezes neste ano de 2009 completamente a destempero da função que ocupa, parecendo querer rivalizar com Marcelo Rebelo de Sousa, ou acompanhá-lo talvez...

Ao árbitro falta capacidade técnica para apitar, culpa de quem o lá colocou. Não passando qualquer tipo de atestado a quem lá colocou Cavaco, o que faltará ao PR ??...
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Aminha Paleta . 1 - Edvard Munch . O GRITO:


Pintor norueguês
1863 - 1944
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Profissões - 11 - Pesca artesanal.


China
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Viagens de uma vida -14 - Docas de Lisboa.


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Jardim do repouso.


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terça-feira, 21 de julho de 2009

O novo agente secreto.

Sócrates
Zé Sócrates
Ordem para atacar.

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Broncossáurius


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O crime do "PRESTIGE".

O Prestige, petroleiro velho, mal equipado, sem as convenientes licenças,
foi empurrado para as águas territoriais portuguesas, e foi abandonado até
partir. As correntes e os ventos foram arrastando o petroleo bruto e os
seus componentes mais pesados até às zonas costeiras da Corunha.
Em vez de tentar solucionar o problema ràpidamente, as autoridades dos
dois países, e respectivos responsáveis dos armadores, ficaram à espera,
a ver para que lado o barco caía.
Caíu do lado português, mas quem levou com a imensa maré negra, foi a
Espanha.
Moral da história:
Afinal, os maus ventos, nem sempre sopram do país vizinho.

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Estados de alma - 15 -A INGENUIDADE:


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Viagens de uma vida -13 -Duderstadt.


Os campos de colza.
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REVIVENDO O PASSADO.

Sexta-feira, Março 12, 2004

Os Marialvas

O CasoArrumado vem classificar a minha exposição a Sr.Dr. Durão Barroso como «a típica argumentação covarde que sempre aparece nestas ocasiões de actos terroristas. Covardia porque acha que Portugal fazia melhor em estar calado perante as atrocidades mundiais por forma a não estar no alvo das organizações terroristas.»

Para o CasoArrumado, coragem é concerteza Portugal declarar guerra ao Iraque e afins. A típica atitude de uma certa direita marialva do «Agarrem-me, senão eu mato-os»... Fica sempre bem para impressionar os amigos e as namoradas.

A confusão entre bom senso e cobardia, coragem e estupidez, é uma herança cultural que já vem desde o tempo de D. Sebastião, quando meia nação decidiu ir tratar da saúde aos mouros. É claro que a outra metade, afecta à corte espanhola, limitou-se a ficar à espera do resultado óbvio. E tivemos os Filipes de Espanha.

Tomar atitudes contra o terrorismo internacional e combater as organizações terroristas passa pelo reforço do nosso trabalho nas organizações internacionais onde estamos inseridos, a começar pela União Europeia (onde até estamos a dar um bom contributo através do Comissário António Vitorino).

Ou reforçar o papel da ONU como organização mediadora de conflitos internacionais, o que aliás foi fundamental no caso de Timor-Leste.

Ora a mediática Cimeira das Lages, onde estiveram representados os E.U.A., o Reino Unido e a Espanha, com 'José' como anfitrião, constituiu exactamente o arrepio a este caminho.

Portugal passou um cheque em branco a Bush, através do seu Primeiro-Ministro, e contra a vontade dos portugueses, correctamente interpretada pelo Presidente da República, que sempre defendeu o devido enquadramento de qualquer actuação por parte da ONU.

Para além disso, cada dia que passa mostra que o ataque ao Iraque serviu outros interesses, passando encoberto por essa tal 'luta contra o terrorismo'.

Esta 'luta', se coerente fosse, deveria passar por países como por exemplo a Arábia Saudita ou o Paquistão, com os quais os E.U.A. mantêm convenientes (coniventes) boas relações diplomáticas.
E o terrorismo aí está.
Caso arrumado.

publicada por Mario Garcia @ 4:45 PM 0 Comentários

Texto publicado pelo Mário Garcia, em Março de 2004,
no Blog DESCRÉDITO.
Além do artigo possuir toda a sua inteira actualidade,
mostra-nos algumas das caracteristicas do carácter do
Mário: Coragem, Combatividade, Inteligência, Objectivi-
dade e uma pitada de Ironia.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009