sexta-feira, 27 de maio de 2016

OS PRIMOS IBÉRICOS .

Tão perto uns dos outros,
mas raramente amigos e aliados .

Portugal desempenhou, durante séculos,
a retaguarda do império britânico, contra
todos os inimigos continentais, franceses, 
espanhóis, holandeses, etc.

Aliado desde a Dinastia de Avis , pela His-
tória, pela Geografia, pelos laços familiares 
e pelos vinhos, do Porto e, depois, também
Madeira .

A Espanha nunca foi um povo-nação, mas sim
uma manta de retalhos, ao longo de toda a sua
existência .
E a saga parece continuar-se.

Afastado pela razão e pelo coração, Portugal
foi sempre o filho não desejado, filho bastardo
dos reinos de Leão e Castela .

Foi sempre um aliado por obrigação, nos idos do
império romano, durante a reconquista cristã,
e desgraçadamente cúmplice, durante as ditadu-
ras fascistas e agora, enxertado à pressa na idiota
União Europeia .
.

QUE VIVA ESPANHA, OLÉ .

De Espanha, 
nem bom vento, 
nem bom casamento .

Mais uma voltinha na camioneta .
Desta vez, atravessando Leão, Castela e a
Estremadura,
revisitando  alguns dos locais mais impor-
tantes da nossa história :

Zamora
Toro
Tordesilhas

entre muitos outros .
.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O PRESIDENTE .

Afinal, temos Presidente .

Demorou 10 anos o interregno do Sr. Silva,
um fantasma diáfano e mesquinho que pairou 
uma eternidade pelo Palácio de Belém .

O Presidente vai a caminho de Berlim enfrentar
a Sra. Merkel, ter uma conversa de pé de orelha,
com a bruxa alemã.
.

O EXAME DE ESTADO .

Naquele tempo, um engenheiro 
era um engenheiro .

No último concurso que fiz para as chefias na Função 
Pública,
( sim, havia disso, naquele tempo),  
fui candidato a Chefe de Departamento de Energia/Am-
biente . 

Fui várias vezes membro de júri e jurado, ao longo da
minha carreira .

Tínhamos discussão a do curriculum e um entrevista .

Dessa vez, o Júri até era bastante crítico à minha pessoa .

Tivemos várias discussões acesas, até que eu acabei por 
lhe pôr os pontos nos iis :

   "Quem faz as perguntas é o senhor,
     mas reservo-me no direito de ser a dar as respostas 
     que bem entender ."

No fim da entrevista, atirou-me :

   " Você é tramado, 
      pelo menos em dois itens, mostrou imbatível -
      
Coerência e Persistência ."

Acabei por ter a melhor classificação que tive nesse teste,
em toda a minha Direcção Geral .
.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A VILA DE SEIA .

Quando era miúdo, o meu mundo restringia-se à Vila de Seia,
Vila/Cidade à beira serra plantada .
O seu centro era o Castelo, de que restava só o nome e a me-
mória, pois que nada existia da sua edificação .

Era ali que se maquinavam batalhas, aventuras, experiências,
descobertas, reais ou imaginárias, dentro dos calções rasga-
dos e com os joelhos deitados abaixo .

Havia depois a Praça, o coração que bombava as gente para
em todas as direcções, com a Fonte das Quatro Bicas, a Ca-
pela Romana, as lojas mais importantes e o consultório do
Dr. Melo, Deus, o Diabo numa só pessoa .

Médico que a todos tratava sem levar dinheiro, e se tivesse 
posses, pagava mais tarde em géneros .

O médico tinha já naquele tempo, nos anos 40,  aparelho de 
Raios X, um dispositivo de radioscopia, que permitia ver os 
corpos por dentro, um dos melhores de todo o Concelho,  e 
que atraía gente de todas as redondezas .

A Tia Lurdes, o terror do consultório, distribuía injecções a 
torto e a direito . A primeira que levei, fugi a sete pés, foi um 
guarda republicano que me devolveu ao consultório, para 
cumprir a penitência .

Do coração da Praça, irradiavam várias artérias, para a Serra,
para o Rio(Sena), para Gouveia e para S. Romão .

A Praça, o Correio, a Papelaria Havaneza, a Câmara, o Grémio,
a Empresa Hidroeléctrica, a Camionagem dos Hermínios, a Es-
cola Primária e o Cemitério, eram os focos de toda uma activida-
desenvolvida em torno de nós .

Ao alto, o castelo permitia iluminar os fiéis, e proporcionar-
 uma panorâmica a 360 graus em torno das terras distribuídas
das à nossa volta, como num imenso presépio - Arrifana, Vodra, 
Vales, S. Romão, Pinhanços, Santa Marinha, Aldeia da Serra, 
mais além, Gouveia e Oliveira do Hospital .

Ficava por aqui o meu Universo .

Foi nele que me aventurei em numerosas gestas, muitas à re-
velia dos meus familiares .

Já então um miúdo selvagem, soltando gritos de liberdade .
.

terça-feira, 24 de maio de 2016

A FOME E A ELOQUÊNCIA .

Costumo escrever no restaurante, à espera da comida .
Está-se mesmo a ver que o teor do paleio, está relacio-
nado com a comida e com o tempo  que demora a chegar 
ao meu prato .
O escrito é tanto maior, quanto maior é o tempo que es-
tou à espera .

A fome é má conselheira e por vezes a croniqueta come-
ça a  azedar . Em jejum, a coisa a fica mais carregada .
À medida que vou comendo, o ambiente vai ficando mais
desanuviado, até parece que o bom humor toma o seu lu-
gar à mesa .

Já chegou a iguaria .

É aproveitar, que eu agora até fico mais sossegado ...
.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

UMA ÁRIA DE BELLINI .

Já não tento chorar,
e quando o consigo, é em seco 
e para dentro .
Choro por um regato interior
que vai dar ao coração .
Isso me serve para esconder a dor
que me trago no peito .

Às vezes julgo que estou tontinho,
mas os outros nada percebem .
Que canta, seu mal espanta .

Precisava de me dedicar à ópera.
trautear uma ária de Bellini .
Talvez que desse modo,
conseguisse espantar de vez
a maldição que me assola .
.

domingo, 22 de maio de 2016

A MINHA MÃE .

A minha Mãe era o meu porto 
seguro .

O ancoradouro de muitas das minhas inquietações .

A todos os cinco irmãos acolhia com uma palavra 
amiga, com um olhar bondoso, uma cumplicidade 
terna, num silêncio balbuciado .
Sempre com uma palavra amiga, com um afago pro-
tector .

Era uma pessoa triste, muito marcada, atenta aos nos-
sos anseios, e sofria com todos nós, as agruras de uma 
vida cheia de dificuldades .

   Deixa lá, tudo se vai resolver ...

Representava o contraponto com a austeridade pater-
na, que nos inculcava a austeridade e o rigor necessá-
rios para seguirmos a vencer na vida .

   Queres que eu peça ao teu pai ...

Às vezes, raras vezes, deixava escapar, aqui ou ali um 
queixume magoado .

   Quando era nova gostava de ter sido 
   professora ...

Como se não tivesse em casa cinco filhos para criar, edu-
car e ensinar, constantemente mudando de terra, de li-
ceu ou escola, de amigos, quantas vezes longe do resto da
família .
Sinto-me orgulhoso de a minha Mãe acumular com o pa-
pel de minha professora .

Compensava as suas tristezas, cantando como só ela sabia,
com uma voz divina, que não pedia meças às melhores fa-
distas do seu tempo, sempre disponível para actuar com ami-
gos e familiares .

E desabafava

   Às vezes já me sinto tão cansada ...

Quando vivia no Tortosendo, ou quando ia de férias,
acompanhava a minha Mãe na ida à praça, e depois esperava
por ela para lhe trazer o saco das compras, ladeira acima até
ao cimo da estrada .

Por vezes sinto remorsos, por não lhe ter retribuído um pouco
de paz de espírito e de alegria que eu quisera dar-lhe .

Mas, a minha Mãe partiu cedo, muito antes do seu tempo .
.

   

A INJUSTIÇA .

A injustiça utiliza muitas máscaras e diferentes truques 
para se aplicar a preceito .
Basta um pequeno detalhe, para se tornar num pilar de
rectidão ;
Basta um pequeno gesto, um leve maneio, para encon-
trar os paladinos das grandes causas, em regra com fins 
inconfessáveis .

A maior injustiça serve-se do desprezo, 
da indiferença, do vazio e do esqueci-
mento .

Uma palavra, ou a falta dela basta, às vezes,
para sobressair a discriminação e a censura velada acerca 
aos nossos procedimentos, e acentuar a diferença de com-
portamentos .

E tanto pode, a injustiça, surgir como uma aparente inter-
venção frontal, como um disfarce para a ausência .

Talvez que seja o produto da contradição de sentimentos,
ignorância, falta de sensibilidade, mas nada justifica a trans-
formação de uma pessoa, num fantasma ou no nada .

A injustiça pode cozinhar-se de 
várias maneiras .
Serve-se gelada, a escaldar, 
ou temperada a gosto .
.

sábado, 21 de maio de 2016

A importância de se chamar papel .

Não, não é desse papel que vos quero falar .
Desse, tenho já pouco, e cada vez menos .
Nem sequer conheço a maioria das notas em circulação .

Não é daquele com que, noutros tempos, se compravam 
os melões e outras miudezas .

Hoje em dia também já há pouco desse papel .

É o tempo do papel plástico, que também vai rareando e 
com risco de extinção .

Falo do papel com que se escondem as nossas necessida-
des orgânicas e também daquele com que escreve à mão
( com acordo ou sem acordo ortográfico ) .

O chamado papel celulose .

Tenho toneladas dele lá em casa,
que fui juntando pacientemente, ao longo de décadas,
guardado não sei à espera de quê ? .
Provavelmente irá para o caixote do lixo, em suaves pres-
tações .

Já me resta pouco para deixar uma pequena pégada ecoló-
gica, para os vindouros .
Mas para quem ?  Para quê ?.

Vem esta lenga lenga a propósito de um programa de tele-
visão (RTV ou RTP Informação, se não estou em erro),
onde se tratava das negociatas, sobre atribuição de casas a
altos funcionários do Cofre de Previdência da Segurança 
Social, seleccionadas e entregues em simultâneo,  aos ditos
dirigentes dessa instituição .

Ou tal assunto não tem impor-
tância política ou jornalística ?.

Não será esse tal papel celulose,
aquele que poderá, eventualmente, servir de prova, para de-
nunciar alegados favores e tráficos de influência ?.

Ou estarei a sonhar com ladrões ?.
.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A LA RECHERCHE DU TEMPS PERDU .

Ai se eu soubesse o que sei hoje ...
Ai se a minha avó não morresse ...
Ai se a vaca não tossisse ...
Ai se eu mandasse ...
Ai se  eu pudesse ...
Ai quem me dera ...

Será que tinha mudado muita coisa na minha 
vida .
Ou mudaria muitas outras, na ânsia da perfeição .
Não sei, mas isso agora pouco ou nada interessa .
Até porque o Mundo mudou tanto, e eu, com ele, 
mudei muito mais .

Sempre fui avesso a mudanças drásticas,
embora sonhasse, por vezes, com a ideia de uma re-
volução purificadora da Humanidade .

Assisti a grandes alterações na minha vida,
mas raramente concretizei inovações de risco .

Tive uma vida cheia,
fiz coisas importantes,
mas sempre com navegação à vista .
Às vezes arrisquei, umas veses ganhei, outras vezes 
perdi .

Que importa isso agora .
Tentei dar testemunho do quotidiano da vida,
e das emoções que vivi, e não me arrependo .

De que vale chover no 
molhado ...
.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Pobre Sérgio .

Quem te manda a ti, sapateiro,
tocar rabecão,

Ou o princípio de Peter  .

Já não bastava o CM infectar as bancas desse
pasquim asqueroso, teve que aparecer a TVI, 
não se sabe ao serviço de quê, nem de quem,
lançar a atoarda, dando a notícia da morte de 
um banco, com a consequente fuga dos deposi-
tantes, causando um enorme rombo no dito 
banco, no sector bancário e no próprio País .

Grande Sérgio, 
qual chico esperto,
de cornos feitos, para o anúncio da notícia, ten-
tando papar os outros media, na corrida nogen-
ta da caça às manchetes .

É o que se chama um tipo génio ...

Uma bravata ou
um crime premeditado ?.

Quem é o responsável por esta
história macabra ?!...
.


O Tango dos desb(r)ochados .

Ai aguentas, aguentas, g. f. d. p..

Pôr dinheiro na banca portuguesa,
é como despejar baldes de água na areia da praia .

Como lamber manteiga em focinho de cão .

Os nossos queridos e amados banqueiros acham 
que estão a desenvolver e a fortalecer o País .

Temos que os começar a desancar, e não só em 
sentido figurado, 
mas com um ancinho na tomba .

Defenestrá-los a um a um, 
sem dó , nem piedade .

Mudam de administração, como quem muda de 
cuecas, e ficam sempre todos cagados .
É preciso urgentemente que os "nossos" governantes 
comecem a arrepiar caminho, e acabar de vez com es-
ta palhaçada asquerosa e criminosa, de passar o nosso
dinheirinho pelo funil da ladroagem e da pouca ver-
gonha .

Com paninhos quentes, isto assim não vai lá ...

A paciência tem limites .

Daqui faço um apelo à desobediência civil e ao empu-
nhar de armas julgadas por convenientes para correr 
com esta cambada .

António Costa julgo que já perdeu o pé, no meio deste
assalto ao bolso dos pobres .
Mais uma roubalheira

Marcelo, com todo esse paleio que lhe vem do seu 
estado de (des)graça, começa a ficar anestesiado,
com o canto das sereias venenosas e encantatórias .

Ça ira, ça irá, ça ira ...

Já se começam a ouvir ao longe os tambores .

A populaça tem que acordar e marchar ...
.



quarta-feira, 18 de maio de 2016

O MOCHO E A COTOVIA .

Sempre fui cotovia .

Acordava sempre muito cedo,
com medo que o dia fosse pequeno demais
e não chegasse para todas as brincadeiras que
me povoavam o pensamento .

Tanta coisa a inventar,
imensos segredos por descobrir,
Coisas e loisas a encontrar,
vivia num mundo de faz de conta .

Muito para lá da realidade .

Observava monstros, em vez de núvens .
Rostos humanos, nas manchas dos tectos .
Figuras mitológicas nas paredes velhas .

O que me passava pela cabeça .

Se fosse hoje, diriam que era uma criança  
hiper activa .

O que acontece,
é que não se pode quebrar as asas  da imaginação,
mutilar os impulsos da fantasia,
afogar os sonhos, logo à nascença  .

Para isso, temos as grilhetas da 
realidade .

Ainda hoje, não consigo atingir o óbvio,
mesmo que esteja descaradamente, mesmo à frente 
dos meus olhos .

Mesmo com a minha provecta idade
em que já devia ter juízo,
estou sempre aportado numa saudável meninice .
.

terça-feira, 17 de maio de 2016

MORTE VIRTUAL .

Se já não partilhas os mesmos afectos, 
como fazias antigamente ;

Se já não trocas ideias ou fazes críticas, 
porque isso se tornou doloroso 
ou dispensável ;

Se não és capaz de secar as minhas lágrimas,
quando a o sofrimento se tornou insuportável ;

Se já não comunicas, não trocas SMS.s,
nem envias mensagens, idiotas que sejam ;

Se não sorrires e não vibrares com as coisas 
engraçadas que a vida nos vai proporcionando ;

Se não conseguires chorar no meu ombro,
mesmo que isso não solucione os problemas ;

Se não recordas e valorizas, os bons momentos 
vividos em comum .

Se fazes do orgulho e do despeito,
as armas com que me hostilizas ;

Então, é porque ,
ainda que virtualmente, 
morreste .

.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

UMA FÁBULA SINGULAR .

Era uma vez uma parelha de burros, tão burros que 
se deixaram apanhar na armadilha de serem atrelados
a uma carroça, e tão distraídos se encontravam um com 
o outro, que deixaram de ligar ao que se passava em
seu redor .

Como estavam os dois quase sempre de acordo, puxa-
vam, por norma, a carripana sempre para o mesmo sí-
tio, lado a lado, sem criar problemas de maior .

Passado algum tempo, quiseram a olhar mais para a 
paisagem e começaram a querer fazer força, cada um 
lado diferente, quando não em sentidos opostos .

Começaram então a discutir cada vez mais, a não se 
entenderem e, a certa altura, numa fúria, quebraram 
as amarras da gerigonça, e foram à vida, cada um para 
seu lado .

Hoje, andam por aí, procurando novas pastagens,  
sem companhia, mas em liberdade .
.

O ESTERTOR DA UNIÃO .

Continuamos a assistir passivamente, ao lento estertor 
da Europa, enquanto se discute afanosamente os dois 
décimos com que Portugal poderá via a ser punido, por 
defice excessivo, ainda por cima, quando tal valor foi  
calculado arbitrariamente .

Grandes potências com o mesmo pecado, como a Fran-
ça e a Itália, estão-se nas tintas para a ultrapassagem dos
limites do PIB, e nada lhes irá acontecer .

Aliás a Virgem Alemanha, tem um pecado capital mais
grave, pois que vem tem vindo a ter supervites sucessivos 
e continuados, o que também não está de acordo com os
tratados europeus .

E enquanto agonizam dezenas de milhares de migrantes,
às portas do paraíso, permanecem todas as dúvidas quan-
to à eventual saída do UK da União, a ocidente, e engros-
sam grandes núvens negras quanto ao futuro dos países
fascistóides, a oriente .

POBRE EUROPA .


domingo, 15 de maio de 2016

BENFICA TRICAMPEÃO NACIONAL .

Pedro :

O Benfica sagrou-de hoje 
tricampeão nacional de Futebol .

É o 35º. Campeonato ganho pelo nosso 
clube, ao longo da sua história .

Dedicamos-te inteiramente esta grande
vitória .

Um grande abraço,
dos pais .
.

O DERBY .

É um derby por interpostas equipas,
mas é à mesma um jogo Benfica-Sporting
para decidir o título de Campeão Nacional .

Hoje em dia, é mais um negócio em curso,
do que a verificação no campo da verdade 
desportiva livremente expressa .

É ainda uma vergonhosa novela da vida real
com actores baratos e sem nível, abocanhan-
do-se até à idiotice .

Pas também é, 
um dia em que milhões de adeptos 
dos dois clubes da 2ª. Circular irão 
viver a glória ou a derrota, conso-
ante o resultado .

E QUE VIVA E GANHE 
O BENFICA, SEMPRE .
.

sábado, 14 de maio de 2016

A GRANDE FARRA .

A notícia não é o cão morder o 
jornalista,
mas o jornalista morder o cão .

Já lá vai preso o ladrão
que em toda a parte aparecia
conta-se mais de um milhão
os roubos que ele fazia .

Ladrão que rouba a ladrão,
tem 100 anos de perdão .

Cristo foi roubado,
Freud assaltado,
Marx também,
e até eu já 
não estou aqui nada bem .

É o que se chama um País de brandos costumes .

Quando assistir a um ladrão prender um polícia,
um padre pedófilo ser defenestrado por um bando 
de rufias tarados,
um juiz ser julgado por ter roubado os trocos das 
compras, ou as esmolas das igrejas,

uns putos arreando uma carga de porrada num 
brutamontes
ou a ensinar a escrever, de acordo com o antigo 
código ortográfico,

um pobrezinho a receber um abono avultado,
e um ricalhaço  pagar os impostos que lhe são 
devidos,

então começarei a ficar surpreendido, 
sinal que estou a ver o mundo de outra maneira .

Até lá ...
.


O SILÊNCIO DOS INOCENTES .

Também tu Jorge ?...

" Decidi a Cimeira das Lages
com o apoio do Parlamento e
de Jorge Sampaio,
que expressamente me disse
que sim, que concordadva.
foi a única pessoa que ouvi
antes ." 

Durão Barroso,
ao codecidir atacar o Iraque,
sem culpa formada .

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O TEU NOME É CORAGEM .

Às vezes ponho-me a mexer e a remexer nas coisas
do Mário Pedro .
Pequenos objectos, lembranças, alguns papéis, um 
guarda chaves, um bilhete de cinema, outro de um 
concerto a que assististe, um postal, um recibo, etc.

E num instante tudo vem ao de cima, recordações,
sentimentos, emoções, estados de alma .
A Coragem, a Força, a Resistência, a Paciência, que
sempre demonstraste, mesmo nas alturas mais negras
e mais dolorosas .

E nada nos dizias sobre esse sufoco e desse desespero,
para que não fossemos também nós a sofrer .

Dizias que estavas com a pedrada, recolhias ao teu
quarto, ficavas na penumbra, em silêncio .

Raramente te vi chorar ou maldizer a tua sorte.

Afastavas sempre o lado mais sombrio das coisas;
tinhas sempre um pensamento positivo, para te anima-
res e para nos animar também .

E foi assim, quase até ao fim .

Quanta coragem nos mostraste,
durante o teu longo e sofrido calvário .
.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O AZAR DA DILMA .

Para a mentira ser segura
e atingir profundidade
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade .

A política é uma actividade racional,
baseada na lógica do poder dos mais fortes
e em que a máscara dos interesses económi-
cos e financeiros se sobrepõe a tudo o mais .

Um exemplo acabado desta gerinconça, é a 
promoção descarada levada a cabo por 
Tramp e a sua rapaziada, para o levar aPre-
sidente dos USA .

Mais um exemplo,
foi a campanha de propaganda a favor de 
Reagan e da Igreja católica, para oferecer a
vitória de Yeltsin, como presidente da Fede-
ração Russa, no seu primeiro mandato .

Outro exemplo, ainda mais flagrante, foi a 
Golpada das Lages, de Bush, Asnar e Blair, 
acolitados pelo incrível Barroso, que decla-
raram guerra ao Iraque, baseados em factos 
falsos e irreais .

Que pensar agora da tramóia montada pela 
extrema direita brasileira, com o intuito anti-
democrático, de arrear Dilma Roussef do po-
der .

Democracia, estamos conversados ...
.



O 13 .

Treze de Maio .

6ª. Feira .

Peregrinação a Fátima .

Uma desgraça nunca vem só .
.

MARCELADA .

A arte de bem cavalgar
em toda a sela .

Marcelo é um cavalo à solta .
Corre à desfilada em qualquer prado de erva tenra, 
qual bombeiro a apagar fogos, reais e imaginários .

Está no topo das sondagens e no imaginário sebastia-
nista das nossas gentes .

Mas um dia pode cair do cavalo .

E pode desfilar todo nú, na praça da palavra e da opinião .

Como ainda não domina completamente a arte do vol-
teio, parece-me que já teve algumas escorregadelas, 
mas o animal ajeitou-se a tempo .

Cuidado, Marcelo,
cuidado com essas cavalgadas .
.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A FRASE .

" A União Europeia

   é uma bicicleta
  
   sem ar nos pneus ." 


Martin Schulz
Presidente do Parlamento Europeu .
.


 

AS DÚVIDAS .

Às vezes ponho-me a descansar,
e assim fico durante muito tempo .
Só à espera que o tempo passa,
devagar ou depressa,
consoante as circunstâncias .

Por onde devo partir ?.
Para onde caminhar ?.
Preparar o quê ?.
Discutir o quê ?.


Com que objectivo .

Começo a ter muitas 
dúvidas 

A vida vai-se repetindo,
num afã doentio .
É uma geringonça 
que  trabalha por inércia,
por impulsos instintivos,
por movimentos reflexos,

Dizia o padre da Companhia :

Mas ó recruta Zero,
tens que ter um objectivo na vida .

Mas eu tenho, senhor cura :
É sair o mais depressa da tropa .

Não é isso,
Um objectivo sério, para quando saíres .
Diz o padre, com grande indulgência .

Mas eu tenho, reclama o Zero.
É nunca mais voltar a entrar .
.


terça-feira, 10 de maio de 2016

AS ÁRVORES PREDADORAS .

Já várias vezes que vi, no Jardim Botânico, 

da antiga Faculdade de Ciências, em Lisboa,
alguns exemplos de 
plantas carnívoras .

Fazia-me confusão como é que as plantas podiam 
comer os insectos e outra bicharada .
Verifiquei posteriormente que eram pequenas plan-
tas que, quando eram tocadas  por animais muito 
pequenos, fechavam-se como minúscula campânu-
las, guardando-os , asfixiando-os e devorando-os 
lentamente .
Tinha descoberto o bruxado .

Ultimamente, tenho andado a matutar em algo mais 
em grande .

Descobri então que as plantas se dividem em dois gran-
des grupos :

As caducas 
e as persistentes,

consoante a natureza da seiva que que nelas circula e a
temperatura ambiental  a que estão sujeitas.

Nalgumas,
a seiva vai arrefecendo, à medida que o Outono avança, e
verifica-se o repouso biológico .
Caiem as folhas, e as plantas vegetam mesmo .

Noutro tipo de plantas, mais adaptadas, (pelo efeito crios-
cópico), conseguem trasportar a seiva durante todo o ano .
Estas, em vez de ficarem  em repouso, hibernam .

Não é pequena a diferença, claro .

As caducas desenvolvem-mais devagar .

Outros efeitos dizem respeito a outros factores - 
a velocidade de absorção de água e a ocupação do espaço,
e muitas outras .

Tenho-me debruçado sobre o efeito da luz .
e é aí que se nota o fenómeno mais dramático .

Os pinheiros avançam por cima das borracheiras, 
vão-lhe tapando progressivamente cada vez mais luz, e vão-
-nas matando à míngua de sol .

Não é só o reino animal que se serve de
predadores .

O mesmo se passa no reino vegetal .

E com o BICHO HOMEM ?!...
.


DO AMOR .

   "... Os amantes infelizes,
        deveriam ter coragem,        
        para mudar de caminho . "


Tony de Matos
Cantor Romântico .
.

domingo, 8 de maio de 2016

O LAR DO TÉCNICO .

Aos combatentes anónimos 
da Liberdade .

Passados tantos anos,
voltei ao lar da AEIST,
Associação de Estudantes do IST . que me acolheu durante
toda a década de 60, primeiro ao longo de todo o curso, de-
pois grande parte dos anos de serviço militar .

Que tempo prenhe de emoções, umas boas, outras muito
difíceis .

Entrei por acaso, por ter encontrado o Luís Calado, o patri-
arca do Lar, que logo me acarinhou e me tornou um dos seus
pupilos .

Começou a funcionar em 1956,
mas pouco depois sofreu obras de melhoramento .

Havia muitas vagas, e entrámos nesse ano, seis caloiros .

Ao invés do que acontecia em Coimbra, 
a entrada de novos estudantes era uma festa, em que a malta
jovem era encaminhada para a sua nova vida estudantil .

Era a recepção aos novos alunos,
e logo entrei com todo o prazer nessa nova comunidade .

Vivia-se então sob o signo do 

Dia do Estudante .

que ainda hoje faz ecoar  tempos de festa,

mas também tempos de luta,
pela liberdade 

e pela defesa dos estudantes e das suas organizações .

Era um combate difícil, cheio de perigos e dificuldades, que
muitas vezes conduzia à prisão, à tortura ou à expulsão e à in-
corporação compulsiva no exército e o envio para as colónias .

Quantos não passaram por essas provações .

Daí, o meu respeito e a minha e a minha admiração  por todos 
esses combatentes da Liberdade que , a seu jeito, estavam a cho-
car o ovo da Revolução, que já conseguíamos lobrigar, muito ao
longe .

O Lar da AEIST,
foi uma espécie de galinheiro de aves sedentas de Vida, de  Jus-
tiça e de Liberdade .

Obrigado a todos que comigo, pertenceram a esse exército
que sempre lutou por esses ideais .
.

sábado, 7 de maio de 2016

UMA LIXEIRA À BEIRA MAR PLANTADA .

Talvez que não houvesse outra solução .
Talvez que tivesse de ser mesmo assim .

Uma vez varrido das teias de aranha imperiais,
era necessário Portugal reocupar o seu posto na
Europa .
(Não nos esqueçamos que, como da tropa, a antiguidade era um
posto) .

Tínhamos vivido a experiência da EFTA, Associação Europeia de
Comércio Livre, juntando as peças do nosso continente que não
foram escolhidas, ou que não quiseram alienar a sua independêcia
económica. 
a saber :

Reino Unido
Portugal
Suécia
Noruega
Dinamarca
Suiça
e Áustria,
( e mais tarde, a Islândia ) .

Ficava deste modo, assegurado o aprovisionamento de maquinaria
indispensável ao desenvolvimento da indústria nacional, 
bem como o escoamento dos nossos produtos tradicionais, como os
vinhos, a cortiça e a pasta de papel .

Portugal havia apostado, também, na manufactura de têxteis e cal-
çado .

Com a Revolução dos Cravos e a consequente perda do acesso à mão
de obra barata, e já sem ter a posse das matérias primas que nos che-
gavam de África, todo o castelo de cartas que era o nosso Império se
desmoronou . 

Tinha-se transformado completamente o nosso 
paradigma de desenvolvimento económico .

Não tivemos outro remédio senão deixar-nos coabitar com os povos
bárbaros do Norte da Europa, habituados a outro traquejo vivencial .

No princípio as coisas até correram bem,
inundados de dinheiro dos Fundos Comunitários, gasto à tripa forra,

desmantelados sistemática e criminosamente, a nossa indústria, a nos-
sa pesca e a nossa agricultura, queimados levianamente num Carnaval 
permanente, ficámos com a esperança de virmos a enriquecer à grande
e à francesa, com a miragem do turismo e dos serviços, os dois sectores
mais ameaçados pelas contingências conjunturais do humor dos merca-
dos, bem guardados no cú da galinha .

Obrigado, 

CAVACO,

pelo impulso criativo que legaste a este pobre País,

uma lixeira à beira mar plantada .
.







sexta-feira, 6 de maio de 2016

A TRAMPA DA AMÉRICA .

Quando se embebeda o pobre
já lá vai o borrachão
quando se embebeda o rico
acham graça ao figurão 

Poeta Aleixo

Um Bokassa, é um Bocassa, em qualquer lugar,
em África, na América, ou na Cochinchina,
seja preto, amarelo, ou loiro de olhos azuis . 

Não vejo porque razão abominam Maduro e enal-
tecem o milionário louco, que pretende mandar nos 
USA .
Um bandido, é um bandido .
Um monstro, é um monstro .

Só não entendo a complacência com que essa prima
dona é tratada, um palhaço com muito dinheiro 
na carteira, que vomita disparates onde aparece 
em público .

Dizem-me que é a democracia, pá ...

Está bem,
então vou ali e já venho ...
.
.



quinta-feira, 5 de maio de 2016

OS PARTIDOS TRAVESTI .

Uma questão de princípios .
Os Partidos travestidos .

À medida que a Revolução seguia o seu curso, 
criavam-se partidos, como quem planta cogumelos .
Todos queriam acompanhar a pureza ideológica e 
programática .

Ora a maioria desses grupelhos partidários, foram-se
afirmando em torno das ideias mal importadas de ou-
tras paragens e de outros quadrantes, todos pugnando 
por um ADN melhorado.

Era preciso ter um pelouro na jovem Democracia Por-
tuguesa . 
Depois logo se veria o nome, o programa, a linha polí-
tica e as linhas de acção .

Como o Bocage,
estavam todos à espera da última 
moda .

Integrado na Internacional, O PS foi o único que se 
manteve, até hoje, com os mesmos objectivos de há qua-
se cinquenta anos .

Mesmo assim. o Partido de Mário Soares, foi largando 
muitas das suas componentes, como foi o caso da  FRS,
da UEDS, e mais tarde do MES, cortando sempre as fa-
tias mais à esquerda do bolo do Socialismo .

Mas a grande sangria ficou a dever-se ao General Rama-
lho Eanes, que inspirou o PRD, e quebrou o PS ao meio .
com os resultados bem conhecidos 

Quanto aos outros, depressa fizeram desaparecer as pala-
vras Socialista e Social Democrata .

O PPD virou PSD, depois Asdi, mais tarde PPD/PSD,
depois ainda AD,  OS Inadíáveis, Partido Liberal  e PAF.

Que grande barrigada ...

O CDS, envergonhado com a vida que levava, passou a PP,
e escondeu-se, com o rabo de fora, por debaixo das cuecas
dos partido do Cavaco .

Ouros afluentes provieram das hostes Otelistas, germinando
a OUT e a FUP,

Os Marxitas Lelinistas, juntamente com outra malta da es-
querda caviar e os Trotskistas, viriam a colar as peças des-
se estranho puzzle em que se transformou no BE .

No meio desta salgalhada, só o CDS não viria a jurar a cons-
tituição Portuguesa, 

a caminho do Socialismo .
.

O GRITO DO IPIRANGA .

Com a confusão que se verificou naquele 
dia,com a Revolução em suspenso, 
sem se saber para que lado ia tombar,

o Mário Pedro ficou entregue a si próprio,
e acabou por tomar o leite, 
sem a guarda apertada da Mãe .

Foi o seu primeiro sinal de Liberdade,
o dia da sua Independência .

Parece até que até ele se tinha apercebido 
da importância e da gravidade daqueles 
momentos, tão carregados de simbolismo .
.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O EUCALIPTO .

Cavaco faz tanta falta,
como uma viola num enterro .

Como foi possível o momenzinho atravessar mais de trinta
anos da nossa História, sem que nada de importante se pas-
sasse à sua volta .

Em contrapartida, Marcelo é um eucalipto vermelho  que se-
ca tudo o que está à sua volta .
Mas isso vai ter um preço muito alto, quando acabar a lua de
mel que vem acontecendo na sua ligação de facto, com
o manhoso Costa .

Sabe-se tal ligação nunca foi apoiada pelos padrinhos, quer
~de um lado, quer do outro .

Há casamentos assim ...
.

UMA DE KALIMERO .

Há dias assim .

Andamos por aí, não encontramos ninguém conhecido,
não temos ocasião de dar à língua com ninguém .
Não que eu seja muito dado ao paleio,
e cada vez menos . 
À conversa fiada, o diz que diz,
mas é que o silêncio, às vezes, até assusta .

E se me acontece alguma coisa má,
como vou reagir ?.
Chamar o 112 ?
Chatear os vizinhos ?.

Bem sei que os amigos são para as 
ocasiões .

Por isso mesmo .

E se precisar de um pouco de apoio,
de um pouco de afecto,
num aperto inesperado ?.

Tenho muitos amigos fantasmas .

Já me habituei a deixar o telefone em casa .
Às vezes, até o desligo .
E já desisti de o voltar a carregar .
Assim fico mais à vontade .

Diz o povo, e com razão :

Socorro, que ainda estou vivo .

Ao que me respondem,

Deixa-te disso, 

tu estás é mal morto .

terça-feira, 3 de maio de 2016

O CASTELO .

Estou a juntar todas as pedras 
que vou encontrando pelo caminho .

Um dia vou com elas
construir um castelo.


Escrito numa parede
do Bairro de Telheiras .
.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

A DÚVIDA SISTEMÁTICA .

Às vezes, a divagar com os meus botões,
dou comigo a imaginar,
se o 25 de Abril aconteceu mesmo,

ou se sou eu,
a fantasiar sobre uma realidade longínqua,
só possível nos sonhos ou na loucura .

Será que foi assim que aconteceu ?...

Quem me alguém me acredita ?...

E eu, agarro-me à memória do tempo,
que tudo vai apagando,
sem apelo, nem agravo .
.

OS ATESTADOS DE ANTI FASCISMO .

AGARRA QUE É PIDE ...

Foi uma das coisas mais surreais da nossa Democracia .

A caça ao fascista estava acirrada.

Então apareciam à porta da ex Pide/DGS , 
subiam a escadaria do edifício,
uns mais foitos, outros mais envergonhados, tipos que
se diziam nunca terem pertencido a essas organizações, 
com medo de represálias,
e queriam fazer prova da sua pureza ideológica .

Havia de  tudo,
malandros a escapar à vingança popular, 
gente que tinha dúvidas sobre o seu papel político, 
idiotas de toda a espécie , exibicionistas convictos,
gente difamada sem razão, 
e ainda aqueles que procuravam o caos e a confusão .

Vinham pedir, à porta da Junta de Salvação Nacional,
localizada da ex sede da Pide, na malfadada António 
Maria Cardoso, 
uma espécie de credencial salvadora, da porrada com alguns
que eram ameaçados .

E foi tanta afluência à benção revolucionária, que em 
poucos dias, houve que abortar este procedimento,
e acabar com tal palhaçada  .
.   

domingo, 1 de maio de 2016

O 1º. de Maio .

E aí cheguei ao 1º. de Maio, 
triste, só e amargurado .
A idade não perdoa, 
e as ilusões vão-se esfumando,
as esperanças vão definhando, 
apenas resta uma ponta de fantasia,
que me aguenta e sustenta
e me vai dando alento .

Passaram 42 anos,
anos extraordinários uns,
rodeado de amigos e camaradas,
revisitando os lugares de culto da Revolução,
espreitando de longe, os meus heróis,

outros menos maus, alguns bem azedos,
remoendo as agruras da vida,
matando as saudades,
engolindo sapos, 
uns atrás dos outros .

Sim, foi linda a Festa,
enorme o orgulho de ser Português,
grande o amor à Liberdade,
à Igualdade e à Fraternidade .

Foi um sonho lindo que passou,
e quando Abril aqui voltar,
vou dar-lhe uma mãozinha
e um afago para o ajudar .
.

 .