Não deixa de ser carregado de ironia, o facto de o homem mais
odiado de Portugal, o inimigo público nº 1, o homem mais criti-
cado durante os últimos seis anos, esteja agora a ser defendido,
com unhas e dentes, de modo a mantê-lo à frente da Governa-
ção . Obrigado a sacrificar-se para emprestar um mínimo de
credibilidade ao País.
Como é isto possível ?
Como pode Portugal manter à frente do Governo, um mentiro-
so teimoso, arrogante e propotente ?
Que validade pública, institucional, e até moral, terão os negó-
cios do Estado, sobretudo face aos compromissos assumidos in-
ternacionalmente .
Que forças misteriosas mexem o caldeirão do PODER ?
Eu, que até sou um tipo vivaço, confesso que não consigo pene-
trar nos subterrâneos profundos da Política.
Será que os oponentes de Sócrates (cerca de 10 milhões de por-
tugueses), desejam um cadáver a mandar no País ?
Já não seria a primeira vez...
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