sábado, 27 de abril de 2013

O CONGRESSO .

A minha adesão ao PS foi muito serôdia .
Não que não acreditasse nos ideais socialistas, que sempre me nortearam .
Desde miúdo, sempre fui muito sensivel à injustiça, com que confrontava
constantemente .
Mais tarde, tomei contacto com a soliariedade, entre a malta da escola, da
aventura inocente, e depois, no trabalho nas fábricas, lado a lado com os
homens calejados pela vida e pelas lutas em surdina .
A liberdade e a democracia 
eram já os sonhos de menino tornado homem,

(como diria o Soeiro, dos homens que nunca foram meninos ) .

A igualdade, sim a igualdade de oportunidades para todos, sem discrimi-
nações mesquinhas, e sem favores vergonhosos que degradam e corroem a
sociedade .
E a fraternidade, uma das melhores coisas que vem de dentro de nós, e que
se vai desvanecendo pela cupidez das pessoas .
E a verdade, que nos transmitem no berço, na família, na escola e nos amigos

Mas o máximo, é a beleza,
das crianças, da natureza, das aves e do céu,
da neve, do vento, do canto dos pássaros,
do Sol quando nasce e quando vai dormir,
da graça das mulheres, do soriso dos idosos,
das palavras inflamadas e das lágrimas de felicidade .
Do zumbido dos insectos
e das viagens suaves das núvens a caminho do céu .
Do vai e vem cadenciado das ondas do
desfalecendo ao chegar a bom porto .

Tudo é belo,
se os nossos olhos quiserem,
e se a boa vontade dos homens também .

Como pode uma pessoa
não nascer, viver e morrer socialista ...
.