terça-feira, 28 de janeiro de 2014

1958, Delgado recebido em delírio em Stª. Apolónia .


Naquele tempo. muitos anos antes do 25 de Abril, quando se aproximavam
eleições (combinadas e aldrabadas), o regime e a Oposição, distraíam-se
a jogar  às Votações, à Democracia e às Liberdades .

Perto do tempo marcado, os fascistas batiam nalguns elementos do Reviralho,
prendiam outros, torturavam alguns e exilavam uns quantos .
Com direito a voto e inscritos nos cadernos eleitorais restavam muito poucos,
que encenavam um simulacro de Acto Eleitoral .

Escolhiam candidatos, nomeavam apoiantes, faziam listas, eram proibidos de
aparecer ou falar em público, muito menos nos órgãos de comunicação social .

Nas vésperas das eleições, os dignatários oposicionistas, anunciavam a sua 
desistência de ir às urnas .

Acabava tudo em grandes jantaradas ...

O General Humberto Delgado foi o único que ousou afrontar Salazar e a sua
camarilha, e o povo saíu à rua, como nunca se tinha visto .

Claro que, apesar de ter direito a uma larga maioria dos votos, Delgado foi 
irremediàvelmente derrotado, expulso do país, e  posteriormente traído e 
assassinado bàrbaramente pela Pide, juntamente com a sua secretária .

Só depois de o Salazar ter batido a bota, Marcelo Caetano deu luz verde  para
outra farsa, com umas pseudo eleições legislativas, com os cadernos eleitorais
caducos, para tentar enganar os portugueses, integrando nas listas da ANP- As-
sembleia Nacional Popular, onde pontificou o grande político liberal, o então
ilustre Francisco Sá Carneiro .
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