quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O JOGO DA CABRA CEGA .


Estranha, estranha, esta maneira de fazer política .
Não falo da política e dos políticos em geral .
Nem sequer pretendo, por agora, abordar em profundidade
os problemas do PS .

Sou socialista, militante do PS .
Socialista, umas vezes mais soft, outras vezes mais 
radicalizado .

Não vou debruçar-me sobre o significado da palavra socialismo.
Isso já foi feito imensas vezes e de todas as maneiras possíveis,
há mais de um século .

O que me intriga e perturba, é a imensa distância entre os prin-
cípios e a praxis a que vimos assisitindo, por parte de sucessi-
vas Direcções, Equipas Directivas, Projectos Políticos, Progra-
mas, Estratégias, Tácticas, Moções, e tudo o mais .

O que me acontece é que, cada vez mais, me afasto e deixo de
estar identificado com o meu Partido, dito Socialista .

Que me perdoe o meu amigo António José Seguro,
pese embora a grave conjuntura que estamos a viver, 
ou especialmente por mó desse facto .

Parece não existir partido nenhum, mas um verdadeiro albergue
português, completamente ineficaz e inconsequente .

Cada dia que passa, o lençol vermelho (rosa) vai-se rasgando
cada vez mais, restando agora um conjunto de trapos, que em
tempos constituía a nossa bandeira .

Como Portugal está diferente,
triste, apático, sem ânimo, descrente, acobardado, anémico,
desiludido, 

Ora o Partido tem que ser energia, força, luta, combate, espe-
rança, solidariedade, coesão, determinação, orientação polí-
tica, um rumo, uma ideia, vontade de vencer, de impôr e de
impôr-se .

Assistimos a um povo envergonhado, cabisbaixo, derrotado à 
partida, culpado, como se tivesse cometido grave pecado ca-
pital, tresmalhado pelas opiniões e dislates proferidos pela gen-
talha que integra a nossa elite, miserável a todos os títulos, que
engorda à custa da desgraça alheia .
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