domingo, 5 de outubro de 2014

O DECLÍNIO DO IMPÉRIO - 2 .

Passei a parte da minha infância na província,
no pós guerra , onde havia uma grande influ-
ência dos camones .
As nossas brincadeiras, para além do futebol,
eram os jogos dos polícias e ladrões, e  índios 
e cowboys .
Víamos o bucha e o estica, e os westerns, quan-
do o rei fazia anos 

A nossa história oficial terminava nas carnifi-
cinas da Iª República, e no Salazar que tinha 
restaurando as finanças de Portugal, e o regres-
so da santa paz ao nosso País .

Ainda não tinham começado as guerras coloniais,
apenas se tinha dado a tomada dos territórios
pertugueses da União Indiana .

Em 1958, a candidatura do General Humberto 
Delgado, veio chamara atenção da situação do
regime salazarento .

Chegado à Universidade,
comecei a entender o mundo em que a sério,
a iniquidade em que o nosso Povo vivia, a bruta
repressão do regime vigente, a ausência de quais-
quer liberdades, o partido único, a censura, a
Legião e a Mocidade portuguesas .

Portugal pertencia à Nato, organização anti co-
munista criada para deter o avanço siviético na
Europa .

Pensavam os nossos democratas, que o final da
hecatombe que foi a IIª Guerra Mundial, com a 
vitória das democracias ocidentais, tudo iria ser
diferente em Portugal .

Tal não veio a acontecer .

O início da guerra fria, com o mundo dividido 
em dois blocos antagónicos, iria deixar Portugal
do lado errado, e   portanto à mercê dos Ingleses´
e depois, dos Americanos  .
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