Conversa de Café
18 Julho 2007
Nota
Este curto texto, mostra-nos uma outra faceta
do Mário.
Junta ao seu humor fino, uma pitada de brejeirice,
daí resultando uma saborosa crítica política,
publicada no Blog TONIBLER, em18 de Julho de
2007.
.
- São todos uns cornos mansos!!
No outro canto do café, uns senhores de idade respeitável folheavam os jornais do dia e espreitavam o programa da manhã na televisão. Um deles insistia:
- São todos uma cambada de cornos mansos!! É só conversa, mas quando chega a altura de fazer alguma coisa ficam em casa, à espera que alguém faça por eles. Nem saem à rua!
(Silêncio)
- Eu bem me lembro do que falaram do Santana, que ele era só gajas e festas, que não fazia nenhum. Tudo à nossa conta. E depois, o que eu ouvi aqui sobre as negociatas do Carmona. Que o gajo era só dinheiro por fora, só empresas e tachos, uma pouca vergonha.
(Silêncio)
- Tu, que tinhas um pó ao Carmona c’até te passavas, cruzaste-te com ele na rua, borraste-te todo em salamaleques. Aposto que foste lá votar nele.
(Silêncio)
Finalmente, alguém lhe responde timidamente: «Eu votei na Roseta...»
- É o que eu digo. É tudo uma cambada de cornos mansos, paneleiros, que gostam de levar porrada das mulheres!!
(Silêncio)
Paguei o café ao balcão e saí, antes de me escangalhar a rir e estragar o ambiente...
No outro canto do café, uns senhores de idade respeitável folheavam os jornais do dia e espreitavam o programa da manhã na televisão. Um deles insistia:
- São todos uma cambada de cornos mansos!! É só conversa, mas quando chega a altura de fazer alguma coisa ficam em casa, à espera que alguém faça por eles. Nem saem à rua!
(Silêncio)
- Eu bem me lembro do que falaram do Santana, que ele era só gajas e festas, que não fazia nenhum. Tudo à nossa conta. E depois, o que eu ouvi aqui sobre as negociatas do Carmona. Que o gajo era só dinheiro por fora, só empresas e tachos, uma pouca vergonha.
(Silêncio)
- Tu, que tinhas um pó ao Carmona c’até te passavas, cruzaste-te com ele na rua, borraste-te todo em salamaleques. Aposto que foste lá votar nele.
(Silêncio)
Finalmente, alguém lhe responde timidamente: «Eu votei na Roseta...»
- É o que eu digo. É tudo uma cambada de cornos mansos, paneleiros, que gostam de levar porrada das mulheres!!
(Silêncio)
Paguei o café ao balcão e saí, antes de me escangalhar a rir e estragar o ambiente...
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