sexta-feira, 21 de maio de 2010

A DIVIDA.

E agora?
Como chegámos até aqui?
Como vamos sair deste imbróglio?
Quem, honestamente, poderá alegar inocência nesta história?
Todos se desculpam e empurram a responsabilidade para outros.
Estamos ou não à beira do abismo?


Acontece que, de há muito, vivemos muito acima das nossas possibi-
lidades.
Nunca fomos capazes de criar poupanças, nem investir com o mínimo
de critério.
Gastamos à tripa forra, ficamos a dever tudo e mais alguma coisa.
Alguém irá pagar a conta.
Sempre assim foi, ao longo de toda a nossa história.


Quanto ao endividamento, pasmo, o saber que a dívida privada
é 3 a 4 vezes superior à dívida pública.
Pasmo, quando agora os nossos banqueiros mais cotados, salvos da
ruína pelo Estado, vêm dizer que estão quase encostados à parede.
Pasmo, ainda, quando o Presidente Cavaco, economista de renome,
não foi capaz de prever (ou saber) patavina da crise, embrulhando-se
em questões palacianas, em vez de falar alto e bom som ao País,
apelando aos perigos da tempestade, que muitos sabiam estar a apro-
ximar-se inenevitavelmente .
Pasmo, mais uma vez, quando o incompetente Constâncio, em vez de ser
pura e simplesmente demitido, foi promovido para o Banco Europeu.


Como é(ra) tão simples se a culpa toda fosse só do Sócrates...
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