Podem fazer-se as maiores críticas ao actual 1º Ministro, verberar o seu
mau feitio, pôr em causa os seus ministros, o program do Governo, as po-
líticas levadas a cabo, dizer mal dos seus conselheiros, afirmar que é tei-
moso, orgulhoso, cabeça dura, vaidoso, e outros adjectivos que agora não
vêm ao caso.
O Presidente do Conselho pode e deve ser completamente escrutinado,
sempre e quando estiver em causa o interesse nacional.
Deve ser questionado no Parlamento, ou noutro sítio qualquer, sempre
que fôr instado a fazê-lo.
Deve prestar contas das suas acções e intervenções políticas, até ao limi-
te exigível.
O que não me parece correcto nem decente, é a tentativa de assassinato
político, na forma tentada e continuada,
nem a prossecução sistemática de levar a cabo o linchamento do seu ca-
rácter.
Faites vos jeux, messieur,
mas sem batota,
sem dados viciados.
Não é bonito recorrer tantas vezes ao insulto e à verborreia histérica e
desprezível, desbragadamente, por parte dos angelicais e preversos
pseudo-adversários políticos, tentando, sempre que possível, cravar o
punhal traiçoeiro nas costas do 1º Ministro.
Afinal de contas, tenho para mim, que às vezes os fins inconfessáveis,
nem sempre justificam os meios utilizados.
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