quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O JOGO DA BOLA.

Sei que estás ao pé de mim,
a meu lado,
sempre presente.
Sei que me olhas e me escutas.
e vês o que se está a passar.
Sei que não gostas mesmo nada
do que vai acontecendo cá em baixo.
O mundo virou às avessas.
Está de cabeça perdida.
Ficou tudo embaralhado.

(Só o Barça se mantem igual a si mesmo.
5 a 0 ao Real, em Barcelona.
Que jogo maravilhoso.
Parecia uma renda de bilros).

Se cá voltasses,
talvez percebesses estes tempos agrestes,
este rodopio de incríveis acontecimentos.
Esta confusão.
Este caos.
Este pântano.

(Lembras-te do Camp Nou?
A chuvada que caíu, e depois amainou
quando o jogo começou.
Dos argumentos que usaste
para ir-mos ver o espectáculo?.

Diz-me qualquer coisa
que me ajude a entender
o turbilhão em que fui enredado.
Dá-me algum conselho.
Envia-me algum sinal.
Porque eu já não sei
por onde caminhar.
Não sei o que dizer,
o que fazer,
o que pensar.

(Depois fomos a pé para casa.
Satisfeitos com o jogo
e com o resultado.
Fomos comer umas tapas.
Não foi o Benfica,
nem o Arsenal.
Mas foi a melhor equipa do mundo).
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