segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O ELOGIO DA SOLIDÃO .

Curtir o silêncio, como uma dádiva .
Sair para a rua sem saber onde se vai.
Acordar ou dormir quando nos apetece .
Ligar ou desligar a televisão, quando calhar.
Passear sempre, a qualquer hora e em qualquer lugar,
sem nunca pisar o mesmo sítio, horas a fio .
(Olhar com cuidado para o chão, pois nunca se sabe...)
Explorar a natureza, atento aos detalhes mais estranhos ,
descobrindo sempre e sempre novos pormenores,
sorvendo lentamente os imensas cambiantes de luz e de côr,
específicos de cada hora, de cada lugar,
ao sabor das condições atmosféricas .
.
Não conhecia em profundidade os malefícios da solidão,
não compartilhar intensamente a vida com os outros, todos
iguais, mas todos diferentes, cada um com os seus defeitos,
com as suas qualidades . As suas manias, os seus gostos.
Quando somos jovens, tudo parece fácil;
mas, à medida que a idade avança, as vida vai mudando,
e vai-nos mudando também .
As dificuldades que nos afogam quotidianamente, 
vão mexer e, e de que maneira, com a gente e com tudo à
nossa volta .
Vamos começando a seguir caminhos diferentes, tentando
encontrar uma bissectriz de conforto .
Quando isso é possível, melhor .
.