segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A GANGRENA .

Portugal continua a padecer de uma lenta, sistemática e
progressiva gangrena, perdendo pedaços de todos os ta-
manhos expurgados uns após outros, sem conseguir tra-
var o angustiante apodrecimento da nossa sociedade .

Foram-se muitos anéis e cortaram-se dedos, mãos, bra-
ços, esquartejando o País de um modo assustador .

Portugal foi minguando a olhos vistos, sem ser possível
travar a enorme sangria, sendo tragado pelos 
mesquinhos interesses nacionais e estrangeiros,
abocanhando  gentes, bens, recursos e consciências,
tudo sugado numa imensa tormenta criminosa.
Tem ido tudo a eito .

Custa-me ver o meu Partido, o Partido Socialista, com-
pactuar, por ausência e inacção, nesta tragédia colectiva,
assistir, surdo cego e calado, esbracejando ridiculamente
à espera de uma morte, de há muito anunciada .
.