Estamos practicamente paralisados face à incerteza
quanto ao futuro da nossa sociedade .
Como se estivesse-mos envolvidos numa espécie de
gelatina, que baloiça aleatòriamente em função das
garfadas que provocamos a nossa vida .
Pisamos areias movediças no pântano global em que
nos deixámos enredar, escondendo sistematicamente
todo um mundo subterrâneo, prenhe de miasmas .
Mentem-nos metodica e quotidiadanamente, e as cer-
tezas de ontem, transformam-se em metamorfoses en-
ganadoras de amanhã .
E a cada dia, novas ameaças, novas dificuldades, no-
vos muros a derrubar, não se vislumbrando uma saída
sustentada para a crise generalizada em que mergulhá-
mos .
Os falsos profetas, que já nos prometem o paraíso para
amanhã, proliferam um pouco por todo o lado .
Entretanto, as alcateias de hienas, que vivem à custa do
alheio, proliferam à solta, e enchem o bandulho de din-
heiro sujo de sangue .
Continuamos prisioneiros de uma situação que ameaça
destruir o frágil mundo em que vivemos .
Quando reagiremos ?
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