quarta-feira, 14 de maio de 2014

A GERAÇÃO RASCA À RASCA .

A geração à rasca foi a minha .

Já o Estado novo tinha atingido a maioridade,
havia sofrido a metamorfose do Fascismo,
na companhia dos regimes torcionários de Espanha e de Itália,
tinha acontecido a Guerra Civil Espanhola,
e a derrota do Nazismo, que jazia practicamente agonizante .

As chamadas democracias tinham  desferido profundos
golpes à besta alemã, mas é justo salientar que foi a União 
Soviética a pagar a maior despesa da guerra assassina, enquan-
to Staline solicitava a urgência da abertura de uma segunda frente
na Europa .

A França traíu e foi traída, ficando muito mal na fotografia do 
execrando Conflito Mundial .

No silêncio(?) e no segredo (?) da grande maioria dos povos,
foram executados milhões de indivíduos, ditos de raças inferio
res, numa operação horripilante, qual fábrica que tinha como 
matéria prima o Homem, e o transformava em produtos transa-
cionáveis, de toda a espécie, natureza e valor .

EM Cinco longos anos voaram os quatro cavaleiros do Apocalipse :
MORTE, FOME, PESTE  e FOGO .

Só quem não viveu ou acompanhou, ainda que ao longe, estes factos
poderá falar, nos nossos dias, de uma geração à rasca .

Um pouco de vergonha e de decôro, pois, que
estas coisas deveriam estar escritas a letra dourada, nestas cabe-
cinhas estouvadas, ignorantes ou maliciosas .

O tempo tudo apaga, tudo releva,
mas respeitem minimamente as gerações de 40 e 50 .
(continua ) .
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