domingo, 12 de dezembro de 2010

O SALAZARISMO sem SALAZAR ( 2ª Parte).

O 25 de Abril venceu o medo e deu-nos a claridade.
Restaurou a esperança e o orgulho nacional.
Abriu as portas ao respeito dos outros países pelo pequeno Portugal.
Encaminhou-nos para a maioridade cívica, ética, moral e política.

"Foi bonita a festa, pá...
Ainda vamos construir um imenso Portugau..."

Todavia, o sopro da modernidade foi-se apagando.
Não a modernidade material, o avanço tecnológico, cultural,
essa foi-nos abrindo ao mundo.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Todo o mundo é feito de mudança;
.....
Criando novas qualidades".

Era tão fácil criar um País Novo...
O Mundo estava à nossa espera.

Regressaram centenas de milhares de portugueses de África.
A CEE abriu-nos os cofres como nunca tinha acontecido,
mas matou a nossa indústria, a nossa pesca, a nossa agricultura,
mas pior que isso, cortou pela raíz,a vontade de inovar, de cons-
truir, de ser-mos nós próprios.
Passámos a imitar os outros, a consumir o que os outros produziam,
a fazer as tarefas que os estrangeiros nos destinavam.
Quem desejasse ir mais além na vida, tinha que ir mais além no mun-
do.

A globalização ofereceu-nos coisas boas, mas sufocou-nos mental e
psicologicamente. Transformou-nos em autómatos, em macaquinhos de
imitação.

Felizmente, continuámos a desenvolver a nossa capacidade criativa,
nas artes e nas ciências.
Nesse aspecto, somos respeitados em toda a parte.
E isso dá-nos grandes esperanças...

Quanto ao resto, temos trilhado caminhos ínvios, e agora, estamos
à beira do precípio.
Como foi possível?.
O que fizémos de errado?.
Será que ainda vamos a tempo?...
.