sábado, 11 de dezembro de 2010

Salazarismo sem Salazar (1ª Parte).

Como foi possível o Professor de Santa Comba Dão, António Salazar, também
conhecido como O BOTAS, ter dominada com mão de ferro, um país de anal-
babetos e ignorantes, durante quase cinco décadas?.
Uma vida inteira, temente a Deus e à Virgem Maria.
Alimentando-se, quase exclusivamente, de Fátima, Fados, Toiros e Bola,
durante quase meio século?.
Um país sangrado ciclicamente por sucessivas vagas de emigrantes, que
partiam para longe, contribuindo para a construção doutras terras.
Portugal, durante a época do Estado Novo, foi uma desgraça, uma gangrena.
Muitos portugueses fugiram à repressão do regime, à fome e à miséria, e
mais tarde a uma guerra injusta e distante.


Foi uma época turbulenta, com imensas e fortes viscissitudes:
-A experiêcia traumática da 1ª República;
-A Guerra de 14-18;
-A Revolução Bolchevista;
-A Grande Depressão, iniciada em 1929;
-A ascensão dos fascismos, um pouco por toda a parte;
- A eclosão do Nazismo;
-A 2ª Guerra Mundial;
-Os campos da morte e de extremínio nazis;
-O Holocausto;
-Os combates dos Aliados;
-O contra-ataque contra a Alemanha;
-A reconquista da Europa;
-O avanço dos Exércitos russo-americanos;
-A PAZ;
-A reconstrução do Mapa Mundial;
-A criação da ONU;
-A Guerra Fria;
-A erupção das guerras nas Colónias portugusas.

Salazar, e com ele a grande maioria dos portugueses,
a tudo resitiram.
Muitos com medo, outros com indiferência, outros ainda com alguma
complacência.
Grande parte aceitou os factos, outra parte concordou com o Ditador.

Os mais esclarecidos e mais combativos lutaram para derrubar um sis-
tema pôdre de 48 anos.
A esses presto a minha homenagem.

O 25 de ABRIL foi o sopro reparador desta amálgama de detritos e almas
perdidas.
A remoção do entulho nacional.
A barrela geral da sugidade tanto tempo acumulada.
Por quanto tempo?.
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