As sociedades modernas estão estruturadas em partidos,
com um certo tipo de ideologia, ideais, princípios, vo-
tam para escolha dos seus dirigentes, e seus represen-
tantes.
Realizam congressos e outro tipo de reuniões, escolhem
os líderes, aprovam os seus estatutos e legitimam os
programas de acção mais adequados.
Porquê então esse disface saloio com a dita sociedade
civil, a máscara da cidadania, a proximidade do povo,
e outros embustes.
Então não serão esses nobres atributos que dão senti-
do e alma aos partidos?
Para quê esses circunlóquios que pretendem preverter a
sanidade da política?
Com que objectivos confessáveis ou dissimulados?
Quem tão mesquinhamente quer nadar no vazio e ocupar os
ninhos alheios, sem ter que fazer o trabalho de casa,
como os cucos?
Por desonestidade?
Por oportunismo,
Por maldade.
Por ignorância?
Vai longa esta prosa.
Vem a propósito de um personagem, Fernando Nobre, que
com o seu comportamento anti-democrático, conspurcou a
res pública, manchando todos aqueles que foram cúmplices
dessa aventura patética.
Que, de certa maneira, a todos envergonhou.
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