Carlos César, o nosso homem dos Açôres.
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Acompanho mal os acontecimentos que se passam lá nas Ilhas.
Mas sei dar o devido valor ao contributo que tiveste na de-
fesa dos interesses do povo açoreano.
Gostei e aplaudi o teu comportamento cívico, aquando da in-
vestida desproporcionada e rasteira de Cavaco Silva, acerca
da questão do Estatuto dos Açores.
Foi um dos piores momentos do PR, e continuo a perguntar-me
o que estaria por detrás dessa novela de cordel
Foi pois, com interesse que segui as tuas palavras na entre-
vista dada à televisão, SIC se não erro.
Ja sei que essa corja da direita fixista, vai dizer que te
aproveitaste da ocasião para te pôres em bicos de pés, mas
mais uma vez tenho que reconhecer a coragem e lisura com que
reduziste o PR à sua verdadeira estatura de anão político.
O entrevistador bem que queria saltar desse filme, mas insis-
tiste, e ainda bem.
Disseste frontalmente, ser Cavaco um personagem prisioneiro
do seu passado psdista, e o pior Presidente depois do 25 de
Abril.
Rancoroso e mau caracter.
Astucioso e cheio de truques.
Enviezado e manhoso.
Fraco na sua pretensa austeridade.
Senti-me confortado com as tuas palavras.
Obrigado César.
Cavaco é (foi) um bluff, que se arrasta desnudado e carran-
cudo.
Politicamente cobarde.
Moralmente ambíguo.
Com uma certa perversidade saloia.
Há quem goste do género.
Eu detesto.
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