domingo, 22 de julho de 2012

METRO, A FELICIDADE DO POBRE .


Com cinquenta anos de atraso, o Metro chegou ao Aeropotro
de Lisboa . Não fora a crise mundial, poder-se-ia afirmar
que chegava já com a aerogare abandonada .
Temos uma clara visão do enorme atraso, de um país com a
mania das grandezas .

Salazar (o tal génio, celebrado como o melhor português de
todos os tempos), opôs-se teimosamente, a que Duarte Pache-
co tivesse autorização para iniciar a construção da primei-
ra autoestrada do nosso país .
Para ele era um desperdício que não servia para nada .

O Chaufer do automóvel blindado, poderia levá-lo, quando
lhe apetecesse, ir ver as abóboras a Santa Comba Dão e apal-
par as primas, às escondidas .
Tudo, no maior segredo .

É este o país que herdámos e que glorificamos .

35 anos não foram bastantes, para trazer este povo sofrido,
até à modernidade .
Modernidade cívica, moral, intelectual e cultural .

Um solo tão fértil, onde as ervas daninhas afogam o trigo e
o centeio .

Triste sina ...
.