Um velho de esquerda, às direitas .
Quando a esquerda era esquerda,
e a direita era direita .
Hoje o que mais se encontra, são travestis e encapotados,
camaleões e mascarados .
A Europa transformou-se num imenso entreposto de trafi-
cantes, ladrões, vigaristas, corruptos , vadios e outra gente
de mau porte .
O que foi, outrora, o berço de dezenas ou centenas, de gente
famosa e esforçada, que cimentou, pedra sobre pedra, o mais
elaborado centro de cultura e de ciência .
Não nos deixemos enganar .
A esquerda é
É A VERDADE
A JUSTIÇA
E A BELEZA,
temperadas com bastante
LIBERDADE
FRATERNIDADE
E IGUALDADE .
Tudo o resto é apanágio a direita .
Recordo apenas um homem que teve um papel importante na
emancipação a Itália - GIUSEPPE VERDI (Vittorio Emanuelle
Rei D` Itália),
que com Garibaldi ,
ajudaram a edificar um grande pais, berço do
RENASCIMENTO .
.
domingo, 31 de maio de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
A IMPRENSA DE REFERÊNCIA .
Quando o meu filho trouxe o seu primeiro gato bebé
para casa, tive a necessidade de comprar o Expresso,
pois era o que apresentava a melhor relação qualidade
preço - tinha papel para o gato mijar
a semana inteira .
Reconto a história do tipo que vinha de barco para o
emprego, comprava todos os dias o jornal, via a 1ª pá-
gina e depois deitava o papel fora .
Questionado sobre o facto, disse que estava à espera de
um certo óbito .
O vendedor de jornais informou que a necrologia vinha
sempre nas páginas de dentro .
E disse o outro :
De certeza que, quando o gajo morrer,
vem logo na manchete, a letras gordas .
Vem isto, a propósito a boa e da má imprensa, da dita im-
prensa de referência .
Uma treta indecente : só interessa aos media o que
convem os grandes potentados económicos e às grandes cen-
trais de comunicação .
Para que serve então ler jornais e ver televisão :
Para seguir as novelas, reais ou imaginárias,
para o caso, tanto faz .
E a maralha engole este xarope, dezenas e vezes ao dia . .
.
É isto, a imprensa de referência .
.
para casa, tive a necessidade de comprar o Expresso,
pois era o que apresentava a melhor relação qualidade
preço - tinha papel para o gato mijar
a semana inteira .
Reconto a história do tipo que vinha de barco para o
emprego, comprava todos os dias o jornal, via a 1ª pá-
gina e depois deitava o papel fora .
Questionado sobre o facto, disse que estava à espera de
um certo óbito .
O vendedor de jornais informou que a necrologia vinha
sempre nas páginas de dentro .
E disse o outro :
De certeza que, quando o gajo morrer,
vem logo na manchete, a letras gordas .
Vem isto, a propósito a boa e da má imprensa, da dita im-
prensa de referência .
Uma treta indecente : só interessa aos media o que
convem os grandes potentados económicos e às grandes cen-
trais de comunicação .
Para que serve então ler jornais e ver televisão :
Para seguir as novelas, reais ou imaginárias,
para o caso, tanto faz .
E a maralha engole este xarope, dezenas e vezes ao dia . .
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É isto, a imprensa de referência .
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sexta-feira, 29 de maio de 2015
MIXORDEIROS .
AMOR COM AMOR SE PAGA .
Todos estamos recordados da prestação indecente
de Constâncio, como presidente do Banco de Por-
tugal .
Daí a sua promoção a Vice Governador do Banco Eu-
ropeu .
Temos agora o prémio entregue a Carlos Costa, pelos
assinaláveis serviços prestados ao BES e aos Salgados .
Na gamela onde come um,
comem dois ou três,
ou uma dúzia .
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Todos estamos recordados da prestação indecente
de Constâncio, como presidente do Banco de Por-
tugal .
Daí a sua promoção a Vice Governador do Banco Eu-
ropeu .
Temos agora o prémio entregue a Carlos Costa, pelos
assinaláveis serviços prestados ao BES e aos Salgados .
Na gamela onde come um,
comem dois ou três,
ou uma dúzia .
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ODE AO COMUNISMO .
O comunismo foi uma ideia genial .
Conseguiu congelar a imensa bandalheira
que grassava no nosso querido mundo
ocidental .
Com o desaparecimento o malino,
quem sabe se por milagre divino,
começaram a emergir os cogumelos venenosos
de um sistema tão saudado e badalado,
que se pensava durar até à eternidade .
Que nada ...
Afinal o pecado morava mesmo ao lado .
O mundo era tão mau ou pior
daquele que então vigorava no universo soviético
e arredores .
Escondido nos armários do tempo,
lá estavam o mal que havia sido coado
durante quase um século :
A corrupção global,
a todos os níveis, em todos os azimutes,
de pessoas, grupos, organizações, famílias, empresas,
entidades religiosas, desportivas, benfeitoras,
Ministros, juízes, parlamentares, doutores advogados,
jogadores da bola, meretrizes, pais e família, católicos temen.
tes a Deus, escroques, os melhores alunos, polícias e ladrões,
tudo e todos navegavam
no lote dos corruptos e da corrupção ,
sem pecado, sem vergonha,
dormindo o sono dos justos,
como se tudo isto fosse a coisa
mais natural deste mundo .
VIVA, POIS, O COMUNISMO .
.
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Conseguiu congelar a imensa bandalheira
que grassava no nosso querido mundo
ocidental .
Com o desaparecimento o malino,
quem sabe se por milagre divino,
começaram a emergir os cogumelos venenosos
de um sistema tão saudado e badalado,
que se pensava durar até à eternidade .
Que nada ...
Afinal o pecado morava mesmo ao lado .
O mundo era tão mau ou pior
daquele que então vigorava no universo soviético
e arredores .
Escondido nos armários do tempo,
lá estavam o mal que havia sido coado
durante quase um século :
A corrupção global,
a todos os níveis, em todos os azimutes,
de pessoas, grupos, organizações, famílias, empresas,
entidades religiosas, desportivas, benfeitoras,
Ministros, juízes, parlamentares, doutores advogados,
jogadores da bola, meretrizes, pais e família, católicos temen.
tes a Deus, escroques, os melhores alunos, polícias e ladrões,
tudo e todos navegavam
no lote dos corruptos e da corrupção ,
sem pecado, sem vergonha,
dormindo o sono dos justos,
como se tudo isto fosse a coisa
mais natural deste mundo .
VIVA, POIS, O COMUNISMO .
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quinta-feira, 28 de maio de 2015
MARE NOSTRUM .
Oxalá não tenhamos que assistir um dia à abordagem dos
africanos maltratados, esfarrapados, famintos, violados,
moribundos, mortos,
avançando pelas praias europeias adentro,
com cintos de explosivos atados à cintura .
Pobres ingleses, holandeses, dinamarqueses,
branquinhos, lavadinhos e devidamente cevados,
que roubaram, durante séculos,
matérias primas, escravos,
e a honra e dignidade de milhões de africanos .
O futuro a Deus a Alá a pertence
.
africanos maltratados, esfarrapados, famintos, violados,
moribundos, mortos,
avançando pelas praias europeias adentro,
com cintos de explosivos atados à cintura .
Pobres ingleses, holandeses, dinamarqueses,
branquinhos, lavadinhos e devidamente cevados,
que roubaram, durante séculos,
matérias primas, escravos,
e a honra e dignidade de milhões de africanos .
O futuro a Deus a Alá a pertence
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A VERGONHA AS NOITES DE TARIFA E LAMPEDUSA .
Quando me viste as lágrimas
nas praias de Tarifa,
eram também por Lampedusa,
e pelas outras praias os mares de Ulisses .
Perguntaste :
É a alma que te dói ?
E eu ainda não sei bem dizer-te,
- Doem-me a humanidade,
a compreensão,
e tudo mais em que verdadeiramente assento .
Américo Brás Carlos
in "As flores brancas do Frangipani "
Publicado no Expresso, 2014 .
.
nas praias de Tarifa,
eram também por Lampedusa,
e pelas outras praias os mares de Ulisses .
Perguntaste :
É a alma que te dói ?
E eu ainda não sei bem dizer-te,
- Doem-me a humanidade,
a compreensão,
e tudo mais em que verdadeiramente assento .
Américo Brás Carlos
in "As flores brancas do Frangipani "
Publicado no Expresso, 2014 .
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segunda-feira, 25 de maio de 2015
O VELHO DO RESTELO E O D. SEBASTIÂO .
Estamos permanentemente apanhados pelos nossos
2 grandes mitos nacionais :
O VELHO DO RESTELO
E D. SEBASTIÃO
Muito poucos querem arriscar qualquer coisinha, seja
em que matéria fôr, pois o Velho está sempre
à espreita, castrando qualquer iniciativa, ou boa ideia .
Não fazemos, nem deixamos fazer.
Qual Bocage com o fato esfarrapado, sempre à espera a
última moda .
Mas pior, estamos todos nós, à espera de um milagre re-
dentor, como nos segredos de N. S. de Fátima .
As coisas hão-de resolver-se um dia .
Temos que ter paciência .
Roma e Pavia não se fizeram no mesmo dia .
Quem espera, sempre alcança .
Devagar, se vai ao longe . .
O que é preciso é ter calma e estupidez
natural .
.
2 grandes mitos nacionais :
O VELHO DO RESTELO
E D. SEBASTIÃO
Muito poucos querem arriscar qualquer coisinha, seja
em que matéria fôr, pois o Velho está sempre
à espreita, castrando qualquer iniciativa, ou boa ideia .
Não fazemos, nem deixamos fazer.
Qual Bocage com o fato esfarrapado, sempre à espera a
última moda .
Mas pior, estamos todos nós, à espera de um milagre re-
dentor, como nos segredos de N. S. de Fátima .
As coisas hão-de resolver-se um dia .
Temos que ter paciência .
Roma e Pavia não se fizeram no mesmo dia .
Quem espera, sempre alcança .
Devagar, se vai ao longe . .
O que é preciso é ter calma e estupidez
natural .
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domingo, 24 de maio de 2015
O GUARDADOR DE CABRAS .
Quando vim viver para o bairro onde agora resido,
tudo em redor era uma imensa quinta, que foi reta-
lhada em bairros e arruamentos .
Mas nas suas entranhas continuavam enterrados mil-
hões de sementes, de toda a espécie .
Fazendo apelo ao meu passado de camponês, dei co-
migo a proteger instintivamente uma ou outra cabrin
ha vegetal .
A primeira de que me lembro bem, foi uma pequena
haste de oliveira, perdida no meio das ervas bravias .
Um dia, dei pela falta da oliveira ; fui espreitar e vi
um carcamavno da CML, que eu havia invectivado :
Oliveira, sei lá o que isso é
Tenho instruções : num raio de 2 metros, e acima
a cabeça, vai tudo à vida .
Vale que, as oliveiras podem persistir na terra, milhares
de anos .
Desbasto essa planta assassina, que dá pelo nome de
borracheira . Tudo destrói à sua passagem .
Vou cortando aqui e ali, para facilitar a vida a um pin-
heiro manso meu amigo .
Hoje, já está um homenzinho .
Tenho ainda debaixo e olho um carvalho de bolotas,
Uma olaia anã e um grande dragoeiro .
Espalhadas pelos jardins, vivem diversas árvores garrafa
e muitas outras espécies interessantes .
Não haverá por aqui, uma alma
que queira começar um jardim
botânico em Telheiras ?.
.
tudo em redor era uma imensa quinta, que foi reta-
lhada em bairros e arruamentos .
Mas nas suas entranhas continuavam enterrados mil-
hões de sementes, de toda a espécie .
Fazendo apelo ao meu passado de camponês, dei co-
migo a proteger instintivamente uma ou outra cabrin
ha vegetal .
A primeira de que me lembro bem, foi uma pequena
haste de oliveira, perdida no meio das ervas bravias .
Um dia, dei pela falta da oliveira ; fui espreitar e vi
um carcamavno da CML, que eu havia invectivado :
Oliveira, sei lá o que isso é
Tenho instruções : num raio de 2 metros, e acima
a cabeça, vai tudo à vida .
Vale que, as oliveiras podem persistir na terra, milhares
de anos .
Desbasto essa planta assassina, que dá pelo nome de
borracheira . Tudo destrói à sua passagem .
Vou cortando aqui e ali, para facilitar a vida a um pin-
heiro manso meu amigo .
Hoje, já está um homenzinho .
Tenho ainda debaixo e olho um carvalho de bolotas,
Uma olaia anã e um grande dragoeiro .
Espalhadas pelos jardins, vivem diversas árvores garrafa
e muitas outras espécies interessantes .
Não haverá por aqui, uma alma
que queira começar um jardim
botânico em Telheiras ?.
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sábado, 23 de maio de 2015
ISTO É UM HOMEM .
Quando o silêncio é mais profundo,
é quando te oiço mais de perto .
Sinto-te a murmurar
palavras de carinho,
de amor fraterno,
amizade
e fraternidade .
Nunca pronunciaste
qualquer queixume, rancor,
raiva ou protesto .
E no entanto sofreste tudo isso
em dose reforçada .
Jamais saíu a tua boca
qualquer palavra mais amarga
ou mais azeda . .
Tudo aceitavas
como um remédio muito amargo,
como aqueles que realmente
tinhas que tomar .
Por vezes, uma contrariedade,
uma indisposição,
muita dôr e grande sofrimento,
tudo enfrentavas .
E não poucas vezes,
fazias das fraquezas, forças,
e eras tu próprio
que nos inculcavas a energia
para nos consolar .
.
é quando te oiço mais de perto .
Sinto-te a murmurar
palavras de carinho,
de amor fraterno,
amizade
e fraternidade .
Nunca pronunciaste
qualquer queixume, rancor,
raiva ou protesto .
E no entanto sofreste tudo isso
em dose reforçada .
Jamais saíu a tua boca
qualquer palavra mais amarga
ou mais azeda . .
Tudo aceitavas
como um remédio muito amargo,
como aqueles que realmente
tinhas que tomar .
Por vezes, uma contrariedade,
uma indisposição,
muita dôr e grande sofrimento,
tudo enfrentavas .
E não poucas vezes,
fazias das fraquezas, forças,
e eras tu próprio
que nos inculcavas a energia
para nos consolar .
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sexta-feira, 22 de maio de 2015
TORPOR ASSASSINO .
Para quem como eu, passou a vida a lutar pela Liberdade e
pela Democracia, é revoltante assistir ao triste espectáculo
que estamos a viver, neste Portugal esquálido e deprimente,
onde sen ão vislumbrando um mínimo de capacidade para
pôr fim a esta desgraça incomensurável .
A memória colectiva é má conselheira .
Não permite separar a realidade, da fantasia .
O trigo, do joio .
A acção, da imobilidade criminosa .
Que foi feito do meu País ?.
Por que razão, não se levanta do chão ?,
Está anestesiado, hipnotizado por um génio do mal .
Porque não se ergue com as armas
dos heróis do mar,
nobre Povo,
Nação valente e imortal .
Porque não levanta de novo,
o esplendor de Portugal ?.
.
pela Democracia, é revoltante assistir ao triste espectáculo
que estamos a viver, neste Portugal esquálido e deprimente,
onde sen ão vislumbrando um mínimo de capacidade para
pôr fim a esta desgraça incomensurável .
A memória colectiva é má conselheira .
Não permite separar a realidade, da fantasia .
O trigo, do joio .
A acção, da imobilidade criminosa .
Que foi feito do meu País ?.
Por que razão, não se levanta do chão ?,
Está anestesiado, hipnotizado por um génio do mal .
Porque não se ergue com as armas
dos heróis do mar,
nobre Povo,
Nação valente e imortal .
Porque não levanta de novo,
o esplendor de Portugal ?.
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quinta-feira, 21 de maio de 2015
CRISE DE AUTO ESTIMA OU CULTO DA PERSONALIDADE .
Navego muitas vezes à bolina,
entre as bóias que balizam a rota da vida :
Auto estima e
Exaltação da personalidade .
Acredito nas leis da dialéctica, definidas por Hegel,
mas é Camões quem melhor aborda esta temática, no
no soneto que a seguir transcrevo :
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades .
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança,
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades .
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto :
Que não se muda já como soía .
.
entre as bóias que balizam a rota da vida :
Auto estima e
Exaltação da personalidade .
Acredito nas leis da dialéctica, definidas por Hegel,
mas é Camões quem melhor aborda esta temática, no
no soneto que a seguir transcrevo :
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades .
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança,
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades .
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto :
Que não se muda já como soía .
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quarta-feira, 20 de maio de 2015
O MUSEU DAS COISAS - 16 - O PAPEL .
O papel começou muito cedo a fazer parte da minha vida,
muito antes dos bancos da escola .
O papel vinha da papelaria/livraria A Havaneza, talvez por
ser o sítio onde antigamente se vendiam os charutos .
Fazia-me uma certa confusão ver, como uma misturada de
coisas, restos de papel velho, trapos, etc.,vinham a conver-
ter-se numa superfície plana, lisinha, onde se escrevia e de-
senhava .
Igual encanto conheci, quando estudei para técnico têxtil, e
presenciei o processo de transformação de milhares de fibras
de lã, num velo , em penteado e finalmente, em fio .
Mas voltando ao papel .
Era um material relativamente raro, sobretudo o papel fino
para escrever cartas de amôr e cartas comerciais.
Umas e outras exerciam um grande fascínio, porque uma eram
coloridas, com forros bonitos e marcas fora do vulgar .
Algumas das cartas amorosas, ainda tinham um certo aroma,
o que lhes d um certo mistérioava .
Não que eu andasse a ler coisas nos desvões as casas antigas,
mas porque passava uma boa prestação do meu ócio, a catar
selos antigos e recentes, tal era o bichinho do coleccionador de
estampas filatélicas .
Depois havia outro filão, também muito importante, que eram
os papéis de embrulho que passavam pela loja do meu tio Al-
berto, cada côr, seu uso .
Amarelo e azul esverdeado para sabão e produtos
químicos;
Avermelhado (com terra e palhas, à mistura) para
fruta e legumes; papel pardo, para acúcar e produtos secos
e ainda para tremoços, azeitonas, etc .
Para produtos mais finos, havia o papel vegetal, para o fiam-
bre e a manteiga ;
papel e 2 faces, para bolos, pão, etc .
Papel de seda, para fazer embrulhos de prendas .
Muitos anos mais tarde, 2 gerações depois,
desenvolvi intensa actividade no estudo e aplicação de papéis
diversos .
Ai, tomei o gosto pela cortagens e colagens, usando
o papel nas mais diversas maneiras, e ainda é hoje o meu ma-
terial preferido nos meus trabalhos e bonecos .
muito antes dos bancos da escola .
O papel vinha da papelaria/livraria A Havaneza, talvez por
ser o sítio onde antigamente se vendiam os charutos .
Fazia-me uma certa confusão ver, como uma misturada de
coisas, restos de papel velho, trapos, etc.,vinham a conver-
ter-se numa superfície plana, lisinha, onde se escrevia e de-
senhava .
Igual encanto conheci, quando estudei para técnico têxtil, e
presenciei o processo de transformação de milhares de fibras
de lã, num velo , em penteado e finalmente, em fio .
Mas voltando ao papel .
Era um material relativamente raro, sobretudo o papel fino
para escrever cartas de amôr e cartas comerciais.
Umas e outras exerciam um grande fascínio, porque uma eram
coloridas, com forros bonitos e marcas fora do vulgar .
Algumas das cartas amorosas, ainda tinham um certo aroma,
o que lhes d um certo mistérioava .
Não que eu andasse a ler coisas nos desvões as casas antigas,
mas porque passava uma boa prestação do meu ócio, a catar
selos antigos e recentes, tal era o bichinho do coleccionador de
estampas filatélicas .
Depois havia outro filão, também muito importante, que eram
os papéis de embrulho que passavam pela loja do meu tio Al-
berto, cada côr, seu uso .
Amarelo e azul esverdeado para sabão e produtos
químicos;
Avermelhado (com terra e palhas, à mistura) para
fruta e legumes; papel pardo, para acúcar e produtos secos
e ainda para tremoços, azeitonas, etc .
Para produtos mais finos, havia o papel vegetal, para o fiam-
bre e a manteiga ;
papel e 2 faces, para bolos, pão, etc .
Papel de seda, para fazer embrulhos de prendas .
Muitos anos mais tarde, 2 gerações depois,
desenvolvi intensa actividade no estudo e aplicação de papéis
diversos .
Ai, tomei o gosto pela cortagens e colagens, usando
o papel nas mais diversas maneiras, e ainda é hoje o meu ma-
terial preferido nos meus trabalhos e bonecos .
terça-feira, 19 de maio de 2015
A BATALHA DO MEDITERRÂNEO .
Chegam aos milhares, quase sempre clandestinamente,
sem dinheiro, sem papéis, sem nada, espoliados do preço
da travessia e vão morrendo pelo caminho, tratados como
gado para abate, na esperança de chegarem à Terra Prome-
tida, com o objectivo de juntar uns magros soldos, para en-
viar às famílias famintas .
Onde é que eu já vi este filme ...
Noutros mares, noutras terras, outras gentescom o mesmo
objectivo .
Sofrem tormentos incríveis, promessas enganadoras, partem
sem destino certo, à procura de uma oportunidade ilusória,
e nunca desistem .
Agora é a vez dos sub sahelianos, dos magrebinos, dos eritreus,
africanos de todas as raças e de todos os credos .
Porque fogem ?!...
De que fogem?!...
Ninguém quer defrontar-se com a raíz do problema .
É mais simples, mais fácil, mais limpo,
utilizar o argumento da canhoeira,
para evitar maus exemplos às portas da Europa .
Mas eles passarão,
e irão transformar o nosso desinfectado continente num
imenso inferno .
.
sem dinheiro, sem papéis, sem nada, espoliados do preço
da travessia e vão morrendo pelo caminho, tratados como
gado para abate, na esperança de chegarem à Terra Prome-
tida, com o objectivo de juntar uns magros soldos, para en-
viar às famílias famintas .
Onde é que eu já vi este filme ...
Noutros mares, noutras terras, outras gentescom o mesmo
objectivo .
Sofrem tormentos incríveis, promessas enganadoras, partem
sem destino certo, à procura de uma oportunidade ilusória,
e nunca desistem .
Agora é a vez dos sub sahelianos, dos magrebinos, dos eritreus,
africanos de todas as raças e de todos os credos .
Porque fogem ?!...
De que fogem?!...
Ninguém quer defrontar-se com a raíz do problema .
É mais simples, mais fácil, mais limpo,
utilizar o argumento da canhoeira,
para evitar maus exemplos às portas da Europa .
Mas eles passarão,
e irão transformar o nosso desinfectado continente num
imenso inferno .
.
O MUSEU DAS COISAS - 15 - OS SACOS DE PLÁSTICO .
Antigamente quando se ia ás compras, à mercearia, ao talho
ao lugar ou à praça, ou se levava um saco de pano ou serapil-
heira, para guardar os géneros, ou então eles eram embrulha-
dos em papel de qualidades rasca .
Era o tempo dos secos e molhados .
Com o advento os supermercados e a instauração da so-
ciedade de consumo, emergiram os sacos de plástico, quais
monstros sem cabeça .
Houve ao longo deste Sec. XX, várias revoluções industriais,
mas nenhuma tão abrangente e democrática, como a Revo-
lução de Plástico .
Longe vai o tempo, em que os géneros comestíveis eram em-
brulhados numa folha de figueira .
Mas o que era maravilha, rapidamente se veio a transform.ar
num imenso pesadelo .
Os sacos multiplicaram-se aos milhões, não se podem queimar
devido aos gases nocivos que produzem, e dada a sua natureza
e resistência, são indestructíveis, e na sua maioria, não biodegra-
dáveis .
Eis então o planeta invadido, não por animais selvagens, mas por
verdadeiros monstros de plástico, que estão a reduzir o espaço
outrora ocupado pelos oceanos .
São os Continentes de Plástico, um situado em pleno
Atlântico, e outro no Índico, onde se fazem já sentir os efeitos no-
civos sobre a navegação, e sobre a vida marinha .
O Homem produziu, em menos de meio século,
Monstros inimagináveis .
.
ao lugar ou à praça, ou se levava um saco de pano ou serapil-
heira, para guardar os géneros, ou então eles eram embrulha-
dos em papel de qualidades rasca .
Era o tempo dos secos e molhados .
Com o advento os supermercados e a instauração da so-
ciedade de consumo, emergiram os sacos de plástico, quais
monstros sem cabeça .
Houve ao longo deste Sec. XX, várias revoluções industriais,
mas nenhuma tão abrangente e democrática, como a Revo-
lução de Plástico .
Longe vai o tempo, em que os géneros comestíveis eram em-
brulhados numa folha de figueira .
Mas o que era maravilha, rapidamente se veio a transform.ar
num imenso pesadelo .
Os sacos multiplicaram-se aos milhões, não se podem queimar
devido aos gases nocivos que produzem, e dada a sua natureza
e resistência, são indestructíveis, e na sua maioria, não biodegra-
dáveis .
Eis então o planeta invadido, não por animais selvagens, mas por
verdadeiros monstros de plástico, que estão a reduzir o espaço
outrora ocupado pelos oceanos .
São os Continentes de Plástico, um situado em pleno
Atlântico, e outro no Índico, onde se fazem já sentir os efeitos no-
civos sobre a navegação, e sobre a vida marinha .
O Homem produziu, em menos de meio século,
Monstros inimagináveis .
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segunda-feira, 18 de maio de 2015
O TRILEMA DO PS .
Um Partido é, ou deveria ser, uma mistura
ponderada entre ideologia e paixão .
Acontece que, a maior parte das vezes, não é uma coisa, nem
outra .
Enquadra-se numa necessidade primária do preenchimento do
vazio .
É espantosa, a facilidade com que, quase cerca de 1 milhão de
votos atravessa o espectro político, à velocidade da luz, como se
nada de importante se passasse ...
É aflitiva a chantagem que os partidos mais importantes exer-
cem sobre o eleitorado, na ânsia de ganhar um pouco mais de
espaço .
Tentam explicar uma ilusória demarcação, ou dramatização,
num sistema político viciado e sem alternativas sérias .
Mas nada os salvará ...
.
ponderada entre ideologia e paixão .
Acontece que, a maior parte das vezes, não é uma coisa, nem
outra .
Enquadra-se numa necessidade primária do preenchimento do
vazio .
É espantosa, a facilidade com que, quase cerca de 1 milhão de
votos atravessa o espectro político, à velocidade da luz, como se
nada de importante se passasse ...
É aflitiva a chantagem que os partidos mais importantes exer-
cem sobre o eleitorado, na ânsia de ganhar um pouco mais de
espaço .
Tentam explicar uma ilusória demarcação, ou dramatização,
num sistema político viciado e sem alternativas sérias .
Mas nada os salvará ...
.
domingo, 17 de maio de 2015
O TRÔLHA A BOLA .
LOPETEGUI,
(será mesmo esse o seu nome ?...)
não teve t... para parabenizar o Benfica,
pela vitória no Campeonato,
afirmando na TV, que preferia dar os parabens
a todos aqueles que tinham contribuído para a vi-
toria do clube da Águia .
O estúpido não percebeu que foi ele um dos gran-
des ajudantes, na conquista do CãoPeonato pelo
arqui inimigo
.
(será mesmo esse o seu nome ?...)
não teve t... para parabenizar o Benfica,
pela vitória no Campeonato,
afirmando na TV, que preferia dar os parabens
a todos aqueles que tinham contribuído para a vi-
toria do clube da Águia .
O estúpido não percebeu que foi ele um dos gran-
des ajudantes, na conquista do CãoPeonato pelo
arqui inimigo
.
O ANAFADO GATARRÃO TEDESCO E O PEQUENO TARECO HELENO .
Já devem ter observado a cena,
Um gato a caçar um rato .
Começa por lhe dar uma forte patada, atirando
a vítima para bem longe .
Depois pára sàdicamente, a ver o resultado .
Se o rato se mexer, o gato pisa-o e segura-o pelo
rabo .
Depois dá-lhe uma unhada, para começar a sangrá-
lo .
Começa então uma estranha dança, alternando
pancadas, com paragens e unhadas
As unha contêm um veneno, que vai adormecendo
o pobre rato, ficando cada vez mais exausto .
Parece um filme do velho Oeste .
Mais umas pancadas, e o rato estará prestes a ser
empurrado para o forno quente assassino e ser final-
mente sacrificado .
OS BONS QUASE NUNCA VENCEM .
,
Um gato a caçar um rato .
Começa por lhe dar uma forte patada, atirando
a vítima para bem longe .
Depois pára sàdicamente, a ver o resultado .
Se o rato se mexer, o gato pisa-o e segura-o pelo
rabo .
Depois dá-lhe uma unhada, para começar a sangrá-
lo .
Começa então uma estranha dança, alternando
pancadas, com paragens e unhadas
As unha contêm um veneno, que vai adormecendo
o pobre rato, ficando cada vez mais exausto .
Parece um filme do velho Oeste .
Mais umas pancadas, e o rato estará prestes a ser
empurrado para o forno quente assassino e ser final-
mente sacrificado .
OS BONS QUASE NUNCA VENCEM .
,
sábado, 16 de maio de 2015
O MUSEU DAS COISAS - 14 - OS PLÁSTICOS .
O BIG BANG dos plásticos .
O pleneta espantoso dos plásticos explodiu no final da
IIª Guerra Mundial .
O Mundo tomou conhecimento desse facto através dos
GIs americanos, que espalharam as meias de Nylon por
todo o mundo .
Faziam esbugalhar os olhos das moçoilas europeias, à
míngua de homens, durante 5 longos anos .
Antes disso, as mulheres mais atrevidas, pintavam um
risco castanho , de alto a baixo, na parte traseira das per-
nas, facilitando o namoro às escuras .
Foi, certamente, um os maiores
incentivos para a explosão demográfica
de toda a história .
A abundância de petróleo conduziu ao aparecimento de
inúmeros novos produtos e materiais, de que se destacam
os plásticos, cada um com imensas propriedades novas,
que originavam os mais diversificados produtos .
Foi todo um mundo novo que se abriu, e que continua ainda
hoje dar-se a conhecer .
Não há nada que se não possa fabricar com poliamidas, estir-
enos, poliésteres, uma infinidade de compostos que mudaram
o mundo para melhor .
Qualquer dia, é o próprio homem que
vai ser talhado em plástico .
Aliá, muitas as peças do corpo humano, são já produzidas
com esses novos materiais .
.
O pleneta espantoso dos plásticos explodiu no final da
IIª Guerra Mundial .
O Mundo tomou conhecimento desse facto através dos
GIs americanos, que espalharam as meias de Nylon por
todo o mundo .
Faziam esbugalhar os olhos das moçoilas europeias, à
míngua de homens, durante 5 longos anos .
Antes disso, as mulheres mais atrevidas, pintavam um
risco castanho , de alto a baixo, na parte traseira das per-
nas, facilitando o namoro às escuras .
Foi, certamente, um os maiores
incentivos para a explosão demográfica
de toda a história .
A abundância de petróleo conduziu ao aparecimento de
inúmeros novos produtos e materiais, de que se destacam
os plásticos, cada um com imensas propriedades novas,
que originavam os mais diversificados produtos .
Foi todo um mundo novo que se abriu, e que continua ainda
hoje dar-se a conhecer .
Não há nada que se não possa fabricar com poliamidas, estir-
enos, poliésteres, uma infinidade de compostos que mudaram
o mundo para melhor .
Qualquer dia, é o próprio homem que
vai ser talhado em plástico .
Aliá, muitas as peças do corpo humano, são já produzidas
com esses novos materiais .
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sexta-feira, 15 de maio de 2015
A GRANDE REFORMA DOS BURROS .
Finalmente uma reforma estrutural de uma importância
espantosamente mirabolante .
O Nobo Acorde Ortofrábico
foi aprovado .
Ora pro nobis .
.
espantosamente mirabolante .
O Nobo Acorde Ortofrábico
foi aprovado .
Ora pro nobis .
.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
O SORRISO .
Não mais o sorriso largo e rasgado
de orelha a orelha,
por uma piada contada num grupo de amigos .
Não mais a gargalhada escancarada
daquelas que se propagam como labaredas,
à mesa do café .
Não mais aquele sorriso maroto, trocista,
que arrasta consigo,
pensamentos e desejos subentendidos .
Não mais o sorriso amarelo, fingido,
que corrói lentamente
e pode destruir os nossos sentimentos .
Talvez que possa resistir ainda
aquele sorriso cúmplice, solidário,
que nos protege e nos abraça .
Um sorriso, sim,
sereno, fraterno, amigo,
com os lábios entreabertos,
quase num soluço,
de quem já quase tudo passou na vida,
capaz de nos aquecer a alma
e carregar dentro e nós,
uma migalha de PAZ .
.
de orelha a orelha,
por uma piada contada num grupo de amigos .
Não mais a gargalhada escancarada
daquelas que se propagam como labaredas,
à mesa do café .
Não mais aquele sorriso maroto, trocista,
que arrasta consigo,
pensamentos e desejos subentendidos .
Não mais o sorriso amarelo, fingido,
que corrói lentamente
e pode destruir os nossos sentimentos .
Talvez que possa resistir ainda
aquele sorriso cúmplice, solidário,
que nos protege e nos abraça .
Um sorriso, sim,
sereno, fraterno, amigo,
com os lábios entreabertos,
quase num soluço,
de quem já quase tudo passou na vida,
capaz de nos aquecer a alma
e carregar dentro e nós,
uma migalha de PAZ .
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terça-feira, 12 de maio de 2015
A GARRAIADA EUROPEIA .
A matança do porco,
(com licença do porco).
Tenho uma dúvida metafísica, pois fiquei baralhado
entre o porco alemão e o porco grego .
São conhecidas as potencialidades da pecuária alemã,
enquanto que porco grego tem vindo a minguar dras-
ticamente, face aos sucessivos sangramentos a que tem
vindo a ser submetido nos últimos anos .
O grego, é porco manso certamente, sacrificado por
roubos, desfalques e outras patifarias, a cargo do por-
co rico, altivo, garganeiro e desonesto .
Constantemente trabalhado com ferros curtos, banda-
rilhas, sangrado vezes sem conta, até à exaustão final .
Dizem que as touradas são espectáculos atentatórios
dos animais .
Imaginem agora se tal tratamento é infligido a países
soberanos, aos seus habitantes, às suas crenças e à
sua História.
Que Europa é esta que permite tais enxovalhos,
a Europa rica que nunca pagou as suas dívidas, que vem
ocupando povos escravizados, cujo maior pecado é terem
sempre um sorriso nos lábios .
Que Europa é esta que perdoou os crimes do nazismo,
cresceu para derrubar o Muro de Berlim e o Comunis-
mo, mas que o objectivo central era preecnher o vazio na
Europa Central .
Morto o touro, de todo o lado aparecem as chocas cas-
tradas e taralhoucas, para arrastar o bicho para bem
longe .
Largam outro manso, para gáudio dos abutres e outra
passarada .
.
(com licença do porco).
Tenho uma dúvida metafísica, pois fiquei baralhado
entre o porco alemão e o porco grego .
São conhecidas as potencialidades da pecuária alemã,
enquanto que porco grego tem vindo a minguar dras-
ticamente, face aos sucessivos sangramentos a que tem
vindo a ser submetido nos últimos anos .
O grego, é porco manso certamente, sacrificado por
roubos, desfalques e outras patifarias, a cargo do por-
co rico, altivo, garganeiro e desonesto .
Constantemente trabalhado com ferros curtos, banda-
rilhas, sangrado vezes sem conta, até à exaustão final .
Dizem que as touradas são espectáculos atentatórios
dos animais .
Imaginem agora se tal tratamento é infligido a países
soberanos, aos seus habitantes, às suas crenças e à
sua História.
Que Europa é esta que permite tais enxovalhos,
a Europa rica que nunca pagou as suas dívidas, que vem
ocupando povos escravizados, cujo maior pecado é terem
sempre um sorriso nos lábios .
Que Europa é esta que perdoou os crimes do nazismo,
cresceu para derrubar o Muro de Berlim e o Comunis-
mo, mas que o objectivo central era preecnher o vazio na
Europa Central .
Morto o touro, de todo o lado aparecem as chocas cas-
tradas e taralhoucas, para arrastar o bicho para bem
longe .
Largam outro manso, para gáudio dos abutres e outra
passarada .
.
A CONSTRUÇÃO .
Vi-te a trabalhar companheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Construir as cidades para os outros
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Que força é essa amigo
Que força é essa amigo
Que trazes contigo
Que te põe de bem com os outros
E de mal contigo
Que força é essa amigo
Que força é essa amigo
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Sérgio Godinho
.
Vi-te a trabalhar companheiro
Construir as cidades para os outros
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Que força é essa amigo
Que força é essa amigo
Que trazes contigo
Que te põe de bem com os outros
E de mal contigo
Que força é essa amigo
Que força é essa amigo
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Vi-te a trabalhar companheiro
Sérgio Godinho
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segunda-feira, 11 de maio de 2015
PARA QUE SERVE A ARTE ? .
Qual o verdadeiro papel da arte ?.
Provavelmente papel de embrulho .
A maior parte as pessoas que contactam com uma
pretensa obra de arte, tem uma reacção epidérmica,
e uma postura desinteressada e desinteressante
acerca dos objectos mostrados .
Há sempre quem goste, quem se interesse, mas uma
parte numerosa das pessoas, olha a arte e os artistas,
com um certo desdém e mesmo com uma ponta de
inveja .
Apesar de tudo, há gente que arrisca em a mostrar-
se e submeter-se a um veredicto .
Por vezes, até dói um pouco, o tipo de comentários
e críticas apresentadas .
Ossos do ofício .
Mas há um lado bom nesta aventura .
Há sempre pessoas que, honestamente, apreciam o nos-
so trabalho, que nas dizem coisas agradáveis e simpá-
ticas, e esse é o alimento que o nosso Ego precisa para
seguir viagem .
OBRIGADO .
.
Provavelmente papel de embrulho .
A maior parte as pessoas que contactam com uma
pretensa obra de arte, tem uma reacção epidérmica,
e uma postura desinteressada e desinteressante
acerca dos objectos mostrados .
Há sempre quem goste, quem se interesse, mas uma
parte numerosa das pessoas, olha a arte e os artistas,
com um certo desdém e mesmo com uma ponta de
inveja .
Apesar de tudo, há gente que arrisca em a mostrar-
se e submeter-se a um veredicto .
Por vezes, até dói um pouco, o tipo de comentários
e críticas apresentadas .
Ossos do ofício .
Mas há um lado bom nesta aventura .
Há sempre pessoas que, honestamente, apreciam o nos-
so trabalho, que nas dizem coisas agradáveis e simpá-
ticas, e esse é o alimento que o nosso Ego precisa para
seguir viagem .
OBRIGADO .
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sábado, 9 de maio de 2015
O MUSEU AS COISAS - 13 - O CHEIRO DOS ÓLEOS .
Havia um pintor de Coimbra, que costumava passar as férias
de Verão na minha terra .
Cavalete e caixa às costas, saía da pensão e ia por aí .
Percorria as ruas, os becos, as hortas, observava as casas vel-
has, as escadas gastas, os portões de ferro, as figuras serranas,
as paisagens rurais, e o céu derramando luz por todo o lado .
Como não tinha mais nada que fazer, agarrava-me ao pintor Jo-
sé Contente, de seu nome, como uma carraça, e seguia-o por to-
da a parte .
O homenzinho bem me enxotava , e tudo fazia para me pôr a de-
sandar .
Depressa percebeu que eu gostava mesmo de o ver trabalhar,e
começou a tratar-me como um cão de guarda .
Acabámos por nos habituar um ao outro .
A minha gente achava piada, e até me soltou a coleira do mau
comportamento que sempre me acompanhava .
Quando o Pintor pintava com aguarelas, eu estava no Céu,
mas quando usava os óleos, começava a enjoar com o cheiro, e
acabei por desistir das minhas aulas de pintura .
E nunca mais me habituei a pintar a óleo .
.
de Verão na minha terra .
Cavalete e caixa às costas, saía da pensão e ia por aí .
Percorria as ruas, os becos, as hortas, observava as casas vel-
has, as escadas gastas, os portões de ferro, as figuras serranas,
as paisagens rurais, e o céu derramando luz por todo o lado .
Como não tinha mais nada que fazer, agarrava-me ao pintor Jo-
sé Contente, de seu nome, como uma carraça, e seguia-o por to-
da a parte .
O homenzinho bem me enxotava , e tudo fazia para me pôr a de-
sandar .
Depressa percebeu que eu gostava mesmo de o ver trabalhar,e
começou a tratar-me como um cão de guarda .
Acabámos por nos habituar um ao outro .
A minha gente achava piada, e até me soltou a coleira do mau
comportamento que sempre me acompanhava .
Quando o Pintor pintava com aguarelas, eu estava no Céu,
mas quando usava os óleos, começava a enjoar com o cheiro, e
acabei por desistir das minhas aulas de pintura .
E nunca mais me habituei a pintar a óleo .
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sexta-feira, 8 de maio de 2015
A ESTRATÉGIA DO PÊLO PÚBICO .
Por um pintelho se ganham eleições,
por um pintelho se perdem .
(citando o Ministro Catroga ) .
Está agora na moda tratar a política por avos, cagasésimos,
pintelhos, pêlos púbicos, em vez de se abordarem as grandes
questões políticas nacionais .
Tudo se discute à percentagem, real, comparada, homóloga,
etc., como se essas minudências tivessem qualquer importan-
cia, dada a enorme aldrabice com que os números são mani-
pulados, de todas as maneiras possíveis e imaginárias .
O Governo faz o seu papel .
Engana tudo e todos .
Mas a oposição, que diabo, porque vai nessa marmelada ...
Sobretudo o PS ?.
Quanto vale realmente a dívida e o défice ?.
O PIB e o ordenado mínimo ?.
Farão alguma ideia, essas cabecinhas bem penteadas e escanhoadas,
vomitando números à toa, das dificuldades e dramas que se apresen-
tam todos os dias, a milhões de portugueses, para porem alguma coisa
na mesa para rilhar ...
Cuspir números, de barriga cheia,
vou ali e já venho ...
.
por um pintelho se perdem .
(citando o Ministro Catroga ) .
Está agora na moda tratar a política por avos, cagasésimos,
pintelhos, pêlos púbicos, em vez de se abordarem as grandes
questões políticas nacionais .
Tudo se discute à percentagem, real, comparada, homóloga,
etc., como se essas minudências tivessem qualquer importan-
cia, dada a enorme aldrabice com que os números são mani-
pulados, de todas as maneiras possíveis e imaginárias .
O Governo faz o seu papel .
Engana tudo e todos .
Mas a oposição, que diabo, porque vai nessa marmelada ...
Sobretudo o PS ?.
Quanto vale realmente a dívida e o défice ?.
O PIB e o ordenado mínimo ?.
Farão alguma ideia, essas cabecinhas bem penteadas e escanhoadas,
vomitando números à toa, das dificuldades e dramas que se apresen-
tam todos os dias, a milhões de portugueses, para porem alguma coisa
na mesa para rilhar ...
Cuspir números, de barriga cheia,
vou ali e já venho ...
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quinta-feira, 7 de maio de 2015
PAÍS DE CASTRADOS
Que se passa com a TAP ?.
O que quer o Governo ?.
E a Administração da Companhia ?.
Qual é o objectivo dos sindicatos dos pilotos ?.
De quais deles ?.
E os outros sindicatos ?.
E os outros trabalhadores ?.
E os Passageiros ?.
E o publico em geral ?.
E o País ?.
País e castrados .
País e palhaços .
País de idiotas .
Já sei que o PR faz de conta que é PR .
Faz de conta que faz .
Faz de conta
Faz.
JAZ .
.
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O que quer o Governo ?.
E a Administração da Companhia ?.
Qual é o objectivo dos sindicatos dos pilotos ?.
De quais deles ?.
E os outros sindicatos ?.
E os outros trabalhadores ?.
E os Passageiros ?.
E o publico em geral ?.
E o País ?.
País e castrados .
País e palhaços .
País de idiotas .
Já sei que o PR faz de conta que é PR .
Faz de conta que faz .
Faz de conta
Faz.
JAZ .
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quarta-feira, 6 de maio de 2015
ELEMENTAR, CARO ANÍBAL .
" Pela informação que me foi dada(...),
não vejo que haja qualquer coisa que eu,
pessoalmente, possa acrescentar " .
Presidente Cavaco Silva .
.
não vejo que haja qualquer coisa que eu,
pessoalmente, possa acrescentar " .
Presidente Cavaco Silva .
.
A MORTE LENTA .
Custa-me assistir ao estertor de um partido que já foi grande
e decisivo nas batalhas pela Liberdade em Portugal .
Que conduziu as bandeiras da democracia e do desenvolvimento
durante tantos anos
Hoje tudo está mudado, para pior .
É um partido velho, anquilosado, raquítico, que em vez de levar
transfusões de sangue novo, é sangrado constantemente, cada vez
mais fundo, até mirrar por completo .
Não se trata de sadomasoquismo barato.
É a realidade pura e dura .
O tempo passa depressa, mas não se compadece com a falta das me-
didas que urge desencadear, para reconstruir o navio naufragado e
abandonado, como se lixo se tratasse .
A erupção de António Costa foi a última
miragem .
Instalado o reino da vaidade e da mediocridade, como vai o navio ser
desencalhado e reposto a navegar em águas seguras .
São necessárias grandes reparações para atingir a velocidade de cru-
zeiro, afinar as máquinas, põr combustível novo,
e zarpar,
como diria o saudoso Zeca Afonso .
.
e decisivo nas batalhas pela Liberdade em Portugal .
Que conduziu as bandeiras da democracia e do desenvolvimento
durante tantos anos
Hoje tudo está mudado, para pior .
É um partido velho, anquilosado, raquítico, que em vez de levar
transfusões de sangue novo, é sangrado constantemente, cada vez
mais fundo, até mirrar por completo .
Não se trata de sadomasoquismo barato.
É a realidade pura e dura .
O tempo passa depressa, mas não se compadece com a falta das me-
didas que urge desencadear, para reconstruir o navio naufragado e
abandonado, como se lixo se tratasse .
A erupção de António Costa foi a última
miragem .
Instalado o reino da vaidade e da mediocridade, como vai o navio ser
desencalhado e reposto a navegar em águas seguras .
São necessárias grandes reparações para atingir a velocidade de cru-
zeiro, afinar as máquinas, põr combustível novo,
e zarpar,
como diria o saudoso Zeca Afonso .
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segunda-feira, 4 de maio de 2015
A EXPOSIÇÃO .
Digo sempre que a Exposição que faço, é a última .
Acabo por vir sempre a ceder à procura de protagonismo.
Claro que gosto que as pessoas admirem o meu trabalho,
porque isso pode ser um atalho para que gostem de mim .
Mas é um grande engano, que a ventura não deixa durar
muito ..
Uma Exposição é sempre uma exposição, física e psico-
lógica, grande fonte de stess, radiografia das minhas
fragilidades e inseguranças .
É sempre a dúvida sistemática que me acompanha e me
atrofia .
Dispo-me de corpo e alma e, muitas vezes, não gosto do
que vejo .
Não que tenha a pretensão de atingir a perfeição .
Também não sou nenhum sapateiro .
O problema é que há sempre o risco de, por tanto procu-
rar a beleza, vir a cair no reino do ridículo .
.
Acabo por vir sempre a ceder à procura de protagonismo.
Claro que gosto que as pessoas admirem o meu trabalho,
porque isso pode ser um atalho para que gostem de mim .
Mas é um grande engano, que a ventura não deixa durar
muito ..
Uma Exposição é sempre uma exposição, física e psico-
lógica, grande fonte de stess, radiografia das minhas
fragilidades e inseguranças .
É sempre a dúvida sistemática que me acompanha e me
atrofia .
Dispo-me de corpo e alma e, muitas vezes, não gosto do
que vejo .
Não que tenha a pretensão de atingir a perfeição .
Também não sou nenhum sapateiro .
O problema é que há sempre o risco de, por tanto procu-
rar a beleza, vir a cair no reino do ridículo .
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sábado, 2 de maio de 2015
INFOEXCLUÍDO .
A primeira vez que vi um computador, foi no Centro de
Cálculo da Gulbenkian, num edifício na rua D. João V, às
Amoreiras.
Ocupava uma sala inteira, e tinha acessórios noutros de-
partamentos desse Centro .
Fui visitar o bicharoco com o meu irmão economista, que
trabalhava como adjunto de Cavaco Silva, bolseiro da Fun-
dação .
Já no fim do meu curso, contactei com malta que começava
os primeiros passos de computação, num espaço no átrio do
Pavilhão Central, do IST .
Faziam-se então algumas experiêrncias, junto de alguns do-
centes e poucos alunos interessados nesta nova tecnologia .
Dado o imenso tempo perdido com o Serviço Militar, comecei
posteriormente a trabalhar na Direcção Geral de Energia, sem-
pre muito afastado das questões informáticas .
Eu próprio me auto excluí, por razões diversas,
Julgava que eu conseguiria resolver as questões que se me de-
paravam, pelos processos tradicionais, mas estava completa-
mente enganado .
Fiquei pois completamente info excluído ,
durante muitos anos .
Só com a utilização do Blog Tertúlia do Garcia,
me adaptei ao uso as novas tecnologias de informação .
Junto uma pequena nota com alguma piada .
Quando o antigo Presidente Américo Thomaz , levou ao Porto
a Ex.ma esposa D. Gertrudes, a uma feira de material de com-
putação, aconteceu que ,
Baralhada, a pobre senhora perguntou inocentemente :
- E essa máquina fala ?.
Responde o técnico, divertido :
- Não, não fala, computa .
.
Cálculo da Gulbenkian, num edifício na rua D. João V, às
Amoreiras.
Ocupava uma sala inteira, e tinha acessórios noutros de-
partamentos desse Centro .
Fui visitar o bicharoco com o meu irmão economista, que
trabalhava como adjunto de Cavaco Silva, bolseiro da Fun-
dação .
Já no fim do meu curso, contactei com malta que começava
os primeiros passos de computação, num espaço no átrio do
Pavilhão Central, do IST .
Faziam-se então algumas experiêrncias, junto de alguns do-
centes e poucos alunos interessados nesta nova tecnologia .
Dado o imenso tempo perdido com o Serviço Militar, comecei
posteriormente a trabalhar na Direcção Geral de Energia, sem-
pre muito afastado das questões informáticas .
Eu próprio me auto excluí, por razões diversas,
Julgava que eu conseguiria resolver as questões que se me de-
paravam, pelos processos tradicionais, mas estava completa-
mente enganado .
Fiquei pois completamente info excluído ,
durante muitos anos .
Só com a utilização do Blog Tertúlia do Garcia,
me adaptei ao uso as novas tecnologias de informação .
Junto uma pequena nota com alguma piada .
Quando o antigo Presidente Américo Thomaz , levou ao Porto
a Ex.ma esposa D. Gertrudes, a uma feira de material de com-
putação, aconteceu que ,
Baralhada, a pobre senhora perguntou inocentemente :
- E essa máquina fala ?.
Responde o técnico, divertido :
- Não, não fala, computa .
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sexta-feira, 1 de maio de 2015
a novíssima censura .
Então estes marracuecos que integram o arco da
governação, queriam parir uma lei que iria condi-
cionar fortemente as liberdades, durante a campa-
nha eleitoral ?...
Estes carcamanos passaram-se .
Que te deu, Ó Costa do Castelo ?
Ó Antoninho, passa cá o vinho
Vai um golinho,
Ó Coelinho, vai um copinho,
bem cheínho .
Isto é que vai uma crise ...
.
governação, queriam parir uma lei que iria condi-
cionar fortemente as liberdades, durante a campa-
nha eleitoral ?...
Estes carcamanos passaram-se .
Que te deu, Ó Costa do Castelo ?
Ó Antoninho, passa cá o vinho
Vai um golinho,
Ó Coelinho, vai um copinho,
bem cheínho .
Isto é que vai uma crise ...
.
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