sexta-feira, 3 de abril de 2015

AS CHINESICES .

Não que seja decisiva para as pretensões do PS, a enorme
derrota que sofreu nas eleições regionais da Madeira,
mas constitui, certamente, um mau prenúncio para o próximo
futuro os socialistas .

Confesso que, apesar de tudo, esperava 
bastante mais, do consulado de António 
Costa.

Mas as coisa são como são .

Refém das circunstâncias relacionadas com a crise económica
e financeira, espartilhado pelas condições impostas pelo ajusta-
mento internacional, tendo em conta o processo pouco transpa-
rente de transferência de poder, de Seguro, para Costa, dada a
falta de estratégia bem definida para derrotar a direita, que pos-
sibilite uma descolagem clara do governo e, ainda, uma escolha
pouco judiciosa e mesmo errática  dos putativos dirigentes que
pretendem tomar o poder nas próximas legislativas,

é natural que o Partido Socialista (como de resto se verificou na
República as Bananas da Madeira),
não esteja a conseguir juntar forças suficientes para desbaratar,
sem sombra de dúvida, esta choldra que nos desgoverna e empo-
brece, há  já quatro longos e dramáticos anos .

O tacticismo só pode ser eficaz, se for guar-
necido por uma estratégia ambiciosa, clara, 
assumida e com o alvo correctamente 
definido .

A realização das primárias no PS,
e a assumpção plena da candidatura ao cargo de primeiro e
a  pretensão de uma maioria absoluta, foram passos impor-
tantes para esses desideratos,

mas tudo isso é muito pouco, se quisermos
mudar de política e de país .
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