sábado, 18 de julho de 2015

O OVO DA SERPENTE

A Europa esteve quase a implodir .

Longe de acalmar os apetites mais nacionalistas,
começou a decantar as diferentes camadas sobre-
postas que a compôem .

Só não compreendo, como deixaram que o proces-
so chegar tão longe .

Ouço os colunistas de diferentes matizes, 
e fico arrepiado com as análises que expedem .
Por detrás de pequena camada do verniz, que depres-
sa estalou, desesapareceu a frágil cola que unia os pe-
daços de uma Europa estilhaçada .

Sim, a Alemanha é a maior culpada .
Foi ocupando o vazio deixado a Leste e a Sul .

O UK farejou o problema, e logo se distanciou da
trapalhada do Euro .

A França vem coleccionando derrota após derrota, des-
de a queda do império de Napoleão .

A Espanha e a Itália. de há muito que se debatem e
desgastam com as questões dos nacionalismos locais.

A Jugoslávia foi pulverizada, antes e depois a Cimeira 
de Lisboa, pelos tontos europeus, que nada sabem da
História, da Política e da Estratégia .

A Queda do Muro de Berlim, 
que deveria abrir as portas a uma era de Paz e Prospe-
ridade para todo o Continente,

veio a revelar-se, afinal, mais uma vez,
o Ovo da Serpente, que poderá arrastar a sua destrui-
ção .
.