segunda-feira, 9 de junho de 2008

O ASSASSÍNIO DE HUMBERTO DELGADO

A biografia do general Humberto Delgado publicada em Maio deste ano, pelo seu
neto Frederico Delgado Rosa, afirma que o general foi morto a paulada e não a
tiro, disparado pelo agente Casimiro Monteiro.
A versão da morte com arma de fogo foi apresentada no acórdão final do
tribunal que julgou os elementos da pide envolvidos no caso.
O pide Casimiro foi deste modo transformado em único bode expiatório do
crime.
Os relatórios das autópsias do cadáver revelaram que o general sofreu
sucessivas pancadas na cabeça e que morreu devido a elas
”, indiciando um
crime premeditado e violento, num ajuste de contas selvático contra o homem
que ousou desafiar o ditador de Santa Comba.
A autópsia foi feita em Espanha logo a seguir a descoberta do corpo na
localidade de Villanueva del Fresno.
O processo relativo ao assassínio ficou naquele país, e só em 1977 é que o
mesmo foi entregue a Portugal, tendo ficado à guarda das entidades
judiciais competentes.
A tese do assassinato a tiro constitui assim "uma mentira grosseira que
serviu para ilibar a hierarquia superior da pide e o próprio Salazar
”.
Deste modo continuam sem resposta as seguintes perguntas:

- Quem mandou matar Humberto Delgado?

- Quem organizou a matança?

- Quem executou o massacre

- Quem encobriu a verdade durante tanto tempo?

-

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