Que triste espectáculo o desta reles novela do Orçamento de Estado.
Um autêntico romance de cordel.
Dir-se-ia uma peça surrealista, ou um quadro de uma revista à portu-
guesa, de baixa categoria.
Nem sequer faltou o Compère, nem as coristas espanholas.
Que Vergonha.
Que performance.
Não cheguei a perceber se a coisa era para rir ou para chorar.
Se se tratou de uma fiesta tauromática, ou de um burlesco com palha-
ços aprendizes.
Até teve direito a troféu, mostrado à saciedade por um dos diestros,
para gáudio da arraia miúda.
Enquanto a rábura se ia desenrolando, os juros da dívida iam atingindo
máximos, uns a seguir aos outros.
Os agiotas e os abures deleitavam-se com o show incrível e lastimável
que o nosso país lhes proporcionava.
Sempre a chupar-nos o sangue.
Uma corja.
Um nôjo.
Uma vergonha.
Quem encenou esta Palhaçada?
Quem permitiu a sua representação?
O país merece que seja tratado desta maneira.
Com artistas destes, o espectáculo mediático rejubila.
Mais palavras para quê.
Deixem trabalhar artistas desta qualidade.
A realidade supera grandemente a ficção.
Obrgados pois, portugueses.
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