O meu tio Zé Nini .
Sem querer, olhei para a Televisão, e dei com um fantasma
de muito má memória .
Era ele , o velhote de Boliqueime ...
Velho, ressequido, deitando espuma pela boca, vociferando
umas patacoadas sem jeito, vingativo, asqueroso, dizendo mal
de tudo e de todos .
Aí estava ele no seu melhor .
O que faz esta múmia descarnada no Carnaval de Castelo de Vide ?
Fugi criancinhas, que o homem do saco
voltou .
Fechem portas e janelas, que anda por aí, outra vez, o leproso .
O cadáver ambulante .
Será que é com este paspalho, saído do baú da naftalina, o teaser
do PSD; para as autárquicas que se aproximam ...
Até Sá Carneiro se vai levantar do cemitério .
.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
NAZISMO à PORTUGUESA .
O que é que fará com que a natureza humana reaja de maneira
tão canalha, em determinadas ocasiões .
Não há limites
para a ruindade das pessoas .
Há quase 2 meses que os bombeiros fazem um esforço sobre hu-
mano , para salvar vidas, animais, bens, máquinas e outros uten-
sílios, sem horário, sem comer, sem beber, sem dormir, sem des-
cansar,
e há gente e instituições, que em vez e ajudar a minorar as dificul-
dades sentidas pelos Soldados da Paz, andam por aí, infiltrados, a
tramar a sua vida, chegando ao ponto de surripiar as parcas ra-
ções a que têm moral e legitimamente direito .
Ao que chegámos .
Cuidado,
que andam por aí nazis à solta .
.
tão canalha, em determinadas ocasiões .
Não há limites
para a ruindade das pessoas .
Há quase 2 meses que os bombeiros fazem um esforço sobre hu-
mano , para salvar vidas, animais, bens, máquinas e outros uten-
sílios, sem horário, sem comer, sem beber, sem dormir, sem des-
cansar,
e há gente e instituições, que em vez e ajudar a minorar as dificul-
dades sentidas pelos Soldados da Paz, andam por aí, infiltrados, a
tramar a sua vida, chegando ao ponto de surripiar as parcas ra-
ções a que têm moral e legitimamente direito .
Ao que chegámos .
Cuidado,
que andam por aí nazis à solta .
.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
OS FENÓMENOS EXTREMOS .
Deus é uma pessoa do contra .
No dia em que bolei o meu plano para acabar com o problema dos fogos,
eis que começa a chover cães e gatos, e lá se vai a minha teoria por água
abaixo .
Literalmente .
Já começava a ter grandiosas ideias para realizar o meu projecto, de deser-
tificar por completo Portugal, e construir tudo de novo, de modo a proteger
os velhos e velhas, os eremitas, as pessoas acamadas, os nostálgicos do che-
ro a resinosas e a eucaliptos, os amantes sinceros e devotados de um bom in-
cêndio a valer, um espectáculo digno de uns quantos Neros, espalhados pe-
las serras, bem escondidos para actuar de rompante, e sem qalquer prévio
aviso ou preparação .
E lá se vai apagar aquela ideia tão brilhante,
que a até o Sol quis destruir .
Mas eu não me fico .
Fica para outra vez, se as condições se mostrarem propícias .
Com o Planeta a aquecer desta maneira, em breve reencontrarei Calígula,
um sujeitinho também dado a estas coisas de fogos .
Aqui fica a minha promessa .
.
No dia em que bolei o meu plano para acabar com o problema dos fogos,
eis que começa a chover cães e gatos, e lá se vai a minha teoria por água
abaixo .
Literalmente .
Já começava a ter grandiosas ideias para realizar o meu projecto, de deser-
tificar por completo Portugal, e construir tudo de novo, de modo a proteger
os velhos e velhas, os eremitas, as pessoas acamadas, os nostálgicos do che-
ro a resinosas e a eucaliptos, os amantes sinceros e devotados de um bom in-
cêndio a valer, um espectáculo digno de uns quantos Neros, espalhados pe-
las serras, bem escondidos para actuar de rompante, e sem qalquer prévio
aviso ou preparação .
E lá se vai apagar aquela ideia tão brilhante,
que a até o Sol quis destruir .
Mas eu não me fico .
Fica para outra vez, se as condições se mostrarem propícias .
Com o Planeta a aquecer desta maneira, em breve reencontrarei Calígula,
um sujeitinho também dado a estas coisas de fogos .
Aqui fica a minha promessa .
.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
UMA IDEIA ARDENTE .
Agora que parece que já acabou a época dos fogos (embora
ainda ontem ficassem feridos mais 3 bombeiros, no incêndio
de Pinhel),
está na hora de avançar com novas ideias e propostas para com-
bater a sério o drama dos fogos florestais, com novas políticas
e estratégias, tendentes a acabar radicalmente com este flagelo
que nos invade todos os meses de Verão .
Têm aparecido nos media ideias mais de mil para solucionar a
questão, mas tudo não passa de meros paliativos, que só fazem
é prolongar indefinidamente, o rosário de morte e de dôr, de ca-
lamidade e de sofrimento, sentidos na carne por milhares de por-
tugueses, que teimam obstinadamente em viver no interior pro-
fundo, tantas vezes sem os mínimos cuidados e privilégios .
Está tudo errado .
Há décadas, ou séculos mesmo, que a floresta só dá rendimento
para uns quantos crápulas, que vivem do pinheiro e do eucalipto,
somente para os esfarelar para fazer papel, que se vai usando cada
vez menos .
Até os madeireiros estão em vias de extinção, pois que a popula-
ção vai minguando cada vez mais .
Só a chatice de fazer crianças, o trabalhão e as preocupações que
isso acarreta .
A trave mestra da nova política é
Fazer arder, de uma só vez, o país
inteiro,
de forma ordenada e coordenada,
poupando desta maneira , o dinheiro
gasto em bombeiros, em capitais in-
vestidos nas florestas, em seguros, em
protecção civil e tudo o mais,
e construindo aldeias modelo, bem si-
tuadas e equipadas, onde o fogo nunca,
em situação alguma, pudesse chegar .
Não viveríamos todos mais felizes .
Ou será apenas mais uma ideia obtusa ?!?...
.
ainda ontem ficassem feridos mais 3 bombeiros, no incêndio
de Pinhel),
está na hora de avançar com novas ideias e propostas para com-
bater a sério o drama dos fogos florestais, com novas políticas
e estratégias, tendentes a acabar radicalmente com este flagelo
que nos invade todos os meses de Verão .
Têm aparecido nos media ideias mais de mil para solucionar a
questão, mas tudo não passa de meros paliativos, que só fazem
é prolongar indefinidamente, o rosário de morte e de dôr, de ca-
lamidade e de sofrimento, sentidos na carne por milhares de por-
tugueses, que teimam obstinadamente em viver no interior pro-
fundo, tantas vezes sem os mínimos cuidados e privilégios .
Está tudo errado .
Há décadas, ou séculos mesmo, que a floresta só dá rendimento
para uns quantos crápulas, que vivem do pinheiro e do eucalipto,
somente para os esfarelar para fazer papel, que se vai usando cada
vez menos .
Até os madeireiros estão em vias de extinção, pois que a popula-
ção vai minguando cada vez mais .
Só a chatice de fazer crianças, o trabalhão e as preocupações que
isso acarreta .
A trave mestra da nova política é
Fazer arder, de uma só vez, o país
inteiro,
de forma ordenada e coordenada,
poupando desta maneira , o dinheiro
gasto em bombeiros, em capitais in-
vestidos nas florestas, em seguros, em
protecção civil e tudo o mais,
e construindo aldeias modelo, bem si-
tuadas e equipadas, onde o fogo nunca,
em situação alguma, pudesse chegar .
Não viveríamos todos mais felizes .
Ou será apenas mais uma ideia obtusa ?!?...
.
domingo, 27 de agosto de 2017
Toma lá, que é democrático .
Parece que ainda estou a ver o olho do Jeff Bush,
a mirar os furinhos do boletim de voto, na eleição
presidencial no Estado da Flórida, que ainda usava
uma maquina completamente obsoleta, que dava os
votos que se quisesse .
Recordo com saudade as primeiras eleições na
Rússia, onde tudo foi usado para dar a vitória
ao bêbado Yeltsin,
dinheiro a rodos, chapeladas e mais chapeladas,
para que o Partido Comunista fosse arreado do
poder .
Agora, em Angola, a imensa maioria dos observa-
dores nacionais e internacionais, veio considerar
as eleições angolanas correctas, justas e democráti-
cas .
Quase todos não, os da UNITA e uma boa parte dos
media portuguesa, continua a protestar e a renegar
a realidade .
A UE também não quis verificar o acto eleitoral em
Angola,
mas aceita os resultados do Burkina Fasso e da
Guiné Equatorial .
.
a mirar os furinhos do boletim de voto, na eleição
presidencial no Estado da Flórida, que ainda usava
uma maquina completamente obsoleta, que dava os
votos que se quisesse .
Recordo com saudade as primeiras eleições na
Rússia, onde tudo foi usado para dar a vitória
ao bêbado Yeltsin,
dinheiro a rodos, chapeladas e mais chapeladas,
para que o Partido Comunista fosse arreado do
poder .
Agora, em Angola, a imensa maioria dos observa-
dores nacionais e internacionais, veio considerar
as eleições angolanas correctas, justas e democráti-
cas .
Quase todos não, os da UNITA e uma boa parte dos
media portuguesa, continua a protestar e a renegar
a realidade .
A UE também não quis verificar o acto eleitoral em
Angola,
mas aceita os resultados do Burkina Fasso e da
Guiné Equatorial .
.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Notas sobre o País do Galo Negro .
Dos acontecimentos mais antigos, pouco ou nada se sabe
de concreto .
Pouco se conhece do que se passou em Angola, antes dos
quinhentos anos que aquele País foi pura e simplesmente
transformado numa colónia rentável para as os impérios,
europeus, incluindo Portugal .
O Congresso de Berlim redesenhou o mapa das colónias,
mas apenas acabou com algumas rivalidades, quanto à divi-
são das imensas riquezas do Continente Africano .
Só com o alvorecer da II ª Guerra Mundial, com a participa-
ção de soldados africanos e asiáticos, na batalha global contra
o 3ºReich, se abriram levemente, as portas ao incipiente naciona-
lismo africano (e asiático) .
Mas somente com a Conferência de Bandung, com o apareci-
mento dos países ditos do Terceiro Mundo, sob a égide de
Nerhu, Nasser e Tito, nasceu um novo bloco na cena interna-
cional, designadamente no seio da ONU, é que esses naciona-
lismos ganharam carta de alforria .
Muita água no entanto iria correr nos rios angolanos até se po-
der falar de Democracia em Angola .
O desencadear da Guerra de Libertação dos Povos de Angola,
contra o o regime fascista de Lisboa, a Guerra Civil entre os dife-
rentes movimentos alinhados com os diferentes blocos que sus-
tentavam a Guerra Fria, e mais tarde, o envolvimento das pró-
prias potências em causa, numa mortífera guerra fraticida, que
Cuba e a URSS acabariam por ganhar .
Quanto custou, em vidas humanas, em riquezas, em ódio e raiva,
toda essa caminhada até se chegar a um ideia de Democracia An-
golana .
.
de concreto .
Pouco se conhece do que se passou em Angola, antes dos
quinhentos anos que aquele País foi pura e simplesmente
transformado numa colónia rentável para as os impérios,
europeus, incluindo Portugal .
O Congresso de Berlim redesenhou o mapa das colónias,
mas apenas acabou com algumas rivalidades, quanto à divi-
são das imensas riquezas do Continente Africano .
Só com o alvorecer da II ª Guerra Mundial, com a participa-
ção de soldados africanos e asiáticos, na batalha global contra
o 3ºReich, se abriram levemente, as portas ao incipiente naciona-
lismo africano (e asiático) .
Mas somente com a Conferência de Bandung, com o apareci-
mento dos países ditos do Terceiro Mundo, sob a égide de
Nerhu, Nasser e Tito, nasceu um novo bloco na cena interna-
cional, designadamente no seio da ONU, é que esses naciona-
lismos ganharam carta de alforria .
Muita água no entanto iria correr nos rios angolanos até se po-
der falar de Democracia em Angola .
O desencadear da Guerra de Libertação dos Povos de Angola,
contra o o regime fascista de Lisboa, a Guerra Civil entre os dife-
rentes movimentos alinhados com os diferentes blocos que sus-
tentavam a Guerra Fria, e mais tarde, o envolvimento das pró-
prias potências em causa, numa mortífera guerra fraticida, que
Cuba e a URSS acabariam por ganhar .
Quanto custou, em vidas humanas, em riquezas, em ódio e raiva,
toda essa caminhada até se chegar a um ideia de Democracia An-
golana .
.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
O MITO ANGOLANO .
Ninguém dá pontapés num cão morto .
Afinal,
o Dos Santos, não era tão mau como o pintavam .
Mas a História deste imenso e rico País, ainda está toda por
contar, porque o ódio ainda não sedimentou nas selvas afri-
canas .
Uma coisa me parece evidente,
sem MPLA e o tal Dos Santos, Angola teria sido dividido,
inexoravelmente, em duas outra duas Coreias, com os resul-
tados negativos e trágicos que daí adviriam .
Angola é nossa,
gritava-se nos idos de 70, com uma ingenuidade e uma manha
imensas .
As voltas que o Mundo dá ...
.
Afinal,
o Dos Santos, não era tão mau como o pintavam .
Mas a História deste imenso e rico País, ainda está toda por
contar, porque o ódio ainda não sedimentou nas selvas afri-
canas .
Uma coisa me parece evidente,
sem MPLA e o tal Dos Santos, Angola teria sido dividido,
inexoravelmente, em duas outra duas Coreias, com os resul-
tados negativos e trágicos que daí adviriam .
Angola é nossa,
gritava-se nos idos de 70, com uma ingenuidade e uma manha
imensas .
As voltas que o Mundo dá ...
.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
OS RADICALIZADOS .
Liberdade de Expressão .
Liberdade até para ficar calado .
De boca aberta para não dar em doido, com o que se passa
à nossa volta .
O que dizer ?
O que escrever ?
O que reter?
O que esquecer ?
O que sonegar ?
O que confundir ?
Talvez que seja mesmo esse o objectivo em mira, não se sabe de
quem, como e porquê .
Qual a razão do linchamento
com vinte tiros nos cornos,
de um emigrante português, pretensamente munido de uma faca,
que não obedeceu à ordem para abandonar a sua viatura, e que só
pretendia abrigar-se em casa da família, e acossado por várias via-
turas da polícia.
Ainda por cima, constava que o homem que sofria de doença mental .
Afinal,
quem são, realmente, os verdadeiros
radicalizados ...
.
Liberdade até para ficar calado .
De boca aberta para não dar em doido, com o que se passa
à nossa volta .
O que dizer ?
O que escrever ?
O que reter?
O que esquecer ?
O que sonegar ?
O que confundir ?
Talvez que seja mesmo esse o objectivo em mira, não se sabe de
quem, como e porquê .
Qual a razão do linchamento
com vinte tiros nos cornos,
de um emigrante português, pretensamente munido de uma faca,
que não obedeceu à ordem para abandonar a sua viatura, e que só
pretendia abrigar-se em casa da família, e acossado por várias via-
turas da polícia.
Ainda por cima, constava que o homem que sofria de doença mental .
Afinal,
quem são, realmente, os verdadeiros
radicalizados ...
.
domingo, 20 de agosto de 2017
Os Deuses do Fogo e da Loucura .
Os outros deuses desapareceram e a Terra arde sem parar,
para castigo dos humanos .
Sedento de sangue e de morte, o fogo arrasa tudo à sua pas-
sagem, e as árvores morrem de podres e esmagam os peregri-
nos inocentes .
A besta americana clama em apoio da KKK e dos nazis, se-
meando o ódio e o horror, do outro lado do Atlântico .
Os amantes da guerra nuclear brincam ao Holocausto final,
como se estivessem a soprar pequenas bolas de sabão, reben-
tando-as com um tlique .
Q fogo chegou à minha Terra, à minha Porta, à Covilhã e ao Tor-
tosendo, à Varanda dos Carcajais e ao Casal da Serra, bem per-
to da nossa Casa .
Tenho vontade de apagar o So,l nem que seja por algum tem-
po, para aliviar um pouco que seja, a sede de bem estar e de Paz,
por que tanto ambicionamos .
.
O Planeta Terra está agora muito zangado, e exige severos castigos
a uma sociedade agreste, corrupta, ferida, desregulada quase mo-
ribunda, farta de sofrer maus tratos sem fim .
.
para castigo dos humanos .
Sedento de sangue e de morte, o fogo arrasa tudo à sua pas-
sagem, e as árvores morrem de podres e esmagam os peregri-
nos inocentes .
A besta americana clama em apoio da KKK e dos nazis, se-
meando o ódio e o horror, do outro lado do Atlântico .
Os amantes da guerra nuclear brincam ao Holocausto final,
como se estivessem a soprar pequenas bolas de sabão, reben-
tando-as com um tlique .
Q fogo chegou à minha Terra, à minha Porta, à Covilhã e ao Tor-
tosendo, à Varanda dos Carcajais e ao Casal da Serra, bem per-
to da nossa Casa .
Tenho vontade de apagar o So,l nem que seja por algum tem-
po, para aliviar um pouco que seja, a sede de bem estar e de Paz,
por que tanto ambicionamos .
.
O Planeta Terra está agora muito zangado, e exige severos castigos
a uma sociedade agreste, corrupta, ferida, desregulada quase mo-
ribunda, farta de sofrer maus tratos sem fim .
.
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
CRIATIVIDADE .
Curioso título vertido num artigo do DN,
acerca das minas de sal, de Rio Maior :
SAL:
UMA INDÚSTRIA QUE CONSERVA
OS TRABALHADORES
E DÁ TEMPERO AO PAÍS .
.
acerca das minas de sal, de Rio Maior :
SAL:
UMA INDÚSTRIA QUE CONSERVA
OS TRABALHADORES
E DÁ TEMPERO AO PAÍS .
.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
O BLITZKRIEG .
Os quatro cavaleiros do Apocalipse :
O Fogo, a Fome, a Peste
e a Guerra .
É muito difícil entender o que se passa à nossa volta, no
que diz respeito à catástrofe dos fogos florestais, repetida
todos os anos, pelas férias grandes dos burgueses, sentados
à beira mar, molhando os pés e mijando na água, para ali-
viar a bexiga .
Comendo sorvetes e bolas de Berlim, e chavascando nos
restaurantes mais in, chupando patas da lagosta ou lava-
gante .
Bebem uns copos para aliviar a tensão, bailam até ao nascer
o sol, embriagados pela sensação do dever cumprido .
Que importa o que vai lá fora .
Deixa arder, que o meu pai é bombeiro .
A cair de bêbados, nem sequer vêem os telejornais, que o mun-
do está cheio de desgraças, e quando vêem, pensam que é ape-
nas um filme de actualidades, lá no Norte ou, quem sabe, no es-
trangeiro .
As autoridades, que diabo, também têm direito a gozar as suas
férias .
Não é nada com eles .
Em Setembro, logo se verá ...
De que servirá Portugal ser um País muito avançado em novas
tecnologias, com uma grande percentagem de cérebros, desco-
brindo cada vez mais as tecnologias da informação e outras ma-
ravilhas da técnica e da tecnologia, ofuscando o mundo com coi-
sas maravilhosas, se depois,
o País arde, arde sem parar, reduzindo a
cinzas
o património humano, o edificado, a vida toda de uma já redu-
zida população, em vias de extinção, desiludida e sem futuro .
Afinal, para que servem os nossos doutores e engenheiros, a fina
flôr nos nossos emigrantes da ciência, que gastaram o dinheiro
numa esmerada educação, e agora não querem dar uma mão
para ajudar a refazer de novo, o nosso triste e apagado Portugal .
Os portugueses agradecem ...
.
O Fogo, a Fome, a Peste
e a Guerra .
É muito difícil entender o que se passa à nossa volta, no
que diz respeito à catástrofe dos fogos florestais, repetida
todos os anos, pelas férias grandes dos burgueses, sentados
à beira mar, molhando os pés e mijando na água, para ali-
viar a bexiga .
Comendo sorvetes e bolas de Berlim, e chavascando nos
restaurantes mais in, chupando patas da lagosta ou lava-
gante .
Bebem uns copos para aliviar a tensão, bailam até ao nascer
o sol, embriagados pela sensação do dever cumprido .
Que importa o que vai lá fora .
Deixa arder, que o meu pai é bombeiro .
A cair de bêbados, nem sequer vêem os telejornais, que o mun-
do está cheio de desgraças, e quando vêem, pensam que é ape-
nas um filme de actualidades, lá no Norte ou, quem sabe, no es-
trangeiro .
As autoridades, que diabo, também têm direito a gozar as suas
férias .
Não é nada com eles .
Em Setembro, logo se verá ...
De que servirá Portugal ser um País muito avançado em novas
tecnologias, com uma grande percentagem de cérebros, desco-
brindo cada vez mais as tecnologias da informação e outras ma-
ravilhas da técnica e da tecnologia, ofuscando o mundo com coi-
sas maravilhosas, se depois,
o País arde, arde sem parar, reduzindo a
cinzas
o património humano, o edificado, a vida toda de uma já redu-
zida população, em vias de extinção, desiludida e sem futuro .
Afinal, para que servem os nossos doutores e engenheiros, a fina
flôr nos nossos emigrantes da ciência, que gastaram o dinheiro
numa esmerada educação, e agora não querem dar uma mão
para ajudar a refazer de novo, o nosso triste e apagado Portugal .
Os portugueses agradecem ...
.
domingo, 13 de agosto de 2017
A (desCONFIANÇA)
A dúvida sistemática .
Um sujeito entrou a correr num café cumprimentou
os presentes com um
OLÁ, BOM DIA ;
Traga-me uma, se faz favor .
O empregado, intrigado, olhou de lado, e pensou lá
com os seus botões :
Olá, bom dia,
olá, bom dia,
Mas que será que o tipo quer dizer com aquela frase ...
.
Um sujeito entrou a correr num café cumprimentou
os presentes com um
OLÁ, BOM DIA ;
Traga-me uma, se faz favor .
O empregado, intrigado, olhou de lado, e pensou lá
com os seus botões :
Olá, bom dia,
olá, bom dia,
Mas que será que o tipo quer dizer com aquela frase ...
.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
PORTUGAL AINDA ESTÁ A ARDER ?.
Pobre do meu País ...
Um País é o seu Território,
e o Povo que o habita .
É a Língua e a História por ela
contada .
São os seus Recursos, a Terra
e o Mar .
A sua Paisagem, o Mar e as
Montanhas .
As suas Conquistas e os seus
Descobrimentos .
Os seus Antepassados e a sua
Cultura .
Portugal sempre foi uma terra madrasta,
uma quinta tomada por estrangeiros,
explorada até ao tutano, escravizada de sol a sol,
habituada a entregar, de mão beijada, os parcos
proventos colhidos com tamanha voracidade, por
uns quantos, em detrimento de todos os outros .
Sujeito à rapina e ao saque, terra devorada im-
punemente pelo fogo e pela ganância, entregue à
escravidão de gente habituada ao lucro fácil e des-
truída pela maldade de uns quantos loucos .
Portugal continua a arder,
ou já ardeu de vez .
.
Um País é o seu Território,
e o Povo que o habita .
É a Língua e a História por ela
contada .
São os seus Recursos, a Terra
e o Mar .
A sua Paisagem, o Mar e as
Montanhas .
As suas Conquistas e os seus
Descobrimentos .
Os seus Antepassados e a sua
Cultura .
Portugal sempre foi uma terra madrasta,
uma quinta tomada por estrangeiros,
explorada até ao tutano, escravizada de sol a sol,
habituada a entregar, de mão beijada, os parcos
proventos colhidos com tamanha voracidade, por
uns quantos, em detrimento de todos os outros .
Sujeito à rapina e ao saque, terra devorada im-
punemente pelo fogo e pela ganância, entregue à
escravidão de gente habituada ao lucro fácil e des-
truída pela maldade de uns quantos loucos .
Portugal continua a arder,
ou já ardeu de vez .
.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
À BOLEIA DE CAMÕES .
...E no entanto.
tudo vale a pena,
se a alma não é pequena .
Mas a alma tem vindo a minguar, a olhos vistos .
Vertiginosamente .
Os poucos sonhos que alimentava, vão-se esvaziando
em pó e em nada .
Já me falta o tónus umbilical que controlava a minha vida .
Cada vez mais, é o vazio a apoderar-me da minha carcaça .
Até o que penso é esmiuçado até ao osso, sem dó, nem pie-
dade .
Estou cada vez mais cercado,
e o Agosto tão longo, foi abrasador e devastador .
Para resistir,
recomecei a fazer bonecos,
expondo o absurdo e o horror,
do que já levo mais de um mês a encaixar-
Os incêndios florestais .
.
tudo vale a pena,
se a alma não é pequena .
Mas a alma tem vindo a minguar, a olhos vistos .
Vertiginosamente .
Os poucos sonhos que alimentava, vão-se esvaziando
em pó e em nada .
Já me falta o tónus umbilical que controlava a minha vida .
Cada vez mais, é o vazio a apoderar-me da minha carcaça .
Até o que penso é esmiuçado até ao osso, sem dó, nem pie-
dade .
Estou cada vez mais cercado,
e o Agosto tão longo, foi abrasador e devastador .
Para resistir,
recomecei a fazer bonecos,
expondo o absurdo e o horror,
do que já levo mais de um mês a encaixar-
Os incêndios florestais .
.
sábado, 5 de agosto de 2017
A CADEIA ALIMENTAR .
Cada um come o que quer,
os outros comem o que podem .
Há peixes finos, os mais apreciados, são descabeçados,
tiram-lhe as tripas, bem lavados, sacam as espinhas, e
vão ao forno para assar, bem temperados e bem apala-
ladados .
São os peixes do alto, servidos em baixela de prata .
Há depois os peixes azúis, que ultimamente têm vindo a
subir na escala hierárquica da peixeirada - Sardinha,
cavala, peixe espada, peixes classe média, servidos em tal
heres inox, e dizem que fazem bem à saúde .
Seguem o peixe miúdo, petingas, sardas, carapaus, enxar-
rocos, que matama fome à gente mais humilde, quando ain-
da há gente e peixe, que vão rareando cada vez mais .
Usam facas e garfos de plástico .
No fim da cadeia (cadeia, albergue onde são metidos aque-
les que roubam um papo seco ou uma maçã ), e esses pas-
sam o tempo a esgravatar no lixo, em busca de algum resto
de comida para saciar a fome .
E no topo da cadeia alimentar, há os poeixões, que se distrai-
em a devorar os outros peixes, sem qualquer restrição .
Esses são
os TUMPARÕES
os TEMERÕES
os PUTINÕES
e os MERKELÕES .
.
os outros comem o que podem .
Há peixes finos, os mais apreciados, são descabeçados,
tiram-lhe as tripas, bem lavados, sacam as espinhas, e
vão ao forno para assar, bem temperados e bem apala-
ladados .
São os peixes do alto, servidos em baixela de prata .
Há depois os peixes azúis, que ultimamente têm vindo a
subir na escala hierárquica da peixeirada - Sardinha,
cavala, peixe espada, peixes classe média, servidos em tal
heres inox, e dizem que fazem bem à saúde .
Seguem o peixe miúdo, petingas, sardas, carapaus, enxar-
rocos, que matama fome à gente mais humilde, quando ain-
da há gente e peixe, que vão rareando cada vez mais .
Usam facas e garfos de plástico .
No fim da cadeia (cadeia, albergue onde são metidos aque-
les que roubam um papo seco ou uma maçã ), e esses pas-
sam o tempo a esgravatar no lixo, em busca de algum resto
de comida para saciar a fome .
E no topo da cadeia alimentar, há os poeixões, que se distrai-
em a devorar os outros peixes, sem qualquer restrição .
Esses são
os TUMPARÕES
os TEMERÕES
os PUTINÕES
e os MERKELÕES .
.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
A PEIXEIRADA .
Cada um vê o que quer,
ou o que o deixam ver .
Tão longe de Deus
e tão perto dos Estados Unidos .
Democracia à la Carte .
A vaca com óculos verdes .
Cada cor, seu paladar .
La vie en rose .
A lixeira nas traseiras da América .
A América Latrina .
Trump, o palhaço global .
Trump muda mais vezes de governantes,
do que muda de cuecas .
Temer, um bandido de temer .
A UE Já ardeu ?...
E a Síria ?...
.
ou o que o deixam ver .
Tão longe de Deus
e tão perto dos Estados Unidos .
Democracia à la Carte .
A vaca com óculos verdes .
Cada cor, seu paladar .
La vie en rose .
A lixeira nas traseiras da América .
A América Latrina .
Trump, o palhaço global .
Trump muda mais vezes de governantes,
do que muda de cuecas .
Temer, um bandido de temer .
A UE Já ardeu ?...
E a Síria ?...
.
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
ADIVINHA .
Se, por acaso, tivesses que pedir a alguém que te
ajudasse a apanhar uma moeda de 10 euros, que
tivesses deixado cair no chão, quem é que era ca-
paz de te ajudar a encontrá-la mais depressa e a
devolvê--ta, sem hesitar :
A Trump,
a Temer
ou a Maduro ?.
Assim se avalia a Democracia ...
.
ajudasse a apanhar uma moeda de 10 euros, que
tivesses deixado cair no chão, quem é que era ca-
paz de te ajudar a encontrá-la mais depressa e a
devolvê--ta, sem hesitar :
A Trump,
a Temer
ou a Maduro ?.
Assim se avalia a Democracia ...
.
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
O ELOGIO DO ÓCIO .
Que bom é ter um dever,
e não o cumprir .
Fernando Pessoa
Quando eu tinha mais vagar, muito gostava de ver os
outros a trabalhar, e eu sentado para ali, horas a fio,
como se estivesse a ver um filme real .
Chegava a faltar às aulas para me deliciar com tão inu-
sitado espectáculo, e completamente de borla .
Muito gostava de ir para o areeiro, nas traseiras da 2ª.
Circular, em construção, ver o gigantesco buraco, uma
coisa digna de ser vista, onde os homens, quais formigas,
iam deitando a areia para o fundo, sempre em risco de
serem eles a cair no abismo .
Era esse o filme que passava nessa cratera, junto ao Pote
de Água . O lugar deve ter sido completamente arrasado .
Depois, assisti àquilo que eu chamo as
Obras do Século :
O rasgar da Av João XXI, dos dois lados .
De um dos lados, desmantelando a enorme Fábrica de Ce-
râmica, abrindo caminho para os lados do Campo Peque-
no . e depois, rasgando a montanha, do lado da Av. Gago
Coutinho .
Meses após meses, centenas de camiões faziam uma bicha
contínua, durante todo o dia, carregando terra e entulho,
não sei para onde .
Morava mesmo sítio, e já estava viciado nas obras .
Todos os meus ócios, acorria a deliciar-me com aquela
barafunda, e aquilo nunca mais tinha fim .
Lisboa tinha-se expandido para outro lado e criado novos
Bairros - Chelas, Olaias, Bela Vista, Relógio, e por aí fora .
.
e não o cumprir .
Fernando Pessoa
Quando eu tinha mais vagar, muito gostava de ver os
outros a trabalhar, e eu sentado para ali, horas a fio,
como se estivesse a ver um filme real .
Chegava a faltar às aulas para me deliciar com tão inu-
sitado espectáculo, e completamente de borla .
Muito gostava de ir para o areeiro, nas traseiras da 2ª.
Circular, em construção, ver o gigantesco buraco, uma
coisa digna de ser vista, onde os homens, quais formigas,
iam deitando a areia para o fundo, sempre em risco de
serem eles a cair no abismo .
Era esse o filme que passava nessa cratera, junto ao Pote
de Água . O lugar deve ter sido completamente arrasado .
Depois, assisti àquilo que eu chamo as
Obras do Século :
O rasgar da Av João XXI, dos dois lados .
De um dos lados, desmantelando a enorme Fábrica de Ce-
râmica, abrindo caminho para os lados do Campo Peque-
no . e depois, rasgando a montanha, do lado da Av. Gago
Coutinho .
Meses após meses, centenas de camiões faziam uma bicha
contínua, durante todo o dia, carregando terra e entulho,
não sei para onde .
Morava mesmo sítio, e já estava viciado nas obras .
Todos os meus ócios, acorria a deliciar-me com aquela
barafunda, e aquilo nunca mais tinha fim .
Lisboa tinha-se expandido para outro lado e criado novos
Bairros - Chelas, Olaias, Bela Vista, Relógio, e por aí fora .
.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
A APRENDIZAGEM .
Andando, faz-se o caminho .
Quando comecei a frequentar as fábricas com mais
assiduidade, em especial as tecelagens, que faziam
um barulho infernal, ficava completamente surdo .
Para meu espanto, os operários falavam uns com os
outros, nas calmas, como se estivessem na rua .
Com o andar do tempo, fui aprendendo que o ouvido
humano se vai habituando a certas frequências e as
pessoas ficam parcialmente surdas . Deixam de ouvir
as pancadas dos teares .
Outra coisa que a princípio ma fazia muita confusão
era as pessoas conversarem umas com as outras, sobre
todas as matérias, mas nunca pronunciavam certas pa-
lavras .
Era uma espécie de conversa cifrada .
Usavam-se nomes e frases sem sentido directo, mas toda
a gente percebia o significado e a ideia que estavam sub-
jacentes .
Era uma espécie de medida cautelar, usada gerações
após gerações, com toda a naturalidade, não fosse alguma
palavra perigosa escorrer para ouvidos inadequados .
Levei algum tempo a entrar naquele jogo .
Ainda hoje tenho o hábito de falar nas entrelinhas, ou usar e
abusar dos trocadilhos .
Outro truque que se usava nestas terras proscritas, era ter sem-
pre a televisão ligada, mas sem som .
Só se ligava o som, se eventualmente aparecesse um programa
de interesse .
Deste modo, poupava-se a conversa vazia dos noticiários e dos
comentários políticos .
A coisa era mais acentuada no Tortosendo, terra operária por
excelência, onde as mulheres só saíam à rua, para ir para o
trabalho .
E os homens tinham que se deitar cedinho, pois pela
manhã eram acordados por uma bateria de sirénes para os en-
caminhar para as fábricas .
.
.
Quando comecei a frequentar as fábricas com mais
assiduidade, em especial as tecelagens, que faziam
um barulho infernal, ficava completamente surdo .
Para meu espanto, os operários falavam uns com os
outros, nas calmas, como se estivessem na rua .
Com o andar do tempo, fui aprendendo que o ouvido
humano se vai habituando a certas frequências e as
pessoas ficam parcialmente surdas . Deixam de ouvir
as pancadas dos teares .
Outra coisa que a princípio ma fazia muita confusão
era as pessoas conversarem umas com as outras, sobre
todas as matérias, mas nunca pronunciavam certas pa-
lavras .
Era uma espécie de conversa cifrada .
a gente percebia o significado e a ideia que estavam sub-
jacentes .
Era uma espécie de medida cautelar, usada gerações
após gerações, com toda a naturalidade, não fosse alguma
palavra perigosa escorrer para ouvidos inadequados .
Levei algum tempo a entrar naquele jogo .
Ainda hoje tenho o hábito de falar nas entrelinhas, ou usar e
abusar dos trocadilhos .
Outro truque que se usava nestas terras proscritas, era ter sem-
pre a televisão ligada, mas sem som .
Só se ligava o som, se eventualmente aparecesse um programa
de interesse .
Deste modo, poupava-se a conversa vazia dos noticiários e dos
comentários políticos .
A coisa era mais acentuada no Tortosendo, terra operária por
excelência, onde as mulheres só saíam à rua, para ir para o
trabalho .
E os homens tinham que se deitar cedinho, pois pela
manhã eram acordados por uma bateria de sirénes para os en-
caminhar para as fábricas .
.
.
Subscrever:
Mensagens (Atom)