Dos acontecimentos mais antigos, pouco ou nada se sabe
de concreto .
Pouco se conhece do que se passou em Angola, antes dos
quinhentos anos que aquele País foi pura e simplesmente
transformado numa colónia rentável para as os impérios,
europeus, incluindo Portugal .
O Congresso de Berlim redesenhou o mapa das colónias,
mas apenas acabou com algumas rivalidades, quanto à divi-
são das imensas riquezas do Continente Africano .
Só com o alvorecer da II ª Guerra Mundial, com a participa-
ção de soldados africanos e asiáticos, na batalha global contra
o 3ºReich, se abriram levemente, as portas ao incipiente naciona-
lismo africano (e asiático) .
Mas somente com a Conferência de Bandung, com o apareci-
mento dos países ditos do Terceiro Mundo, sob a égide de
Nerhu, Nasser e Tito, nasceu um novo bloco na cena interna-
cional, designadamente no seio da ONU, é que esses naciona-
lismos ganharam carta de alforria .
Muita água no entanto iria correr nos rios angolanos até se po-
der falar de Democracia em Angola .
O desencadear da Guerra de Libertação dos Povos de Angola,
contra o o regime fascista de Lisboa, a Guerra Civil entre os dife-
rentes movimentos alinhados com os diferentes blocos que sus-
tentavam a Guerra Fria, e mais tarde, o envolvimento das pró-
prias potências em causa, numa mortífera guerra fraticida, que
Cuba e a URSS acabariam por ganhar .
Quanto custou, em vidas humanas, em riquezas, em ódio e raiva,
toda essa caminhada até se chegar a um ideia de Democracia An-
golana .
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