Não vou avaliar a questão jurídica pois nem conhecimentos suficientes terei para o fazer mas a questão do estatuto dos Açores começa por certo a tornar-se um caso de estudo em cursos de Ciência Política, pelas implicações que poderá ter futuramente.
Cavaco, enquanto Presidente, continua a inferir que haveria uma redução efectiva dos poderes do cargo que ocupa, caso o estatuto viesse a ser promulgado, bem como a avaliar algumas normas como inconstitucionais, embora preferindo não o enviar, para já, ao Tribunal Constitucional, tentando resolver o diferendo pela via política.
Sócrates fez a vontade a Carlos César, embora provavelmente não tenha sido essa a sua intenção primordial.
O que está neste momento em causa é se o Primeiro-Ministro acredita verdadeiramente que as virtudes e vantagens da alteração legislativa serão superiores ao "final" da cooperação estratégica mantida com sucesso desde há quase três anos.
Talvez sejam apenas estas as questões políticas em jogo neste braço-de-ferro. Ou talvez seja necessário que o braço se mostre forte para contrapor uma perda de força aparente no outro braço-de-ferro, o dos professores.
Sócrates não deverá por certo querer deitar a perder a imagem de marca máscula que lhe tem trazido, nas sondagens, tantos apoiantes da área do centro e centro-direita e se isso acontecesse ficaria "entalado" com o crescimento à esquerda e à direita.
Afinal, por muito mal que ande a oposição, estará em jogo no próximo ano a sua sobrevivência.
.
Cavaco, enquanto Presidente, continua a inferir que haveria uma redução efectiva dos poderes do cargo que ocupa, caso o estatuto viesse a ser promulgado, bem como a avaliar algumas normas como inconstitucionais, embora preferindo não o enviar, para já, ao Tribunal Constitucional, tentando resolver o diferendo pela via política.
Sócrates fez a vontade a Carlos César, embora provavelmente não tenha sido essa a sua intenção primordial.
O que está neste momento em causa é se o Primeiro-Ministro acredita verdadeiramente que as virtudes e vantagens da alteração legislativa serão superiores ao "final" da cooperação estratégica mantida com sucesso desde há quase três anos.
Talvez sejam apenas estas as questões políticas em jogo neste braço-de-ferro. Ou talvez seja necessário que o braço se mostre forte para contrapor uma perda de força aparente no outro braço-de-ferro, o dos professores.
Sócrates não deverá por certo querer deitar a perder a imagem de marca máscula que lhe tem trazido, nas sondagens, tantos apoiantes da área do centro e centro-direita e se isso acontecesse ficaria "entalado" com o crescimento à esquerda e à direita.
Afinal, por muito mal que ande a oposição, estará em jogo no próximo ano a sua sobrevivência.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário