terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Triste Alegre

Um partido político é sempre uma convergência de interesses, de vária natureza, de pessoas de diversas proveniências sociais, políticas, económicas e outras.
Contudo, terá que ser muito mais do que isso, se quiser implantar-se sustentadamente na sociedade portuguesa.
Claro que, recentemente, os partidos fazem-se e desfazem-se, ao sabor das circunstâncias do momento, e também de demagogia quanto baste.
No entanto, um partido tem que respeitar princípios, a história e a memória, ter orgulho nos bons momentos e coragem nas alturas mais difíceis.
Deve engrandecer-se e reformar-se, não à custa dos escombros e dos ressentimentos dos desiludidos e dos mal-amados.
Deve aperfeiçoar-se pela consistência dos ideais que constituem a sua essência e a sua razão de ser.
É sempre mais fácil destruir, do que costruir; prometer, do que realizar; criticar, do que implementar e desenvolver.
Desse tipo de atitude negativa, gratuita e reprovável, já nos bastou o triste exemplo do execrável PRD, tristemente avalisado pelo ressaibiado Ramalho Eanes.
Prepara-se agora um novo acto da tragicomédia portuguesa, ao tentar enxertar uma árvore malina, que em vez de reflorescer na Primavera, irá certamente murchar com o tempo, dado que as raízes estão, à partida, profundamente bichadas.
A filoxera chama-se Manuel Alegre.
Outros insectos parasitas dão pelo nome de Francisco Louçã e seus acólitos da esquerda caviar.
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1 comentário:

Elisiário Figueiredo disse...

Sr. Mário Plácido

O mau estar no seio dos Históricos do Partido Socialista em relação às politicas de Sócrates é notório, no entanto fala-se em voz baixa, uma forma de não incomodar o Sr. Eng. posso falar-lhe por exemplo em António Arnaut, este militante pai do SNS que Sócrates assassinou, diz numa entrevista ao DN o seguinte:
"Sinto-me na extrema esquerda do PS, isto é se ainda lá tiver lugar, e o mais engraçado é que não fui eu que mudei."

António Arnaut sempre foi um moderado, ele ainda, com alguma ressalva, se encontra dentro do PS, Manuel Alegre ainda lá está, MA ainda tem uma esperança que Sócrates mude de direcção.

Outros nomes há, Mário Soares, José Neves, João Soares, Jorge Sampaio Carolina Tito de Morais, Edmundo Pedro, João Proença, isto só nomeando os mais conhecidos.

Manuel Alegre pode ser tudo aquilo que o Sr. quiser, mas de certo não é nenhum aventureirista que se vai lançar num partido politico sem ter as bases necessárias, no entanto se por acaso o vier a fazer é de certeza com todas as condições para disputar o poder, os analistas mais lúcidos e coerentes falam acima dos 20%, e aqui é que está o cerne da questão, o PS sabe isto e isto doí.