quarta-feira, 29 de abril de 2009

A crise de todas as crises.

Apesar de todos os maus presságios, que costumam avolumar-se por alturas
das transições de séculos, tudo parecia bem encaminhado, no início do Sec.XXI.
Até a mudança dos dados informáticos foi um êxito, mau grado os temores
generalizados.
Mas, rapidamente, surgiram sinais ameaçadores, em vários quadrantes.
Com o ataque às torres gémeas de Nova Iorque, o paradigma das relações inter-
nacionais, alterou-se profundamente, com o começo da guerra à Alcaeda e ao
terrorismo .

A crise militar expandiu-se, com a declaração unilateral e ilegal, da guerra ao
Iraque de Saddam, e anteriormente, ao Afganistão.
Seguiu-se o alastramento dessas guerras, com o envolvimento dos países da
NATO, e de outros. Lá esteve e está Portugal, quase sempre colocado
do lado errado.

Vejamos, de seguida, a crise política.
A União Europeia emperrou o seu aprofundamento institucional. Os vetos da
França e da Holanda, e as recusas à assinatura do Tratado Europeu, da Irlanda
e da República Checa, puseram completamente a nú, as estrondosas fragilidades
da Europa.

A crise financeira vinha , de há muito, a instalar-se silenciosa e insidiosamente,
um pouco por todo o lado, vindo a estoirar, com enorme estrondo, em 2008,,
originado pelo problema do sub-prime, tendo-se espalhado pelo mundo inteiro.

As crises económica e social desenvolveram-se de seguida, e provocaram um
brusco e acentuado arrefecimento dos mercados, conduzindo ao encerramento
de inúmeras empresas, com o consequente despedimento de muitos milhares
de trabalhadores. Vão seguir-se, certamente, graves problemas sociais.

Ao longo dos últimos tempos, vivia-se já uma crise de valores, de princípios,
éticos ambientais , de dirigentes,de relacionamento entre as pessoas.
Em resumo, uma enorme crise das consciências.

A juntar a tudo isto, referimos as crises endémicas, da fome, da miséria e das
migracões errantes, dos refugiados de toda a natureza, com especial incidência
no Continente Africano.

Eis, senão quando , e para completar o quadro, irrompe ( apesar dos avisos)
inopinadamente, a crise epidemiológica e sanitária, provocada pela explosão
da gripe mexicana, originada pelo vírus da peste suína.

É uma crise global, à escala mundial, que propaga a uma velocidade nunca vista,
e de consequências imprevisíveis.

Que mais poderá vir a acontecer-nos?
.