terça-feira, 17 de março de 2015

A NOVENA .

Não sei se hoje ainda é corrente a novena,
práctica religiosa, em que o andor da Nossa
Senhora de Fátima percorria de casa em casa
com a reza do Rosário de Maria,
cerimónia que não fazia parte dos meus hábi-
tos .

Juntava-se a família, e todos rezavam o terço
em honra e devoção à Senhora .
Era uma tradição nas terras de Província, que
julgo não fazer qualquer efeito sobre as 
piedosas  almas, mas certamente mal é que não
fazia .

Vem isto a propósito do ritual quotidiano das 
estafadas audições parlamentares sobre os casos
que ninguém faz tenção de alguma ver devidamen-
te esclarecidos .

E com esse expediente, se ir relegando para as ca-
lendas e para o esquecimento, graves crimes ditos
de colarinho branco, pisando cuidadosamente os
indícios criminosos, e tentando e conseguindo la-
var a cara suja dos imensos cavalheiros com din-
heiro, que deveriam estar na prisão, e que, em mui
tos casos continuam a practicar actividades  cri-
misosas, altamente lesivas dos interesses do povo
português .
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