quarta-feira, 18 de março de 2015

O MUSEU AS COISAS - 2 .

A minha colecção das coisas foi sempre 
muito mais fruto da imaginação do que 
da realidade

Como passei toda a minha via, por circunstâncias de
natureza pessoal, a saltitar de terra em terra, nunca ti-
ve ocasião de assentar minimamente, e fazer novos
sempre novos amigos, que logo iam ficando pelo ca-
minho .

Deixava pouco lastro emocional .

Passei por várias terras, por diferentes escolas, muda-
va constantemente de professores, de vizinhos e de ami-
gos .

Como nunca tive livros, nem brinquedos, quando mu-
dava de guarida, nada tinha que transportar, nada de 
importante a arrumar. 

Aprendida com os meus pais e na escola de momento .
Lia os livros lá e casa e, muitas vezes,  ouvia os mais
velhos contar coisas fantásticas .

Compartilhava com os meus irmãos, as colecções de cro-
mosa bola, guardava uma caixa se sapatos com os meus
selos, que mendigava  ás amigas das minhas tias, que tin-
ham pessoas emigradas, um pouco por todo o mundo,
Brasil, USA, Venezuela, Congo Belga, Canadá, Argen-
tina, sei lá eu , 
selos que iam contando a 
história, a saudade, as desgraças e as 
alegrias, as agruras e os momentos de 
felicidade que chegavam de tão longe .

Foi a mina  fase da Filatelia .